Cientistas cristãos combatem imperialismo científico e fundamentalismo religioso

Associação prega união entre fé e ciência, já presente no trabalho de nomes como Galileu e Newton

As Escrituras não erram nunca. O mesmo não se pode dizer dos homens que as interpretam.

Essa convicção partiu de um cientista, e não um qualquer. Galileu Galilei foi condenado em 1633 pela Santa Inquisição por defender a tese copernicana de que o Sol não se move em torno da Terra, e sim o contrário. Nem com o título de herege o astrônomo católico deixou de lado uma de suas citações prediletas: “A Bíblia nos ensina como se vai para o céu, não como vai o céu”.

“Quase todos os nomes importantes da ciência eram profundamente religiosos”, diz o professor de filosofia da ciência Marcelo Cabral. “Pascal era um cristão devoto. Isaac Newton tem mais trabalho de teologia do que de ótica ou física.”

O debate levantado por Galileu quatro séculos atrás ainda é quente nos dias atuais: se a ciência ver a religião passar, melhor trocar de calçada ou as duas conseguem caminhar juntas? Já em seu nome a ABC² (Associação Brasileira de Cristãos na Ciência) escancara achar balela essa bifurcação tão comum tanto nos círculos acadêmicos quanto nas igrejas. (Folha)

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