HISTORIADORA VALENCIANA LANÇA LIVRO SOBRE A ESCRAVIDÃO NA INDUSTRIA TÊXTIL NO SÉCULO XIX

Doutora Silvana Andrade, historiadora valenciana que lançou livro sobre escravidão na indústria têxtil

Hoje eu recebi a visita da ilustre escritora valenciana, Doutora Silvana Andrade dos Santos, formada em História pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) campus Santo Antônio de Jesus, com mestrado e doutorado em História Social pela Universidade Federal Fluminense (PPGH/UFF).

Tive o prazer de receber das suas mãos com um lindo autografo, um exemplar do livro “Tecido Pela Escravidão, tráfico e indústria na Fábrica Têxtil todos os Santos (Bahia, c. 1849-1870)”, um lançamento da Editora Hucitec.

Silvana é filha de Serra Grande, se interessou pela História da escravidão na Industria Têxtil e esse livro nos trará muitos conhecimentos sobre esse período.

Na sinopse de Thiago Campos Pessoa, ele relata: “Em meados do oitocentos, os anúncios da maior indústria têxtil do Brasil vendiam seus produtos como símbolo da modernidade capitalista e sua autoimagem como empresa livre de escravidão.

Aos incautos, a propaganda talvez refletisse a realidade da Fábrica de Todos os Santos, fundada no litoral da Bahia em 1844.

No entanto Tecido pela escravidão argumenta que a modernidade em questão era aquela de um país escravista, moduladora de instituições e empresas, como a fábrica construída pela sociedade Lacerda & Cia.

Aliás a autora não dá vida fácil à memória dos seus sócios, entremeando suas fortunas ao tráfico de africanos.

Impressiona igualmente, as agências desses homens na promoção da modernidade oitocentista.

Assim, adianto ao leitor: não será sem surpresa que chegará ao final do percurso, reflexivo sobre o progresso à brasileira, tecido com o dinheiro dos negócios lastreados pela escravidão.

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1 Resultado

  1. Edson F disse:

    ““Em meados do oitocentos, os anúncios da maior indústria têxtil do Brasil vendiam seus produtos como símbolo da modernidade capitalista e sua autoimagem como empresa livre de escravidão.”

    Mas tinha de descer o pau no capitalismo…levou muitos anos depois do período abordado pelo livro pra trágica experiência socialista ser implantada por Lênin. Quero ser convencido que o GULAG soviético não era escravidão também.

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