DE JESUS CRISTO A CHE GUEVARA, ASSIM ERA O COMANDATE SALUSTIANO

Coronel Salustiano, a nova versão da Polícia Militar

Ontem foi o dia da substituição do comandante da 31ª CIPM/Valença. Saiu o Tenente Coronel Salustiano e entrou o Major Godin. Muitos cidadãos valencianos foram ao evento de substituição do comando, presenciar a solenidade que teve apresentação de Banda de Música da Polícia Militar, Pelotão de Emprego Tático e desfile do batalhão local.

Falar do Tenente Coronel Salustiano é algo que nos deixa a vontade, pois, afinal de contas, a contribuição desse cidadão para Valença, como comandante da polícia, foi algo precioso para a população. O comandante Salustiano com seu jeito brando de falar (parecia Jesus Cristo), com sua paciência em ouvir, deu uma nova versão à polícia. Reduziu a criminalidade em mais de 60% e por isso perguntei um dia a ele: ao que se dava essa redução tão grande, e ele falou: “à ajuda da população”, humildade não lhe faltava.

O Tenente chegou aqui, quando a violência estava no pique da sua fama, teve epóca em que se matavam 10 pessoas em menos de 72 horas, assaltos à mão armada era uma constante, tomavam os celulares à luz do dia. E depois que o comandante Salustiano entrou tudo caiu por mais da metade. Muitos perguntam: “como pode, um homem com jeito tão simples e com esse tato, manter a ordem de uma cidade que chegou a figurar entre uma das mais violentas do Brasil?”. Realmente, não é fácil, é preciso ser inteligente, prudente, e acima de tudo humano. Lembro a célebre frase de Che Guevara quando dizia: “hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás!”.

Já passei por muitos lugares na cidade e me deparei com o comandante Salustiano conversando com pessoas de todas as classes sociaias. Aquilo parecia ser uma espécie de consulta de como andava a segurança. O coronel mal tinha tempo de falar sobre sua vida pessoal, de repassar seu problemas, afinal ele estava numa cidade com índices altíssimos de violência.

Um dia fui recebido pelo Coronel, no comando, e ele com sua paciência me ouviu e respondeu a todos os meus questionamentos. Uma particularidade dele, não se sentia um semideus como muitas autoridades nesse país, por isso, todo mundo que conversava com ele, dizia: “que sujeito simples”, mas era assim mesmo, tudo para ele era muito normal, nos tratava de igual para igual, ouvindo e dando sua opinião.

Valeu Coronel! Sua contribuição foi admirada por todos os valencianos, tenha certeza disso. Nunca perguntei a alguém o nome do comandante da polícia de Valença, que não tivessem na ponta da língua, “Major Salustiano”, reconhecimento pelos bons serviços.

Coronel Salustiano, você fez a diferença nessa cidade, você é responsável por tudo que melhorou na questão da nossa segurança. Mostrou que não precisa força para resolver situações, precisa prudência e acima de tudo: sabedoria.

E assim era o nosso comandante Salustiano, firme no propósito de combater a violência, mas nunca esquecia sua ternura.

Saudamos a chegada do novo comandante e esperamos dele um trabalho tão bom quanto do comandante Salustiano.