QUANDO O LÍDER DITA O VOTO: A CÂMARA QUE PERDEU A VOZ

Uma das coisas que mais chama atenção nas Sessões da Câmara de Vereadores é a forma como o líder do governo conduz seus aliados durante as votações, seja para apoiar ou rejeitar qualquer ato do Executivo.

Ontem, por exemplo, o vereador Lau apresentou requerimentos pedindo que a Câmara solicitasse ao Executivo cópias de documentos relacionados a licitações, contratos e pagamentos de obras. Como de praxe, esses pedidos precisam ser submetidos à votação.

Mas antes mesmo da votação após o presidente da Câmara ler a solicitação, o líder do governo, vereador Fabrício Lemos, faz questão de se manifestar e declarar publicamente seu voto, quase sempre com a clara intenção de influenciar os demais.

E o resultado é previsível: os vereadores aliados seguem a orientação do líder, votando de forma idêntica, sem qualquer comentário ou análise sobre o mérito do pedido.

Fabrício ainda afirma estar apenas exercendo sua função de forma “democrática”. Será mesmo? Porque o que se vê é um comportamento que, embora travestido de democracia, lembra mais uma prática de submissão política.

É triste observar que uma Câmara que deveria ser plural e independente se deixa conduzir por um único comando.

Todo vereador, mesmo o mais simples tem o direito e o dever de expressar sua opinião. Mas quando o conforto do cargo fala mais alto do que a consciência, a servidão se disfarça de lealdade.

E o resultado é uma Câmara muda, obediente e distante do verdadeiro espírito democrático.

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1 Resultado

  1. EDVALDO BORGES DE ANDRADE disse:

    Parabéns 👏👏👏 13 X2, ou seja: maioria absoluta batendo continência para o Comandante!…

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