OS GAZES QUE SENTIMOS A NOITE E ESTÁ LEVANDO MUITOS VALENCIANOS AOS HOSPITAIS É PROVOCADO PELA CVI
A fábrica de tecidos de Valença (CVI), dando uma das suas descargas de fuligem, em plena luz do dia
Há algum tempo eu tenho notado e até indaguei a algumas pessoas sobre a poluição no ar de Valença, poluição essa, sentida mais pela parte da noite, na verdade eu imaginei que fosse da OLDESA na fabricação de azeite, quando estivesse cozinhando. A gente sente tipo uma fuligem no ar, muitas pessoas começavam a tossir em casa e poucos se davam conta de que era por causa dessa poluição do ar.
Essa semana o fotógrafo Richard Mas, que desenvolve um belo trabalho na cidade fotografando tudo que se passa em nossa terra, matou a nossa curiosidade e nos mostrou essa imagem de uma chaminé de uma caldeira da fábrica de tecidos de Valença, interessante é que até então a fábrica nos surprendia sempre a noite, quando todos estavam dormindo e dava suas descargas de poluição sem que ninguém soubesse de onde estava partindo aquele mal estar do ar. E agora, pelo jeito, eles perderam a vergonha e até à plena luz do dia eles jogam os gases tóxicos no ar.
Muita gente se queixava desse incomôdo, mas não sabíamos de onde vinha. Pela foto podemos ter a certeza que a poluição é realmente da CVI.
É preciso que a Secretaria de Meio Ambiete e todos os órgãos competentes, atentem para esse absurdo, com certeza tem gente sofrendo de Doenças respiratórias, como a bronquite, renite alérgica, alergias e asma, doenças que levam milhares de valencianos aos hospitais todos os anos e ninguém sabia a causa desses males.
A CVI pode ser uma industria que dá muitos empregos em Valença, mas ela precisa respeitar as normas e se enquadrar dentro dos novos métodos de evitar a poluição do ar. Não podemos viver desse jeito, ainda mais agora, que a fábrica passou a produzir dobrado. E com certeza o volume de poluição no ar será bem maior.
É muito preocupante ver o nosso ar sendo poluído sem nenhuma preocupação com a saúde da nossa gente, inclusive dos funcionários que ali trabalham na produção.
Também me preocupa a questão da sobrevivência daqueles que dependem desta fábrica para sustentar as suas famílias.
Creio que num ponto todos concordam, de se achar uma maneira viável de solucionar esse problema sem criar outros que inviabilize o funcionamento desta que é uma das poucas indústrias que ainda resta por aqui onde se diz que a cidade tem vocação para o turismo, fato que não impede de ter outras indústrias instaladas por aqui, mas que não se vê iniciativas nesse sentido, mesmo tendo a cidade quase cem mil habitantes e 165 anos de fundação.
Faço minhas as palavras da sagrada escritura ao dizer: “Guarda o que tens para que ninguém tome a tua coroa”.
Há que se chegar a um consenso para que ninguém saia perdendo, pois nesse momento recomenda-se a sensatez atrelada á prudencia.
Cadê o CODEMA? Como diz Boris Casoy: Isto é um absurdo.
A inalação continuada de pequenas quantidades de fumaça, leva a um processo inflamatório crônico dos alvéolos pulmonares e mau funcionamento, dilatação e destruição dos mesmos. A inalação massiva, por sua vez, pode causar danos sérios imediatos e até letais ao aparelho respiratório. Mesmo dias depois da inalação as pessoas podem desenvolver sintomas e doenças respiratórias graves (falta de ar, chiado no peito, febre, tontura ou enjoo, bronquite, pneumonia química) ou ficar com sequelas permanentes. Como a fumaça geralmente está aquecida (às vezes a temperaturas muito altas), a combinação do calor com a fumaça causa danos ainda maiores ao sistema respiratório. Nos alvéolos deteriorados, as trocas gasosas que ocorrem normalmente (absorção de oxigênio, eliminação de gás carbônico) não podem acontecer, parcial ou totalmente. Sem oxigenação, os tecidos morrem em 5 a 7 minutos e o tecido nervoso ainda mais rapidamente.
A cidade é dependente da fábrica, porém, a mesma não pode continuar a fabricar tecidos nos moldes coloniais, pois devem existir fiscalizações na empresa como existe com pequenas empresas e o comércio de Valença, se não dar a entender que são dois pesos e duas medidas.
Parabéns Pelegrini, pois essa discussão precisa vir a tona e foi necessário alguém de fora da cidade para dar o alerta, claro que com sua sensibilidade.
Essa Fábrica precisa trabalhar de forma sustentável, pois Valença necessita também de contrapartida ambiental e social, oriundas de indenizações provenientes dessa EXPLORAÇÃO, PRINCIPALMENTE DE MADEIRA. Será CODEMA que essa madeira é legalizada? Que essa água de rejeito TÓXICOS é tratada antes de ser lançada no rio Una? Não seria prudente a empresa fornecer exames as pessoas que moram em seu entorno, como contrapartida? Será que alguém ganha para manter essas informações em sigilo, a custa da morte do nosso rio e promovendo possíveis doenças na população?
Precisamos que alguém dessa empresa dê esclarecimentos sobre suas atividades e que a Secretaria de Meio Ambiente realize uma fiscalização efetiva e REPASSE os dados a população.
Precisamos ficar de olho, pois essa notícia é importante para a SAÚDE PÚBLICA DOS VALENCIANOS!