O FILHO CAÇULA DE DOUTOR AGOSTINHO, DOUTOR MARTONI, COMENTA SOBRE A PREOCUPAÇÃO QUE O PAI TINHA COM A PANDEMIA

Na Sexta-feira (15), tive a oportunidade e o privilégio de conhecer o filho caçula do Dr. Agostinho, o Infectologista Martoni, um jovem médico que assim como o pai está muito preocupado com a pandemia que assola o mundo.

Depois de ter visto meu texto no blog onde faço um breve comentário sobre seu pai, doutor Martoni disse que gostaria de me conhecer e veio até minha casa. Nosso encontro foi marcado por muita emoção, ao lado de seu irmão, o vereador Agostinho, ele me agradeceu pelas palavras e eu disse que só tinha expressado meus sentimentos a verdade sobre Dr. Agostinho, o médico do sorriso e das palavras que curavam.

Em nosso encontro, eu comentei sobre a preocupação de Dr. Agostinho com a pandemia, ele disse que seu pai teria morrido também com essa preocupação do coronavírus, tanto que, ele faleceu em uma sala de reunião onde debatiam sobre a instalação de um centro de atendimento aos doentes que estava sendo instalado nas proximidades de local inapropirado.

Questionei ao Dr. Martoni que ajudava ao pai em desenvolver melhores estudos sobre a doença e a lida nos preparativos para implantar o protocolo de atendimento aos pacientes infectados em toda a região e ele me respondeu ontem em um texto pelo Whatsapp:

Pelegrini,

Primeiramente meu muito obrigado por ter me permitido conhecer sua família que meu pai cuidou até seu último dia fisicamente aqui na Terra.

E num momento de emoções amenizadas lhe escrevo com a preocupação que afligia a todos e não diferente, ao Meu pai. Ele estava muito preocupado com a Pandemia de coronavírus. Nossas conversas em texto estavam na sua grande parcela voltadas para troca de arquivos com informações da COVID-19, e como implantar o protocolo de atendimento na cidade de Valença. E naquela manhã do dia 13/05/20 ele me pediu protocolos já implantados em serviços que eu tinha participado (pra quem não sabe sou Infectologista).

Eu estava preocupado com a segurança dele nesse processo. Queria que as reuniões fossem por vídeo conferência. Mas enfim, ele queria sempre estar produzindo, trabalhando, sendo útil a todos, à sociedade. Não gostava da possibilidade de fazer parte do isolamento social… ele já estava fazendo precauções rígidas no seu domicílio. E ainda privar seu conhecimento de atividades já era demais. Olhar pela TV toda essa tragédia acontecendo não era do seu perfil. E eu me sentia orgulhoso porque ele também estava me ouvindo e confiando. (Mas conhecendo ele como é, ele estava mais feliz que eu).

Há meses atrás ele ficou muito feliz com o apoio de um grupo de colegas da área da saúde com sua indicação para provedor do Hospital. Por ser transparente como sempre foi, ligou diretamente para nosso amigo da família Marcelo Cabral (atual provedor) para comunicar esse movimento. E assim construir algo em conjunto… Fecharam dele ser o vice (só fiquei sabendo agora – teria ficado feliz e dito a ele).

Enfim, lhe escrevo, Pelegrini, para também através do seu canal de comunicação chamar atenção para a nossa cidade de Valença. Especificamente sobre as medidas de combate à disseminação do novo coronavírus. A doença COVID-19 mata, e mata muito! Ela é igual em todos os lugares, seja regiões frias ou quentes, litorânea ou no interior do país. O mundo sofreu. O que fará a diferença é como a sociedade encara e se prepara para isso. Como ela respeita ou não as medidas de combate. Como a gestão pública lidera todo esse processo?

Pelo bem de Valença e toda sua população peço que as pessoas se unam para realmente combater os impactos dessa pandemia. O distanciamento social, a redução das atividades econômicas, o uso de máscaras, as lavagem das mãos e superfícies e um local adequado para atendimento com profissionais de saúde bem treinados com EPIs apropriados suficientes para todos, com testagem para casos bem indicados; são as medidas fundamentais para mitigar o impacto dessa pandemia.

E quem sabe com essa união conseguimos resgatar a identidade de Valença perdida ao longo dos últimos anos e voltar com a posse do protagonismo da região?

Essa doença mata de várias formas… direta e indiretamente. E Meu pai faz parte das mortes indiretas relacionadas à COVID-19 associado ao nível de estresse elevado. Pensem nisso… a tragédia pode ser pior e bater a bater em mais uma porta…

Deixo aqui minha contribuição com esse apelo a minha Valença nunca esquecida, Valença terra de paz…

Martoni Moura e Silva, caçula de Agostinho. Valenciano, médico infectologista.

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1 Resultado

  1. SARA SILVA FERREIRA disse:

    Muito triste tudo isso e saber que tem pessoas que não se importa só Jesus mas que Deus conforte todas as famílias que já perdeu um ente querido e nós proteja de todo mal

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