SEGURANÇA: A BAHIA CONTINUA MAL
Hoje, lendo sites e jornais logo de manhã vejo como cresce a violência. Incrível como se matam nessa Bahia, é de dar medo quando se abre as páginas de jornais, sites e blogs dessa nossa terra. O mais incrível de tudo isso é que as autoridades no Brasil e na Bahia, nesse momento, só falam em articulações políticas, distribuição de cargos etc… Não tem ninguém preocupado com essa matança, com essa guerra civil. Acredito que não tenha um lugar no mundo que se mate mais que o Brasil. É de dar vergonha ver tantas pessoas morrerem por causa desses descasos dos políticos. Não suporto mais ver o Secretário se Segurança Pública dizer que aqui está tudo em bem, desafiar traficantes cariocas a virem para a Bahia, dizer que todo lugar na Bahia tem polícia. É um cara de bolacha, mesmo!
infelizmente o toque de recolher é uma das poucas saídas que temos para controlar a situação atual, mas aposto que vc e muitos outros vão chamar isso de ditadura…
Pq vc não fala nada do morro que todos nós sabemos que é o paraíso das drogas e dos drogados???
pq sr hildécio e administradores locais nada fazem pra barrar esse mal???
Dentre os muitos jovens que vão para lá trabalhar “conheço” dois que voltaram viciados em crack
Será que o turismo das drogas é válido???
Pq será que Ramiro e Hildécio não cumprem o trato que fizeram com o governo do estado?
Acho que turismo do sexo já é suficientemente pejorativo a nossa região… agora só falta hildécio inaugurar o turismo das drogas. Pq só falta a mídia vir fazer um reportagem para divulgar melhor…
Então não adianta reclamar da violência, pq um usuário de crack é apenas um zumbi que poderia ter se livrado dessa se não fosse tão fácil o acesso as drogas.
Roubar é o único caminho que tem para manter o vício e infelizmente eu que como droga só uso a cafeína pago pelos erros dos outros e pelos descaso dos políticos
Ai, ai, ai… Santhos.
Santhos, qual foi o trato que Ramiro e Hildécio fizeram com o Governo do Estado e não estão cumprindo???
Responde ai Santhos.
Se gritar pega ladrão não fica um meu irmão…
E ai Santos, não vai responder? Fiquei curioso sobre esse acerto.
Pelegrini, essa questão da droga é muito delicada. Mas com certeza é a Polícia Federal que deve agir contra o trafíco e não os prefeitos – disso não tenho a menor dúvida. Esse “professor-coveiro” é um lunático e vive tendo alucinações, certamente em função do chá de política pura distribuido pelo Claudionor, neh Santos?
Amigo Pelegrini,
Acabei de ler essa matéria que acredito, ilustra e complementa a sua – Ela foi escrita por FHC e eu a li no Diário Catarinense de hoje – dia 5/12. Ela é um pouquinho grande, mas como é super bem escrita e fundamentada, acredito na sua pertinence e contribuição neste blog. Ao lê-la me veio duas questões – POR QUE A BAHIA NÃO ADOTA AS COMPROVADAMENTE EFICIENTES UPPs? Será que teremos que chegar a situação “vexatória” do Rio? A segunda é estamos preparados para a “tal liberação”… Com a palavra, os comentaristas…
O golaço carioca
O Rio marcou um gol, um golaço. E digo bem: foi a cidade do Rio de Janeiro e não apenas seu governo, a polícia ou as Forças Armadas. A César o que é de César: a articulação entre governo, polícias e Forças Armadas foi importante e deixa-nos a lição de que sem articulação entre os muitos setores envolvidos na luta contra o crime organizado e sem disposição de combatê-lo a batalha será perdida. Mas sem o apoio da sofrida população do Rio, dos cariocas e brasileiros que habitam a cidade, e muito particularmente sem o apoio da população que vive nas comunidades atingidas pelos males da droga e pela violência do tráfico, o êxito inicial não teria sido possível.
Estive no morro Santa Marta há pouco tempo, quando a Unidade da Policia Pacificadora já estava estabelecida e pude ver que efetivamente o medo e o constrangimento da população local haviam desaparecido. A droga ainda corre por lá, mas entre usuários e não nas mãos de traficantes locais. Sei que em São Paulo e em outras regiões do país também há tentativas bem sucedidas de devolver ao Estado sua função primordial: o controle do território e o monopólio do exercício da violência (sempre que nos marcos legais). Mas o caso do Rio é simbólico porque a simbiose entre favela e bairro, entre a cidade e a zona pretensamente excluída está entranhada em toda parte.
