Um novo escândalo pode acontecer envolvendo a Agerba, que agora é a dona do Terminal Náutico da Bahia. O objetivo seria a transferência do terminal em breve para a TWB ou par outra empresa de fora, que estaria sendo negociada. Com isso, o caminho estaria aberto para o fim das lanchinhas que operam a travessia Salvador-Mar Grande.
Governador Wagner, abra os olhos governador!
A Bahia ganhou no Governo Wagner dois "experts" em transportes: Raimundo Nonato (Sudesb), o "Bobô", que de bobo não tem nada, e Renato José, afilhado do dono da Agerba, o deputado Marcos Medrado (PDT), tido também como outro "expert".
Se o governador Jaques Wagner não encarar com a seriedade que o fato merece a questão do transporte marítimo entre Salvador e Mar Grande feito pelas lanchinhas vai enfrentar em breve um sério problema. Se não bastasse a pressão de alguns setores contra as lanchinhas, inclusive com a participação de gente do governo, surgiu na calada da noite mais um um fato para comprovar o que o JORNAL DA MÍDIA vem afirmando há algum tempo.
No último sábado, em pleno feriado de 1º de Maio, Dia do Trabalhador, a Sudesb – Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia publicou no Diário Oficial do Estado uma estranha resolução, na qual transfere para a Agerba – Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia, o terminal Turístico Náutico da Bahia.
Para quem não sabe, o Terminal Náutico é utilizado pelas lanchas de Mar Grande para embarcar e desembarcar passageiros. Trata-se de um patrimônico público histórico, que já foi inclusive sede da Companhia de Navegação Bahiana, a CNB, extinta pelo governador Paulo Souto em 1996. Ninguém sabe como aquele terminal foi parar nas mãos da Sudesb do Sr. Bobô, cujo órgão, a Sudesb, cuida pessimamente dos estádios de futebol – vejam aí como a Fonte Nova acabou e, mais recentemente, o que aconteceu com o Estádio de Pituaçu, onde o governo gastou uma fortuna na recuperação e que, em um ano de uso, o gramado foi destruído por falta de cuidado – mais de R$ 1 milhão de prejuízo.
O mais estranho no ”Termo de Cessão” publicado no DO pela Sudesb, com a assinaturas desses dois brilhantes "experts" do Governo Wagner na área de transportes – Raimundo Nonato, o "Bobô", e Renato José Andrade, imaginem só, o diretor-executivo da Agerba -, é que a agência de regulação será responsável, a partir de agora, pela administração, exploração comercial, manutenção e operação de suas áreas (do teminal) e serviços a título de execução indireta”.
É incrível realmente o que está ocorrendo no governo Wagner quando o assunto é a Agerba. Parece que ninguém sabe realmente o que é uma agência de regulação neste governo – e não deve saber mesmo não. Não está entre as atribuições da Agerba ser dona de terminais, de ônibus e de navios. O papel da Agerba está claro na prória sigla da agência – é regular e fiscalizar os serviços públicos concedidos pelo Estado à iniciativa privada. Mas alguns aloprados estão pensando diferente. São os donos da verdade e de repente vão até comprar avião para a Agerba de Marcos Medrado tomar conta.
Operacionalmente falando, a traferência do Terminal Náutico para a Agerba tem outra gravidade. Com o "Termo de Cessão", as lanchas que utilizam o terminal só vão poder contar com um pier para atracar, pois o segundo pier está desativado e o atracadouro da estrutura da Marina, acreditem, não será de responsabilidade da Agerba, mas sim da Sudesb. E esse atracadouro não poderá ser utilizado pelas embarcações das linhas Salvador-Mar Grande (lanchas) e Salvador- Morro de São Paulo (catamarã).
É um verdadeiro samba de crioulo doido.
