DUAS FIGURAS CENTENÁRIAS E DESTINOS DIFERENTES
Por Wolf Moitinho*
A vida nos oferece caminhos distintos. Muitas vezes tomamos um norte que nos leva à prosperidade, noutros à decadência. São as nossas escolhas que determinam como seremos no futuro.
Certo mesmo é a frase que, costumeiramente, ouvimos quando iniciamos o nosso aprendizado nos colégios: “diga-me com quem andas e te direi quem tu és!”. Seguindo, e por analogia, temos que, além das nossas escolhas, é preciso que saibamos quem devem ser os nossos parceiros, bem como não podemos desprezar à sorte.
Aqui conto um fato que pode ser percebido por cada cidadão, a história de duas figuras femininas, históricas, que bem conhecemos.
A primeira uma senhora centenária e o seu nome é Valença.
Convenhamos, Valença é uma mãe para todos e muitos não a compreende. Teve, durante muitos anos, filhos que apenas mamaram nos seus peitos, sugando todos os seus fluidos. Largada às traças, Valença continua viva, sobrevivendo a duras penas. Outrora, Valença ainda tinha aquela beleza natural das jovens; hoje, velha, feia, mal tratada, sem a importância que tivera quando bela. Perambulando é fácil perceber a sua decadência. Seu corpo enrugado apresenta irregularidades da superfície, cheio de buracos. Claramente se percebe que está pobre, maltratada, mas que, vez em quando, nota-se que foi maquiada em certas partes. Uma maquiagem que não condiz com aquela que um dia foi bela na sua simplicidade.
Valença tem muitos filhos e adotou tantos outros, “uma mãe”, dizem todos que a conhecem!
Valença, apesar de estar jogada, possui muitas riquezas. Se não estivesse tão maltratada por certos filhos que administraram as suas propriedades, Valença poderia ser reconhecida como próspera, “linda e maravilhosa”. Poderia estar “desfilando” entre as belas do Brasil, desde as mais “humildes”, grandes e pequenas.
Repito, Valença tem muitos filhos e todos sabem que ela adotou tantos outros. Todos que a conhecem e aqueles que vieram para estas bandas, dizem que Valença é realmente uma “mãezona”, e realmente todos estão certos. Ela os acolhem e se entrega por completo.
Uma outra que todos conhecem é Muniz. Ela nasceu pobre, pequena, “feinha”, mas os seus ascendentes, riofundenses, a adotaram quando perceberam que a sua mãe Nazaré a deixou abandonada, ou melhor, não estava dando a devida importância a Muniz.
Tempos ruins!
Passados alguns anos, Muniz teve um filho e foi este pródigo filho que retornou e que lhe deu ânimo. Ele é quem cuida muito bem dela. Muniz está jovial, bonita, sim! “Linda e maravilhosa,” apesar de pequena, tanto no seu interior quanto na sua essência. Todos encontram os seus encantos diferenciados e sentem o acolhimento!
Sim! As pessoas que trafegam pela BA 001 de longe veem que Muniz mudou completamente. Percebem que já não há acanhamento, ela se transformou completamente.
Todos que passam e resolvem vê-la internamente, saem radiantes com a convicção de poder ser feliz se algum dia vierem a ser adotados por Muniz.
*Wolf Moitinho é servidor público
Parabéns pelo texto, excelente analogia!!!
Texto bem formulado e de extrema importância para uma boa reflexão.
Aí Wolf Moitinho, achei de muita importância suas colocações aqui expostas.
Realmente a Valença entregou-se há um bando de aproveitadores que nada fizeram durante todos estes anos afim de dar outra conotação a está cidade que já foi agrande metrópoles, como porto e transferência de comércio.
Aproveito para parabenizá-lo pela belas palavras aqui colocadas. Se está cidade tem jeito tem sim, claro más isto só acontecerá se pessoas como vc tomarem a iniciativa para isto. Colocarem estes bandos de ladrões e mal administradores para fora deste municipio.
Você foi bastante preciso, texto formulado.
Pena que nesse cidadão é e funcionário do estado é PT que ficou 16 anos e não fez nada por Valença
pra.natan
O texto condiz com a realidade.
Só não gostei 100% pois ficou misto.