Há, portanto, o que comemorar. Faz pouco tempo eram quase 100 mil moradores de comunidades cariocas que se haviam libertado, graças à presença da Polícia Pacificadora, da sujeição ao terror do tráfico e das regras de “justiça pelas próprias mãos” ordenadas pelo chefões locais e cumpridas por seus esbirros. Com a entrada do Estado no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro, há a possibilidade de incorporar mais gente às áreas restituídas à cidadania. Mas estas populações serão mesmo restituídas à vida normal em uma democracia? E neste passo começam as perguntas e preocupações. Sem que se restabeleçam as normas da lei, sem que a permanência da força policial, sem que a Justiça comum volte a imperar, sem que a escola deixe de ser um local onde se trafica, sem que os mercados locais sejam interconectados com os mercados formais da cidade e sem que a educação e o emprego devolvam esperança aos “aviões” (os jovens coagidos a serem sentinelas dos bandidos e portadores de droga para os usuários), a vitória inicial será de Pirro. Neste caso a não guerra em algumas comunidades pela fuga dos traficantes com parte de suas armas pode desdobrar-se adiante em um inferno a que serão submetidas populações de outras comunidades, seja por traficantes ou membros das milícias.
Não escrevo isso para diminuir a importância do que já se conseguiu. Pelo contrário, mas para chamar à responsabilidade todos nós, como cidadãos, como pais, avós, como partes da sociedade brasileira pelo que acontece no Rio e em quase todo o país. Fiquei muito impressionado com o que aprendi e vi ao integrar um grupo que está preparando um documentário sobre drogas. Estive em Vigário Geral em um encontro que José Junior do AfroReggae proporcionou para que eu pudesse entrevistar traficantes arrependidos e policiais envolvidos nas guerras locais. Entrevistei muitas mães de famílias, mulheres em presídios, jovens vitimados pelo tráfico (e quem sabe se não partes dele também). Eu havia estado na Palestina ocupada por forças de Israel e vi o constrangimento a que as populações locais são submetidas. Pois bem, no Rio de Janeiro, o constrangimento imposto pelo crime organizado e às vezes exacerbado pela violência policial, que por vezes se confundem, é pelo menos igual, senão maior, ao que vi na Palestina. A falta de liberdade de ir e vir que os bandidos de diferentes facções impõem a seus “súditos” forçados e o medo da “justiça direta” tornam as populações locais prisioneiras do terror do tráfico. E não adianta dar de ombros em outras partes do Brasil e pensar que “isso é lá no Rio”. Não, a presença do contrabando, do tráfico e da violência do crime organizado está em toda parte. E a ausência do Estado também, para não falar que sua presença é muitas vezes ameaçadora pela corrupção da polícia e suas práticas de violência indiscriminada.
Se agora no Rio de Janeiro as ações combinadas das autoridades políticas e militares abriram espaço para um avanço importante, é preciso consolidá-lo. Isso não será feito apenas com a presença militar, a da justiça e a do Estado. Este está começando a fazer o que lhe corresponde. Cabe à sociedade complementar o trabalho libertador. Enquanto houver incremento do consumo de drogas, enquanto os usuários forem tratados como criminosos e não como dependentes químicos ou propensos a isso, enquanto não forem atendidos pelos sistemas de saúde publica e, principalmente, enquanto a sociedade glamourizar a droga e anuir com seu uso secreto indiscriminadamente, ao invés de regulá-lo, será impossível eliminar o tráfico e sua coorte de violência. A diferença entre o custo da droga e o preço de venda induzirá os bandos de traficantes a tecer sempre novas teias de terror, violência e lucro.
Sem que o Estado, inclusive senão que principalmente no nível federal, continue a agir, a controlar melhor as fronteiras, a exigir que os países vizinhos fornecedores de drogas coíbam o contrabando, não haverá êxito estável no controle das organizações criminosas. Por outro lado, sem que a sociedade entenda que é preciso romper o tabu e veja que o inimigo pode morar em casa e não apenas nas favelas e se disponha a discutir as questões fundamentais da descriminalização e da regulação do uso das drogas, o Estado enxugará gelo. Ainda assim, só por liberar territórios nos quais habitam centenas de milhares de pessoas, o Rio de Janeiro enviou a todos os brasileiros um forte sinal de esperança.
Ação policial terá novo modelo para reduzir violência
Após um histórico de priorização da coerção como combate à criminalidade, o Policiamento de Proximidade tem sido o novo direcionamento da atuação policial para alcançar a meta de redução dos índices de violência. Aliado a isso, recomenda-se a personalização da forma de lidar com a população levando em conta os problemas e demandas específicas de cada localidade.
Esse foi o tema do último dia de discussão do II Seminário Internacional Qualidade da Atuação do Sistema de Defesa Social, realizado nos dias 29 e 30 de novembro, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
“Não há uma receita bem-sucedida para ser aplicada em todos os lugares. As boas ações devem ser temperadas com a cultura e realidade local. Devemos pegar as boas práticas e adaptar o que for aplicável. Não copiar”, disse o gerente do Programa de Crime Organizado da Polícia Holandesa, Max Daniel, representante do Programa Integrado de Policiamento de Proximidade que se baseia no diagnóstico de problemas, plano de ação, implementação, avaliação e correção de erros desenvolvidos no país europeu.
