A GUERRA SANTA
Irene Dóres
Esse ano mais uma vez tive a honra de acompanhar totalmente a procissão de Nossa Senhora do Amparo. Foi uma caminhada linda, a cada dez metros se via uma casa enfeitada de azul e braço e muitas bolas e confeites disparados sobre a santa. A cada esquina as pessoas entravam na procissão e aumentavam o contingente de peregrinos na cidade até formar uma grande multidão cerca de oito mil pessoas. Espetáculo teatral na Praça da República e trio elétrico acompanhando a procissão. A procissão como sempre estava maravilhosa, mas o padre…
Vamos voltar um pouco ao passado, lembra que escrevi uma crônica falando da decisão da Igreja em mudar a festa do Amparo retirando do circuito os camelôs que aproveitam a oportunidade para garantir sua sustentabilidade? Se não lembra volta aí no blog e dá uma lida. Pois é o padre tomou minha opinião de cronista, como pessoal contra ele. Então selecionou um olhar para mim de persona non grata, por isso muitas vezes durante a missa da última novena e principalmente na procissão, esqueceu-se de rezar para me atacar. Eu estava lá trabalhando, e apenas me diverti com suas pontuações, cá entre nós, o padre parecia criança mimada gritando com o coleguinha porque não lhe deixou usar seu brinquedo preferido. Verdade, achei engraçado como um padre deixa de rezar durante uma cerimônia religiosa para disparar queixumes contra alguém, por ter expressado sua opinião. Só se ele sabe que o que fez ou tentou fazer com os camelôs foi errado. Porque foi a única coisa que eu defendi de verdade.
Sou cronista, e como alguém da imprensa, tenho o direito de livre expressão garantido pela Constituição Federal art 5º, “IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;”. Parece que nem todo mundo sabe disso, por outro lado, eu não sou tão importante quanto a Santa para competir com ela. Não sei se o povo entendeu o que estava acontecendo, porém eu, parece que ganhei mais notoriedade até estou aqui falando sobre o assunto outra vez.
Na boa gente, falando em mudanças, o povo da Igreja adorou as mudanças, se sentiram mais seguros e elogiaram muito a prefeita Jucelia pela marra de ter assinado embaixo do pedido dos padres. Mas os comerciantes de forma geral não gostaram, disseram que os prejuízos foram enormes me deram inclusive percentuais de perda de 80% nos ganhos durante a festa, até o dia sete; queixaram-se também que a movimentação durante as novenas caiu muito, posto que só subiam a colina as pessoas idosas para rezar e retornavam para suas casas após as missas. Reclamaram muito porque as barracas no circuito foram proibidas mas a igreja colocou três em seu adro e que o entorno da igreja se transformou um estacionamento já que a proposta era não subir carros, exceto em caso de necessidade comprovada.
Um clamor público que faço questão de enfatizar aqui e que foi minha defesa na crônica anterior sobre o Amparo, foi a presença dos camelôs que vendem brinquedos, bolas de plásticos para crianças e maçãs do amor. As pessoas são unânimes em falar que estes não devem sair do circuito porque as crianças vão para a festa pensando em descer dali com sua bolinha depois de comer uma maçã do amor. A maçã para eles é tão importante quanto a própria festa. Isso eu ouvi de várias pessoas frequentadoras da Igreja e visitantes. Passei dois dias lá em cima ouvindo pessoas, inclusive apara atender a provocação do padre. A prefeita Jucelia está bem aplaudida por sua atitude, mas ao mesmo tempo que eles elogiam, dão vivas e pedem vida longa para ela, repetem que ela não pode permitir que os camelôs sejam retirados, porque eles não incomodam. Viva o povo ele é muito sábio. E Você Jucélia que uma prefeita do povo, não deve furtar-se a ouvir a sua voz.
Ia eu aqui citar a problemática contextual da proibição dos camelôs que fazem a tradição da festa, mas não foi preciso pois o advogado Alcides bulhões explanou brilhantemente sobre o assunto, portanto vou finalizar dizendo que EU TINHA RAZÃO, quando levantei a questão dos costumes e me posicionei contra a retirada dos vendedores de brinquedos de plástico para crianças e da maçã do amor, do circuito da festa.
