“MAS CONFESSO ABESTALHADO QUE ESTOU DECEPCIONADO”, PARAFRASEANDO RAUL SEIXAS
Por Wolff Moitinho
Confesso que não sei dizer com certeza quando começou o sofrimento do povo valenciano com a falta de água nos reservatórios das casas e dos estabelecimentos industriais, comerciais e de prestadores de serviços. Mas garanto-lhes que nas administrações anteriores do SAAE as queixas não foram tão constantes quanto as que hoje são propaladas no seio desta nossa comunidade. Pouco tempo transcorreu da posse da então gestora municipal e vemos uma gestão pífia da autarquia, antes mesmo de completar um ano de mandato.
Alegações são diversas: quebra ou queima de bombas, barragem sem planejamento adequado, rios com pouco volume de água, capacidade de armazenamento de água insuficiente, etecetera, etecetera, etecetera… é o que ouvimos circular como respostas dos gestores da autarquia.
Balela! Sem nenhuma explicação a diretoria do SAAE toca a pior administração já existente em todos os anos da autarquia, desrespeitando a dignidade do povo valenciano, porque água é um bem essencial, imprescindível, e não há justificativa para faltar o líquido precioso todos os dias nas torneiras das residências e estabelecimentos empresariais, em uma região com alto índice pluviométrico. Valença não está situada no semiárido baiano; o município está localizado no litoral, Região do Baixo Sul da Bahia, dentro, por assim dizer, de uma bacia hidrográfica formada por vários rios, nascentes, lagos e lagoas, reconhecida pelo governo estadual e federal.
As reclamações constantes da população parecem que não estão sendo ouvidas pelas autoridades, ou, se estão, fazem como os antigos que não se importavam com dores e gritos dos aflitos, homens mulheres e crianças, seus subordinados. As autoridades responsáveis pelo abastecimento de água deste nosso município parecem que possuem “ouvidos de marcador”.
Por outro lado, sabendo que vivemos em um país democrático, creio que os cidadãos deste nosso município são realmente pacíficos. Em outras localidades, já estariam defronte as portas da prefeitura e/ou do órgão responsável pelo abastecimento de água protestando veementemente contra a inoperância dos gestores, exigindo que providências fossem tomadas imediatamente, porque planejamento é uma fase antes da execução. Motores queimados são facilmente substituídos por novos, enquanto se reparam os velhos queimados; sempre há possibilidade de maior captação de água dos rios em época de chuvas; e, dinheiro no SAAE não falta, pois são constantes os valores crescentes dos recibos de cobrança tanto das pessoas físicas quanto do empresariado.
Com tanto desleixo existente, em conversa com populares, foi aventado o ressurgimento da hipótese de privatização do SAAE por um grupo empresarial que, em passado recente, defendeu o postulado. A bem da verdade, ações iguais a esta ocorreram e ainda ocorrem nos governos federal e estadual.
Quem não se lembra do antigo BANEB? O Banco do Estado da Bahia foi privatizado porque diziam resultar prejuízos e foi adquirido pelo Bradesco, que ampliou os seus lucros. O BANESE também sofreu influências maldosas com o intuito de privatizá-lo, mas a população sergipana questionou o governo e hoje o BANESE, Banco do Estado de Sergipe, continua pertencendo ao Estado e em plena atividade lucrativa.
Evidente que não se pode afirmar taxativamente a existência de tal hipótese, mas vivemos com seres humanos e alguns “vendem a própria mãe” quando se trata de “ganhar dinheiro” e nesse momento deixam de lado a ética, a moral e passam por cima da própria lei.
A história do nosso país evidencia os corruptos que recheiam as páginas da imprensa e os espaços da mídia falada e, a partir do momento em que o cidadão desobedece as regras e não recebe punição exemplar, os demais não veem motivos para não fazer o mesmo se o ilícito lhes trouxer benefícios.
Criar subterfúgios com o intuito de auferir lucros faz parte do “jeitinho brasileiro”, da “lei de Gerson” que prega a obtenção de vantagem em tudo e de qualquer maneira. Portanto, deve-se levar também em conta a possibilidade de, ao vislumbrar qualquer notícia que surja neste sentido, a comunidade reagir imediatamente.
Neste momento, o que queremos é água nas torneiras todos os dias com a força suficiente para abastecimento das residências e provimento das atividades empresariais de todos os seguimentos do município de Valença, nos mesmos moldes ou melhor que os anteriores, nunca como o ofertado pelo SAAE da gestão atual da Prefeitura Municipal de Valença.
Moro em um bairro que sempre falta água por ser alto. Até acho que isso possa ser um problema para o abastecimento, mas acho também que o SAAE deveria investir para que isso não aconteça, pois todo mês com água ou não chega o recibo para pagamento em minha casa. Fui lá e um incompetente chegou a falar que no verão a situação vai piorar. Isso eh resposta de um servidor uma missão eh garantir água a população? Trata-se de um incompetente igual ao gestor dessa empresa e igual a prefeita que o colocou lá. A água eh direito de todos e bem imprescindível a vida, por isso para a população nunca deve faltar.
vc pode esta irritado como eu tb estou agora defender a privatização do saae ai vc ta passou do limites, ai eu te pergunto cade o BANEB sumiu, e outros orgão que foi privatizado sumiu ou estão fazendo uma pessima atendimento ao povo, pelo menos o saae e do municipio ou ruim ou bom podemos conversa com a direção reclamar, vai vcs ou outro qualquer fala com o diretor da EMBASA em salvador pra ver se vc e atendido,e pelo que sei os novos reservatorio do saae estão com mais de 90% concluido e deve ainda esse ano inicio do outro esta em funcionamento, reclame proteste mais não defenda privatização do maior bem como vc falou que e agua na mão dos mau…
Incompetência pura!!!
O que ocorre com o SAAE se resume a uma coisa só: POLÍTICA. O SAAE infelizmente é tratado como quintal da prefeitura, servindo de curral para colocar apadrinhados. Nenhum gestor desde a saída da FUNASA até agora era ou é engenheiro sanitário ou alguém que é especialista em saneamento básico. Colocam qualquer um como se o SAAE fosse uma padaria ou um bar que pudesse ser administrado por qualquer tipo de pessoa. Os gestores se fecham em seu escritório, e esquecem que o coração do SAAE bate na rua. O SAAE é e sempre será o nosso maior patrimônio, mas infelizmente é tratado como uma secretaria sem importância. Todos os gestores que passam por lá se rendem a um pequeno grupo de chefes que incorporaram em suas mentes que são donos daquilo alí. Assédio moral, desvios de função, coerção e outras mazelas mais são comuns do que se possa imaginar. Muitos em Valença sonham em trabalhar no SAAE, mas quando entram lá vivem um verdadeiro pesadelo. O que vale lá dentro é a máxima: MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM NÃO QUER SER DEMITIDO. Funcionários desmotivados e alguns até em depressão por coisas vividas diariamente. Ninguém olha para o funcionário como deveria, ninguém olha para o consumidor como deveria. Infelizmente o futuro do SAAE será ir para mão da EMBASA, com cerca de 200 pais de família correndo o risco de perder o emprego.