ADEUS IVANZINHO!

De jornaleiro a empresário, Ivanildo era um exemplo de pessoa, venceu com a força de vontade
Hoje a dor bateu mais perto, perdi uma pessoa que eu tinha como filho, Deus levou Ivanildo, o Ivanzinho, uma pessoa que conheci ainda garoto. O vendedor do Jornal Tribuna da Bahia.
Ivanildo era da zona rural, mas tinha uma força de vontade extrema e resolveu vir morar na cidade, deixou tudo de lado e veio arriscar uma vida melhor, encontrou um senhorzinho aqui da cidade que o acolheu e passaram a se cuidar, um do outro.
Ele era um garoto sonhador e queria vencer, passou a vender jornal para defender o pão, estudava a noite e de dia vendia o seu jornal.
Não esqueço daquele garoto brincalhão e respeitador que chegava no antigo Banco do Estado da Bahia e anunciava: “chegou o seu jornal com notícias quetinhas da Bahia e do Brasil”, era seu jeito descontraído de fazer sua propaganda.
O tempo passou e eu saí do Banco, comprei uma lanchonete, que até hoje ainda existe e mantém nosso nome lá, a Lanchonete Pelegrini e como eu já conhecia aquele garoto da luta, chamei-o para trabalhar comigo.
Com o tempo, o jornalista Abel Queiroz, que tinha se despedido da TV para vir morar no interior, abriu uma lanchonete e me pediu que se eu conhecesse alguém com experiência em lanchonete que eu indicasse.
Eu tinha seis funiconários na época na lanchonete e passávamos por uma recessão, foi quando o próprio me falou: quer que eu vá prá lá? Assim você diminui a despesa. E ele foi trabalhar com Abel Queiroz.
Com o tempo Abel teve que fechar a lanchonete e ele voltou a trabalhar comigo, mas foi por pouco tempo, porque Abel estava contratado pela Valença FM e deu uma oportunidade a Ivanildo, de boy.
Com isso, ele foi longe, curioso como era, aprendeu o ofício de radialista e acabou sendo contratado para fazer programas na Rádio Clube, depois foi para a Andaiá FM de Santo Antonio de Jesus, chegou à diretoria do sindicato dos radialistas e por fim virou empresário da Banda Melaço de Cana.
Uma pena, foi uma perda prematura, Ivanildo era forte e alegre, praticava esportes e nunca imaginou que o coração o golpeasse.
Sempre que vinha a Valença ele me visitava, eu o tinha como um filho.
Ivanildo fazia parte da nossa família, todos aqui em casa tinham grande respeito por ele, brincou com meus filhos e até tinha uma aparência com meu irmão, Neto.
Vai Ivanildo, Deus continuará te conduzindo, você era uma pessoa do bem, vai ficar a saudade do jornaleiro alegre, do garoto que venceu e deixou muito legado na sua área de comunicador.
Adeus, filho!
Que tristeza, meu querido vizinho.
Que Nossa Senhora do Amparo,lhe recaba com todo carinho que vc merece meu Amigo e Vizainho