“VIVER NO OROBÓ HOJE É FÁCIL, DIFÍCIL ERA NOS ANOS 60, 70, 80 E 90”
Por Marcel Fonsêca
Bom dia, Pelé, Conterrâneos, e em especial para o Vereador Diro. O que dizer sobre as afirmações do nobre Vereador? Vamos comentar e pontuar suas afirmações.
É fácil, depois das obras em andamento, afirmar que estas não são frutos de administração e sim da união das pessoas que ali vivem, desenvolvem e exploram a agricultura, principalmente quando a evolução do local se consolida em benefícios nas obras públicas.
Viver no Orobó hoje é fácil, difícil era nos anos 60, 70, 80, 90… quando a chegada até uma fazenda se fazia como se estivéssemos vivendo um rally, andávamos de Jipe Willys, pick-up Bandeirantes… em alguns lugares se descia e subia ladeira com o carro de lado, tamanha condição imprópria para condução.
Pontes de madeira desafiavam os caminhões carregados de Cravo da Índia, Pimenta do Reino e Guaraná, culturas mais cultivadas naquela época.
Todos reclamavam das condições das estradas, mas todos trabalhavam e muitas vezes movidos não pelo lucro, eram movidos pela ilusão do lucro, o lucro de verdade sempre ficou com os intermediários, pior ainda eram para os trabalhadores rurais, que dependiam dos donos das terras até para se locomoverem para Valença no dia da feira. Com tantos motivos para desistir, as pessoas conseguiram se firmar na terra e felizmente vivi para ver melhorias.
Se o nobre vereador acredita que só a vontade das pessoas que vivem nesta Zona Rural poderia mudar algo como está mudando, por que só agora temos as obras? E torço para que sejam de boa qualidade e definitivas, não seja simplesmente uma borra de asfalto que se transformará em estrada esburacada, muito pior que o escorregar do barro, que o posto de saúde tenha realmente assistência e a escola seja realmente educadora.
Quero perguntar ao Nobre Vereador, o que a comunidade fez quando a entrada do Orobó, ali onde existia uma represa, não sei se ainda existe e se existe em que condições está, que quando saiamos das fazendas de meu pai e de meu tio Ariovaldo Fonsêca, nos refrescávamos antes de chegar em casa, era maravilhoso o banho ali.
A fazenda não sei como está agora, mas alguém se locupletou com o dano ambiental, com o lixão, não tenho notícias de como foi resolvido este problema grave.
Quando for visitar Valença, farei visita ao Orobó, quero reviver a aventura de desbravar aquele local repleto de lembranças do meu pai e meu tio.
Mais valorização mesmo do povo agricultor está na hora de apurar lucro com o seu investimento e trabalho, tanto meu pai, quanto meu tio Ariovaldo, eram pessoas que enxergavam na Agricultura uma boa fonte de renda para o Município de Valença e Região, tinham suas safras vendidas mais caras por causa do cuidado com a qualidade do produto final, toda nossa safra era de primeira qualidade, infelizmente o custo para fazer um produto de excelência não se convertia no lucro almejado, até porquê, com o preço baixos pagos pelos atravessadores, não estimulava que todos seguissem a linha da produção de produto de excelência para exportação, então, mesmo que fizéssemos todo esforço para produzir melhor, nossa produção não servia para aumentar o valor do produto de nossa Zona Rural, só servia para ser misturado aos produtos daqueles que misturavam folhas e galhos, terra e até pedras, visando melhorar um produto ruim para um produto de segunda categoria.
Com tudo isso ocorrendo, meu pai que era perfeccionista, alertava tanto os agricultores, quanto os intermediários, que este tipo de comportamento era danoso para os agricultores e para o município.
Podem perceber que o narrado até aqui foi a causa de muitas vezes que os agricultores passaram por crises, foi o resultado de qualidade inferior de nossos produtos de exportação agrícola competindo com outros países fornecedores que faziam com mais zelo e melhor qualidade. Tudo isso fruto de ganância de alguns e que prejudicavam todos, numa política comercial errada.
A ciranda da qualidade passa por financiamento, seguro, assistência técnica, produtividade e remuneração honesta, que é o verdadeiro prêmio para o agricultor, que é a liberdade econômica buscada, irrigada com o suor de sua face e daqueles que lhes ajudaram na labuta diária do campo.
