50% dos serviços médicos de Valença estão comprometidos por causa da obra do calçadão

Um dos maiores problemas enfrentados nos últimos anos de Valença foi a reforma do calçãdão, no centro da cidade, desde o início das obras que começaram os transtornos, indo dos destravamento da verba parlamentar através de liminar por que o município tinha certidão negativa e não podia receber verba federal, passando pelo atraso da obra, aos erros de construção.

Se não bastasse isso, o ex-prefeito Ricardo Moura ainda inauguruou uma obra cheia de erros e inacabada.

A outra etapa da obra é a Rua Virgílio Damásio, conhecida como Rua dos Médicos, que iniciou a obra desde a semana passada, e a empresa responsável pelo serviço pediu um prazo à Secretaria de Infraestrutura do Município de 40 dias para concluir essa etapa.

A verdade é que os profissionais de saúde daquela área, que são ao todo 53 entre médicos, dentistas, fisioterapeutas e enfermeiras, ou seja quase 50% dos serviços de saúde da cidade estão praticamente parados, sem poder atender aos seus pacientes pela dificuldade do acesso àas clínicas.

“Um absurdo, tenho pacientes que sentem dificuldades de adentrar a nossa clínica estando na porta, imagina com essa rua toda esburacada, como fica a situação dessas pessoas? Uma coisa impensada, sem planejamento, deixando tanto os pacientes como os profissionais de saúde sem poder fazer nada”, desabafou Doutora Adelaide, ginecologista.

“Eu ainda estava atendendo aos meus pacientes no dia que eles começaram o barulho das máquinas, tentei convencê-los a deixar para mais tarde e me trataram com deboche; o tratorista e os operários riram de minha cara e continuaram o serviço deles. Tive que suspender o atendimento por causa do barulho”, protestou Doultor Genésio.

“As clínicas e os laboratóris estão fechados naquela rua, os socorristas do SAMU não podem por enquanto levar pacientes à única cliníca de reumatologia e ortopedia da cidade. Eles não estão preocupados com nada, é um vandalismo administrativo. Alguém tem que ser responsabilizado por qualquer coisa que venha a acontecer com quem necessitar dos seviços dessa localidade”, disse um médico que não quis se identificar.

A construtora tem que se manifestar e buscar meios de agilizar os atendimentos dos pacientes, mas parece que eles não estão nem aí, pois há dois dias as obras estão paradas.