E os lustres?
E as imagens sacras?
E os azulejos portugueses?
É uma atitude infeliz principalmente numa missa de festa diante de toda comunidade dar um microfone para uma prefeita fazer do local um palanque político sem contar que a mesma foi incensada duas vezes numa semana só. Uma no dia 8/11 e depois na missa da ressaca no dia 10/11, pelo padre administrador paroquial e pelo padre secretário. Só está faltando agora os outros dois padres da cidade se renderem e colaborarem com a dispersão dos fiéis. Mas como tudo que é impossível só acontece em VALENÇA, vamos esperar para ver! Enquanto Igreja e Políticos passam a ter um caso romântico, tentando regressar ao saudosista período do padroado, os índices de violência continuam subindo, a educação e a segurança continuam no mesmo descaso, pagamos altos impostos sem retorno, os buracos tomam conta da ruas na cidade e o progresso com desenvolvimento só é visto e experimentado pela minoria. Oh quem poderá agora nos defender?
A FESTA DE NOSSA SENHORA DO AMPARO
O Amparo finalmente voltou as suas origens. Quem não lembra dos idos em que se curtia – na acepção da palavra, as novenas de Nossa Senhora do Amparo? E fácil criticar por aqueles que não convivia vinte e quatro horas com a baderna, o descaso e desorganização.
Ultimamente, até o ano passado, só haviam.
As pessoas que vivem ali e aqueloutras que participavam da festa, queixavam-se da criminalidade reinante por falta de participação do poder público que por ali não se fazia presente.
Eram brigas constantes e troca de tiros com fatalidades e a permissividade dos carros de som que só terminavam seis horas da madrugada. Nesta ultima, constatamos a diferença. Os comentários foram satisfatórios principalmente pelas pessoas idosas que exerceram o direito de ir e vir em toda a progressão da subida para a igreja do Amparo – o que não vinha acontecendo.
Vale dizer aos anônimos, que o passeio é publico, mas, é uma progressão do lar e lá, ninguém poderá determinar a instalação de nenhum comercio, principalmente aqueles que vendem drogas lícitas e ilícitas. Cabe ao proprietário decidir com o devido acolhimento do executivo municipal que autorizará ou não.
Hodiernamente deslocam-se para aquela localidade, indivíduos de todos os ricões da Bahia, que neste período com o intuito de praticar todos os tipos de atos que negativam qualquer festa pública por consequência da falta de um bom efetivo de policiais e da Policia Administrativa para fiscaliza-los, na habitabilidade, e dos meios higiênicos necessários.
Portanto os atos praticados pela Prefeita e da organização da festa do Amparo teve e terá todo o apoio e respaldo dos moradores do Amparo que querem que esta organização, seja estudada para os próximos eventos com o intuito de otimizar e torná-la uma festa alegre, e que as pessoas se sintam com segurança.
Parabéns a Prefeita Juscélia e seus colaboradores;
Parabéns a PM;
Parabéns a Comissão Organizadora da Festa do Amparo
Att,
Jorge Couceiros de Matos
Já pensaram se essa moda pega de todas as igrejas venderem suas guloseimas na hora da missa? Será uma obesidade coletiva?
Já pensaram se essa moda pega de todas as igrejas venderem suas guloseimas na hora da missa? Será uma obesidade coletiva?
Irene, concordo com seu ponto de vista, mas pelo andar da carruagem, a crítica não foi para você não. Há mais pessoas criticando a festa desse ano, que não estranharei se o padre convocar o Tribunal do Santo Ofício para fazer uma nova caça aos hereges… A lista é grande e terá jurista, professores, pensadores,etc. Um abraço de seu ex-colega de UNEB/SAJ.
Sabe Irene não vou desperdiçar minhas palavras para falar de vc, apenas tenho pena de pessoas com vc, Deus tenha piedade.
A banda Dragões da garoa noite que animou a pultima novena precisa urgentemente lançar um cd e tocar bem longe daqui. Que mulequeira foi aquela?
Lua cadente é vc! Saia do armário querida… Deus tenha piedade de sua vida de mentira e de fingimentos.