REFLEXÃO SOBRE MANIFESTAÇÕES E IMPACTO SOCIAL: UMA QUESTÃO DE PLANEJAMENTO

Manifestantes avançaram sobre o carro que o prefeito estava para saber sobre o pagamento do salário

Hoje, enquanto passeava de carro com meus netos, me deparei com um engarrafamento nas proximidades da antiga Feira-Livre. A princípio, pensei que algum veículo tivesse quebrado, mas, após um tempo, percebemos que a fila andava lentamente e parava novamente próximo à Santa Casa.

Levamos mais de uma hora para alcançar as imediações do Hotel Valença, até que um mototaxista comentou que o congestionamento era causado por uma manifestação de funcionários da prefeitura de Valença no antigo cais.

Embora eu tenha prometido a mim mesmo não comentar mais sobre manifestações na cidade, é impossível ignorar o impacto desse tipo de evento na vida de tantas pessoas. Entendo que cada um tem suas dores e luta como pode, mas acredito que a sociedade não pode ser penalizada pelos erros de outros.

Quem organiza uma manifestação precisa planejar. O apoio popular só é conquistado quando todos estão cientes do que está acontecendo e percebem que a causa é justa. Interromper a rotina das pessoas sem consideração, esperando aplausos, é um equívoco.

Imagino que até mesmo os manifestantes, prejudicados pelo atraso salarial, se sentiram desconfortáveis ao perceber o caos causado no trânsito: ambulâncias paradas, pessoas a caminho de consultas, compras ou compromissos enfrentando horas de espera sob o sol quente.

Sou solidário ao trabalhador e reconheço que nenhum atraso salarial deveria ocorrer, mas não consigo concordar com ações que prejudicam a coletividade. Nesse caso, pouco mais de 20 pessoas bloquearam a cidade por um atraso salarial de oito dias, coisa que nunca aconteceu durante toda a gestão de Jairo.

Não é justo que tantos sofram, especialmente em situações críticas, como aquelas enfrentadas por quem estava em ambulâncias.

A luta é legítima, mas o planejamento e a empatia são essenciais para que a causa encontre respaldo na sociedade.

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