RECESSO DOS EDIS, OU FOLGA PARA QUEM NÃO FAZ NADA?

A Câmara de Vereadores de Valença entrou em recesso e, convenhamos, foi bom porque vamos ficar longe daqueles debates asquerosos. Que alívio encantado.

Era tanta trapalhada, tanto show de incoerência, tanta “genialidade” autoproclamada, que assistir às sessões estava virando um teste de resistência intelectual.

A gente ligava a câmera para tentar entender, mas desligava para não correr o risco de ficar menos esperto que eles.

Tem vereador que mal domina o básico, mas se porta como se fosse o farol iluminado da cidade, apontando o rumo que ninguém pediu.

Outros passam o ano inteiro fazendo indicações que beneficiam, curiosamente, apenas seus mundinhos privados, como se a função legislativa fosse extensão da própria sala de estar.

E ainda há aqueles que ensaiam uma oposição tímida, quase tímida demais, porque a sombra quentinha do Executivo parece acolhedora demais para quem tem medo de perder a boquinha.

O espetáculo é tão constrangedor que, quando eles tentam se posicionar, a gente nunca sabe se é indecisão, confusão ou apenas falta de coragem mesmo.

Vivem vacilando, olhando para os lados, tentando adivinhar onde está o vento do momento para ver se seguem junto.

Democracia não é passarela, mas tem edil desfilando vaidade como se estivesse num concurso de quem pensa menos e fala mais.

Por isso, sejamos francos: o melhor acontecimento dos últimos dias foi esse recesso bendito.

A cidade precisa mesmo desse silêncio institucional para que o prefeito possa trabalhar sem leva-e-traz, sem achaque, sem as pequenas chantagens de sempre que fazem parte do velho repertório de quem não tem projeto, mas tem muita esperteza de ocasião.

Que esse recesso seja longo, longo como as promessas nunca cumpridas de alguns desses bravos guerreiros da retórica vazia.

Valença agradece cada segundo sem o barulho desses representantes que mais confundem do que ajudam. O povo merece descanso.

E o prefeito merece um pouco de paz para trabalhar sem ter que administrar egos frágeis e cabeças ocas travestidas de autoridade.

Enquanto isso, seguimos por aqui, do alto da arquibancada do bom senso, torcendo para que a volta deles demore bem mais do que está no calendário.

Porque, sinceramente… ninguém aguenta mais sessão que embrutece.

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