Cidadão – O especialista em Segurança Pública da Universidade da Califórnia, Larry Gaines, endossa a estratégia. “Cada bairro tem expectativas e necessidades diferentes. Agir de forma única, trata sintomas e não a causa”.
É unânime a afirmação de que a nova cultura de segurança é feita em parceria com o cidadão. “O que a população espera, mas a polícia não faz, merece mais atenção. Para isso é só perguntar o que gostaria que a polícia fizesse. Conversar com o morador, o comerciante, fazer reuniões, aplicar questionário. Somos prestadores de serviço público e temos que saber o que querem da gente. Podemos ser duros, mas amigo de todos também”, afirmou Gaines.
Meire Oliveira, do A TARDE On Line
Ai Pelegrini, tudo bom? Espero que esteja bem, assim como sua familia. Estou me apresentando para a guerrilha virtual do seu blog e fui convocada a filosofar em alemao e para isso trago uma frase do Nietzsche que gosto muito:”Überzeugungen sind gefährlichere Feinde der Wahrheit als Lügen.”
Abraços a todos,
Marcinha
* Pelegrini, você tem noticias do Serrinha? Aquele estrangueiro que gostava de fado e que postava no blog conosco, desde o início?
É verdade Marcinha, o Serrinha sumiu, nunca mais.
Muito bom, Mina.
Pelegrini vc conhece o tráfico de perto? e de onde vem os traficantes? e quem são seus pais?
Quando eu digo a vc que a culpa começa dentro de casa quando o indivíduo é criança vc quer jogar a culpa no governador Wagner.
I – Eu fui criado dentro da religião TJ e frequantei por muitos anos a congregação pitangueiras que funcionava ai na Taboca.
II – A família do meu vizinho/amigo tinha mais condições financeiras que a minha e sempre criou ele fazendo todas as vontades.
III – Nós tínhamos um outro amigo que morava numa cômodo com mais 8 irmãos. Uma família paupérrima.
Odiava quando tinha quer ir para o Salão do Reino, enquanto esses meu dois amigos podiam ir para as micaretas, festas do amparo, ou até mesmo ficar em casa. Minha mãe sempre foi muito rígida na minha criação. Para vc ter ideia comecei a vender geladinho eu tinha por volta de uns 10 anos de idade e cedo tbm comecei a “pegar feira” {isso pq minha mãe dizia que eu tinha que trabalhar desde cedo pra não virar vagabundo}e meus amigos? nada faziam a não ser rir da minha cara. Mesmo tendo que trabalhar tbm tinha que estudar para ser alguém na vida.
Hoje em dia eu sei meu papel na sociedade e tudo que tenho sei quantas madrugadas perdi para dar conta do meu trabalho e da minha graduação.
Meu amigo “rico” é alcoólatra tentei por 10 anos ajudá-lo, mas infelizmente isso é uma coisa que depende muito mais dele do que de mim ou da família dele.
Meu amigo “pobre” se acostumou com dinheiro fácil que ganhava do tio para traficar e quando o tio foi preso em 2007 ele assumiu a boca, foi preso semana passada, mas já já será solto.
Isso é só pra vc entender que é fácil colocar a culpa no Lula no Wagner em Ramiro e esquecer que a família é a base de tudo…
Santhos, não estou tirando a responsabilidade da família, acho que a família é a base de tudo. Feliz de quem pode ter pai e mãe. Quando culpo o governo é pela falta, incompetência, descaso etc…
As leis que se criam no Brasil são só e simplesmente para tirar a responsabilidade da família, vejam o trabalho do PETI, a lei da palmada. Tudo isso nos deixa impotentes. Você citou como foi importante para sua formação vender geladinho. Toda criança deveria trabalhar a partir dos 10 anos, porque aqui no Brasil o governo não se preocupa em dar escola em dois turnos para nossas crianças e ficam todas com a mente vazia esperando um traficante penetrar e acabar com a vida deles.
Não vou deixar de culpar canalha (desculpe o termo) nenhum. Todos eles são responsáveis pela formação de nossos filhos, sim, eles criaram as leis, eles que cuidem das crianças agora.
Esse Fred Fernando Santhos Muniz Sodré Cala-cala e Rami-rami ai dizer que o problema da segurança pública na Bahia é um problema de meio ambiente – efeito estufa e furo na camada de ozônio!
A segurança na Bahia continua mal, em compensação, a OAS vai muito bem… A OAS está mais forte do que quando ACM era vivo e o dono era seu genro. Mesmo sem cumprir a duplicação até Praia do Forte, foi premiada com a nova posição da praça de pedágio, com o silêncio de Caetano, Moema, Wagner e cia, o que é dedutível, pois Matta Pires (o dono da OAS) invetou “rios” de dinheiro desde a primeira campanha de Wagner ao Governo da Bahia. E como Wagner e o PT precisam retribuir o apoio… Ah! Ainda tem idiota que defende essa galera!