O mais grave de tudo ainda vem por aí. Já se fala que a Agerba recebeu o Terminal Náutico da Sudesb para transferir, em breve, a sua concessão para uma empresa privada. Segundo informações seguras chegadas ao JORNAL DA MÍDIA e já checadas, a Procuradoria Jurídica da Agerba foi acionada em "caráter de urgência" para encontrar uma saída. A ordem teria partido do diretor-executivo da Agerba, Renato José, afilhado de Marcos Medrado.
Bem, o assunto é grave governador Jaques Wagner! A ”saída” vergonhosa que a Agerba está procurando, pelo que o JM apurou até agora, é que tudo está caminhando para que a administração do Terminal Náutico vá para as mãos da concessionária sulista TWB, a mesma que opera o sistema ferry-boat. Mas será que é a TWB mesmo ou isto aí é uma jogada para desviar a atenção e se entregar a outro grupo, também de fora?
Se isto realmente acontecer, o Governo Wagner estará cometendo um gravíssimo erro. Talvez até maior que o cometido por seu adversário Paulo Souto, que resolveu afundar o sistema ferry-boat ao entregar aos empresários do Comab a exploração da travessia Salvador-Bom Despacho. Entregar com todo o patrimônio público, que foi sucateado como é de conhecimento dos baiaos. Depois do Comab, que ganhou dinheiro e foi embora, vieram a Kaimi e a TWB. A população continua pagando caro por um péssimo serviço, por culpa exclusiva do governo. Aliás, por um serviço horroroso.
A questão das lanchinhas que operam a travessia Salvador-Mar Grande deveria ser encarada pelo Governo Wagner com muito mais cuidado e responsabilidade social. Não é justo que aquele sistema, que já existe há mais de 50 anos e que é operado por particulares, alguns inclusive trabalhadores nativos da Ilha de Itaparica, caia na mão de ganaciosos, de empresários fortes e tão influentes.
Em vez de aceitar a pressão que fazem sobre os operadores das lanchinhas, o governo deveria, sim, criar alternativas, incentivar, investir em obras no cais de Mar Grande e no Terminal Náutico para melhorar os serviços. Por que o governo não cria uma linha especial de crédito para que os operadores possam adquirir embarcações mais modernas e mais apropriadas para aquela travessia? Por que somente para comprar navios para o ferry-boat da TWB o governo abre os cofres?
Isto não é justo. O Governo Wagner, que sempre propaga uma ”profunda visão pelo social”, que diz criar alternativas para a manutenção de empregos e que ”incentiva o trabalho através de cooperativas”, até hoje nunca fez qualquer ação voltada para a travessia Salvador-Mar Grande. E olha que Wagner sempre confessou que era um apaixonado pelas lanchinhas, quando veraneava em Mar Grnde.
Dinheiro para um projeto de revitalização da travessia Salvador-Mar Grande tem de sobra. Por que o governo não desenvolve um projeto para captar recursos do PAC para a melhoria da travessia? Por que não faz um programa junto ao BNDES visando financiamento para novas embarcações? Por que não investe na contrução de um novo atracadouro em Mar Grande?
Só para concluir: e por que o governo se esforça tanto para conseguir liberação de recursos para a TWB como aconteceu com o ferry-boat "Ivete Sangalo"? Foi o próprio governador Wagner quem declarou: "Nós trabalhamos muito junto ao BNB (Banco do Nordeste) para que a TWB conseguisse financiamento".
Em outras palavras: para a influentíssima TWB tudo. Para as lanchinhas, nada. Só pressão e porrada. Governador, o JORNAL DA MÍDIA não acredita, sinceramente, que esta seja a "Bahia de Todos Nós" que o senhor desenhou.
Fonte: Jornal da Mídia
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Tudo bem que regulariza o transito caótico de Valença, mas cobrar R$2 90 por hora é exobitar a taxa. Na…
Pqp!
Parabéns 👏👏👏 13 X2, ou seja: maioria absoluta batendo continência para o Comandante!...
Menos com os filhos dos pais que ele demite.