OS TRÊS PODERES E SUA CRIA, A FAMÍLIA ESTÁ CRESCENDO!

image Esta violência que nos alarma e impressiona, em verdade, não nos surpreende.
De fato nos assusta, nos incomoda quando nos sentimos ameaçados; porque, quando ela está lá no ” reino tão tão distante ” não causa assim tanto furor, mas, quando ela está aqui na minha rua, ou na rua da minha mãe, do namorado da amiga da mãe da tia do avô de sei lá quem, que é meu parente, aí sim, aí ela nos faz fazer e deixar de fazer uma série de coisas, aí, ai ai..” É pobrema negão”, afinal, como sair na hora, já marcada, do “tiroteio ” das 20h ? É violência, mas é organizada, Pô !
Poderia-se, quem sabe, chamar os membros dessa “atividade” e propor junto a eles, paradas programadas no intervalo da novela ou, melhor ainda, entregar a eles as rotas específicas, definindo no mapa da cidade as zonas de risco e suas horas de sítio, respeitando, em horas de paz anunciada, a hora do Big Brother e demás horários fundamentais da nossa programação local, tudo acordado direitinho “pra” não ter erro, seria um bom projeto: um trio elétrico, meia dúzia de santinhos, umas três nádegas balançando freneticamente por meia horinha e pronto ! Apoio garantido ! Mas aí, por hora, é só especulação, teria-se que fazer um planejamento muito maior, chamar outros “setores” ao debate, isso daria muito trabalho.
Mas, apesar de tudo, verdade seja dita, ainda que se lançe este projeto (em seu formato inédito), ou nada se faça, a situação não muda, de todo modo, não causa qualquer surpresa.
Que se poderia esperar de uma sociedade planejadamente injusta? Uma musical e feliz sociedade, desigual na medida exata da manutenção desta desigualdade, mas temos feriados e temos micaretas e temos carnaval !
A violência nacional, sejamos justos, não é tão feia assim, vem sempre muito bem embalada, bem vendida, apresentada por gente muito distinta, ou alguém vai duvidar do talento de profissionais como o senhor Duda Mendonça ? Ou da capacidade administrativa do Senhor Marcos Valério, ou do bom gosto do dono do “castelinho”? Ou,ou, ou, ou, etc… isso não !
Estes “feios e maltrapilhos” da foto acima só fazem o serviço, o “patrão” é outro…
Podemos questionar nossa memória, a memória do nosso Ilústre Presidente, os graus do seus óculos, vá lá; as marolinhas que ele anda vendo não correnpondem bem ao cenário atual, mas para por aí, não se questione mais nada, nada além disso !
A violência que está aí é cercada de todas as luzes necessárias para ofuscar a lucidez de quem ousar ser “politicamente incorreto”, de quem cometer o sacrilégio de questionar ou, ainda pior(!), duvidar da boa vontade do nossos dígnos representantes, do nosso tão honrado Poder legislativo, nesse último caso, Deus se apiede da alma desse ímpio pecador !
Não desfaçamos ou pouco façamos de nossos ilústres representantes, seus ternos e verbos escolhidos a dedo merecem, é claro, todo nosso reconhecimento, ainda que sejamos ante a tão sagazes seres, singelos cordeirinhos dóceis sempre dispostos a obedecê-los e legitimá-los. É, meus senhores, será essa a nossa fatia daquele tão falado “bolo”?
O coro da ” boa fé “, constantemente a ecoar, se fará presente aqui, agora! É uma democracia meus senhores, não podemos silenciar, nem num mero texto a fala imortal que vem do além:
– Ah ! Criticar é fácil…
– Ah ! Isso é coisa do governo passado, são 500 anos de irresponsabilidade e exploração…
– As bolsas do governo estão matando a fome de quem não tinha nada para comer…
– Temos que deixar o bolo crescer para depois dividir…
– Vamos cortar na própria carne…
– Isso é conversa de burguê…
– Blá, blá, blá….
– Blá, blá, blá….
– Tererê…tererê…
No final das contas, a organizado do Estado se volta, primariamente, sobre o poder que o legitima enquanto tal, aquele que, teoricamente, elevaria a voz coletiva de forma a fazê-la reverberar por toda extensão territorial desta nossa linda nação verde e amarela, é o Poder Legislativo a “alma mater” do Estado Democrático de Direito, é ela, esta tal “alminha” que, também teoricamente, está próxima ao povo, aquela que se propõe a apresentar aos olhos do Estado a forma como este deve se portar, as normas resguardas pelo Poder Judiciário são paridas por estas doces barrigas: os nossos políticos.
Lembro-me agora de uma campanha promovida pelo Estado para incentivar a participação da população nas eleições, em meio aquele falatório todo, uma frase se destacava: “Seu voto é uma arma”, hoje, bem pensando, concordo plenamente, mas temo que ao concordar com tal afirmativa, que uma outra se forme, será o povo suicida?
Diante deste questionamento, me resguardo na reflexão. Mas, se o pior se revelar, se a afirmativa for verdadeira, me negarei a aceitá-la, e fazendo eco junto a dígna e homogênea militancia partidária nacional, me porei a balançar a bandeirinha pálida e caduca do ” nunca deixe de sonhar”. Nesse caso, so me restará seguir o exemplo de um grande estadista(?) e continuar a viver repetindo aos quatro cantos um chocho ” Ah! eu não sabia ” !

Saionara Ribeiro.
Graduanda em Direito pela UNEB, Campus XV, VII Semestre.

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