O que esperar do nosso futuro político?

tiagoPor Tïago Assis*

Findada a eleição de Presidente da República, alguns se insurgem contra o resultado das urnas, muitos falam em divisionismo do país, outros, sobremaneira a oposição, fazem um discurso alarmista sobre as instituições políticas do país, presumindo que o Brasil caminha a passos largos para uma ditadura.

Para responder ao questionamento proposto, primeiramente, devemos fazer duas pontuações basilares: primeiro, a Constituição Federal assegura um regime político social democrático, ao alinhavar o capital e o trabalho como fundamentos da República; segundo, tanto PSDB quanto PT adotam práticas sociais democráticas. Ora, como a oposição, portanto, pode fazer um discurso demagógico desse?

O PT ampliou as políticas sociais iniciadas muito antes de Fernando Henrique Cardoso, mas, bem reestruturadas em seu governo. De outro lado, o PT manteve o programa nacional de desestatização e os pilares macroeconômicos de uma gestão sob a égide da Lei de Responsabilidade Fiscal. Em sendo assim, esse tal de divisionismo não passa de uma birra de nossa democracia adolescente que logo chegará à fase adulta.

Ao atingir esse amadurecimento político, os eleitores irão perceber que nas principais democracias européias e na democracia estadunidense é assim: há uma divergência de opiniões; uns mais inclinados às políticas sociais, outros mais inclinados às políticas liberais. Nem por isso se alimenta perspectivas de golpes, como alguns desavisados imaginam.

Algumas manifestações minoritárias, inclusive da oposição, não passam de um infantilismo político. São os mesmos caciques resmungando; porém, inoperantes em seus partidos; partidos estes, que não têm passado de extensão do quintal coronelista. Se esses coronéis não mudarem a postura, não passarão de reminiscências históricas, assim como “seus” partidos, que as urnas já mostram que são obsoletos.

*Tiago Assis: Advogado e Professor de Direito Público do Instituto Baiano de Ensino Superior.

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2 Resultados

  1. Dilmadenovo disse:

    “Se esses coronéis não mudarem a postura, não passarão de reminiscências históricas, assim como “seus” partidos, que as urnas já mostram que são obsoletos.” Excelente!

  2. Joelson disse:

    bom texto

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