FRACASSADO? NÃO. VITORIOSO PELA VIDA QUE CONSTRUÍ

Nos últimos dias, fui alvo de ataques pessoais em um áudio que circula pelas redes sociais — tudo porque ousei fazer uma crítica justa.

Um empresário, que tenta a todo custo se enfiar na política pelo caminho mais fácil — o do clientelismo — organizou uma festa barulhenta, travestida de evento beneficente.

Na verdade, era o próprio aniversário dele, com bandas contratadas a peso de ouro. E para ter acesso à festa? Cada pessoa precisava levar três quilos de alimentos. Nada foi de graça.

Eu apenas questionei: se a intenção fosse realmente ajudar, por que não reverter o valor gasto com os shows diretamente em cestas básicas para quem mais precisa?

A resposta dele não veio com argumentos. Veio com ofensas. Disse que sou um fracassado. Que tem pena de mim. Que sou um “sem o que fazer” e ainda me chamou de invejoso.

Mas deixa eu dizer uma coisa, com o coração aberto: fracassado, eu? Fracassado é quem precisa humilhar os outros para se sentir importante. Quem faz da arrogância uma bandeira. Quem usa o povo como escada.

Eu tenho uma história. Estou há mais de 40 anos com a mesma mulher. Meus filhos são todos formados, seguiram seus caminhos com dignidade.

E ainda crio, com amor e total dedicação, meu neto com Síndrome de Down e autismo — um dos maiores afetados pelo barulho absurdo daquela festa. Isso não é fracasso. Isso é força. Isso é ser homem de verdade.

Não me movo por inveja. Nem por vaidade. Me movo por valores — respeito, justiça, verdade.

Quem acha que vai entrar na política oferecendo favores em troca de apoio, está enganado. Política se faz com diálogo, com escuta, com compromisso real com o povo.

O resto é barulho. E barulho uma hora passa. O que permanece é aquilo que a gente constrói com o coração limpo.

Não quero pena de ninguém. Quero respeito.

E sigo firme, com a cabeça erguida. Porque sei muito bem quem eu sou — e, principalmente, quem eu nunca precisei ser.