Então, muitos alertas feitos por José Antônio da Fonsêca, marinheiro, Valenciano perfeccionista, fotógrafo, que investiu no comércio em padaria, cinema, cassino, livraria e tipografia, fábrica de velas artesanais, pesca, agricultura e cunicultura (me apoiando), servidor público e que era um homem muito além do seu tempo, defendia a ideia da criação de um selo de qualidade para destacar os produtos tipo exportação de nossa região, para dar um exemplo, tenho hoje 56 anos e ele defendia esta ideia quando eu tinha ainda 13 anos, ele nunca lutou contra os intermediários, até porque não era o melhor a fazer, vez que, eles eram as pontes, eles recebiam dinheiro adiantado para financiar a compra dos produtos da região e ditavam o valor dos produtos, e não existia a possibilidade que temos hoje da informação na ponta dos dedos, quando saímos da condição de simples agricultores, podendo verificar o valor dos produtos em tempo real no seu telefone e escolher para quem vender sua safra.
Meu nobre Vereador, a estrada, a escola, o posto de saúde eram obrigações de todos os políticos que passaram pela prefeitura, não só dos prefeitos, sim também eram dos vereadores, dos governadores, dos deputados e congressistas.
Por que não foi feito antes? Será que a comunidade só acordou com Jairo ou a população do Orobó não era importante para as gestões anteriores? Não vamos tirar o mérito do Prefeito e até dos políticos que o ajudaram e ajudam na administração.
Vamos lembrar que muito dinheiro do nosso Município foi parar nos bolsos da corrupção ou o nosso povo não conhece os casos de enriquecimentos meteóricos? Onde estão os defensores de Valença, facilmente comprados com migalhas?
Eu tenho convicção que sem o conhecimento de causa, os gestores não têm condição de governar para todos, para isso temos os vereadores, que legislam, fiscalizam e até fazem parte da Gestão, como ocorrem todas as esferas administrativas, porque só assim, levando benefícios diretos, se firmam na política e galgam postos de maior destaque na liderança política, aí sim, se locupletando da ignorância política dos eleitores em que acreditam piamente que a obra é do político e não da população.
Os políticos são eleitos para trabalhar em função dos anseios da população e não da defesa de sua permanência política, que não é crime, mas acabam por transformar um ideal político em carreira política, visando muitas vezes a garantia do salário, dos benefícios diretos e indiretos, do toma lá dá cá, sem vergonha alguma.
Muitos até crimes cometem e com uma cara de pau deslavada ainda circulam na sociedade, que ao invés de expulsá-los, ainda dão oportunidade para que voltem a cena política.
Quero salientar que nem todos os políticos julgados são criminosos, até porque neste país, basta se criar uma mentira, contar ela muitas vezes e esta se transforma em “realidade” e processos, aqueles que fizeram a criação geralmente saem impunes, coisa que tem tendência de mudar.
A vida política vicia, se não levada a sério corrompe, uma vez corrompida lesa a população, população lesionada é população enfraquecida, uma vez enfraquecida servirá como massa de manobra facilmente orientada por discursos cheios de Programação Neuro Linguística e daí por diante fica fácil convencer, escravizar e até matar, como vimos durante a pandemia do Covid-19.
Sou Valenciano, tenho meus princípios forjados nesta terra, tenho tentado fazer alguma coisa por Valença, nunca tive oportunidade de mostrar um trabalho de relevância, nunca pedi nada para minha família. O que posso fazer é dar palpites, tentar de alguma forma instruir, abrir olhos.
Quanto a população do Orobó, fiscalizem os benefícios que estão chegando, sejam os verdadeiros cuidadores destas obras, não se iludam com promessas de quem quer que seja, time que está ganhando não se muda.
Fiscalizem prefeito, vereador, terceirizados, servidores e oportunista, fundem associações, cooperativas, selos de qualidade, esperar que um político faça por vocês não é a melhor ideia, pelo contrário, façam o que o Vereador afirmou, lutem pela melhoria, busquem consultorias, escolham líderes de verdade, não dê ouvidos a aqueles que batem nas suas costas e te iludem com discursos vazios.
Meu Nobre Vereador, o verdadeiro político é aquele que leva benefícios para a população através de ações e não dos discursos, não estou te acusando de nada, serve a frase para todos os políticos, eleitos ou não.
Peguei esta postagem do Pelé para dar uma visão mais ampla do que devemos almejar, devemos aparecer para o mundo e não para atravessadores e especuladores.
Grande abraço a população do Orobó, para o Vereador Diro e para os eleitores do Blog do Pelegrini.
Nos bastidores da política tudo pode mudar no próximo segundo.
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