QUEM ESTÁ BEM EM VALENÇA?

A corrida para deputado federal em Valença mal começou e já tem político ajustando o terno, costurando apoios e batendo ponto em festas de padroeiro. Sim, senhores, a temporada das alianças interesseiras está oficialmente aberta e Valença, como sempre, virou o “cinturão de votos alheios”.

No topo da lista, temos o deputado da terra, Raimundo Costa, o recordista de votos na última eleição. Quase 7 mil votos, embalado por cabos eleitorais de peso como a ex-prefeita Jucélia Nascimento e seu marido Lau de Lelo, este último, aliás, agora ostentando a faixa de vereador mais votado dos últimos anos. Devem continuar com o deputado.

Mas o futuro de Raimundo ainda é um mistério digno de novela mexicana: nunca foi de voto popular mesmo, sempre foi de cavalo selado partidário. Agora pousa no Podemos, onde já tem dois favoritos e, dizem, só tem espaço para dois mesmo… Adivinha quem pode sobrar?

Em segundo, surge Dal Barreto, que já teve dias melhores na corrida estadual, mas foi marcha lenta na disputa para federal. Sinal dos tempos ou reflexo da conta bancária? Bom, dinheiro ele ainda tem, e muito. Vamos ver até onde isso compra entusiasmo.

Em terceiro, Paulo Magalhães: quase 5 mil votos e uma parceria antiga com o empresário Luís Dattoli, que vem fazendo um trabalho de formiguinha (com disciplina suíça) junto aos aliados do seu grupo. Pode surpreender e melhorar a marca? Pode sim, principalmente se mantiver o time e o discurso afinado.

Fechando o quarteto, o sempre presente Claudio Cajado, que surfou nos mais de 3 mil votos à base do empurrãozinho do então prefeito Jairo Baptista. Só que agora, Jairo saiu de cena, e quem comanda o jogo é Marcos Medrado, que já avisou que seu apoio vai para Sérgio Brito, o atual Secretário de Infraestrutura da Bahia.

Cajado, pelo visto, vai ter que se contentar com os bons e velhos 800 votos de estimação, e olhe lá, se não tiver desconto.

Afinal, alguém aí acredita mesmo que Medrado vai deixar secretário catar voto para adversário? Eu, sinceramente, acho que o máximo que o secretário de Cajado vai catar é uma cartinha de exoneração…

Enfim, preparem as pipocas e os cafezinhos, porque a política regional está só esquentando. E, como sempre, Valença promete boas doses de drama, reviravolta e uns capítulos dignos de reprise.

Volto depois com mais babados do baixo sul!