DENÚCIA DE LEITOR: SETE DIAS DE AGONIA NA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VALENÇA

De Família França

Somos irmãos de Jorge Luiz dos Santos França de 28 anos, portador de Síndrome de Dawn, que, infelizmente, no dia 12/04/2012 ( quinta-feira), passou mal, sentindo muitas dores abdominais, vomitando um líquido escuro (parecido com sangue pisado) e com diarreia (as fezes também parecia sangue pisado, tipo borra de café), a família encaminhou para o hospital(Santa Casa de Misericórdia de Valença-Ba), o médico chamado Dr. Orlando, plantonista, não examinou o paciente e mandou internar, encaminhando-o somente para fazer um Raio-X (onde foi detectado uma pneumonia), não foi nem sequer ver como estava o paciente após o internamento, sabendo ele que o paciente é portador de Down, hipotireodismo, problemas cardíacos e pulmonar e necessitava de cuidados especiais. Deram vários medicamentos, inclusive Diazepam (não sei o porquê do Diazepam, mas deram a ele). Minha mãe pediu para que o médico Dr. Orlando prescrevesse os exames necessários ( ultrassonografia, endoscopia e outros), sendo que o tal médico, disse que não precisava, e não prescreveu.

No dia 13/04/2012 ( sexta-feira), à tarde, foi dada alta para ele, pois parecia estar bem, chegando em casa, à noite, ele começou novamente a sentir dores( sem o efeito do Diazepam, é claro) e a vomitar e defecar, ora era sangue, ora era o líquido pastoso preto.
Na madrugada do dia 14/04/2012 (sábado) minha mãe novamente o leva ao Hospital, encontrando o mesmo médico, Dr. Orlando, internando-o mais uma vez sem ao menos examiná-lo clinicamente. Ele foi medicado com antibiótico, colocaram soro, deram tanto medicamento ao menino que ele parecia mais uma COBAIA dos enfermeiros… A situação não melhorava, ele continuava defecando o líquido pastoso de cor preta de hora em hora.
Na madrugada do dia 15/04/2012 (domingo), deram Diazepam para ele dormir, só que ele começou a passar mal, devido ao tal medicamento, quase morria nos braços do meu pai (era o acompanhante dele nesta noite), espumando secreção mucosa, revirando os olhos e não se contendo em pé, e a enfermeira saiu do quarto e deixou meu pai sozinho com o meu irmão neste estado, momento em que meu pai entrou em desespero, mas ainda assim, sem ter noção de técnicas de enfermagem, realizou os socorros necessários, reanimou-o, com todo o carinho de um pai, tirou todo o muco da boca do meu irmão com o auxílio de um único acessório disponível, um papel higiênico fornecido pela suposta enfermeira antes dela dar as costas para o meu irmão. Depois desse episódio, e, não aguentando mais ser tratado como COBAIA dos enfermeiros, Jorge resolveu não mais tomar o soro( até mesmo porque o soro estava no lugar errado e inchou o braço dele todo) e queria ir para casa (até este dia ele parecia estar bem, estava forte, conversava, não necessitava ainda de balão de oxigênio), momento em que toda a família foi até lá e o convenceu a continuar no soro.

No dia 16/04/2012 (segunda-feira), ele amanheceu com dificuldade de respirar, e foi colocado no balão de oxigênio, de onde não saiu até a sua morte, continuou defecando o mesmo líquido preto pastoso, fui falar com a enfermeira no posto de enfermagem para solicitar todos os exames necessários que iríamos fazer aonde fosse possível, foi quando, eu vi no prontuário, uma prescrição de Diazepam, não sei nem de quanto, perguntei se estavam dando este medicamento para ele e informei que o mesmo não poderia tomá-lo e falei do sopro e da crise do dia anterior, ela mandou outro suposto enfermeiro ir correndo para a enfermaria rasgar a guia que já estava com o comprimido tarja preta na bandeja para a aplicação, logo em seguida ele sentiu muitas dores abdominais chegando a gritar de tanta dor, e a barriga enrijecida, quando perguntamos a um enfermeiro se havia medicamento de dor ou gazes prescrito no prontuário, e ele respondeu que não, achamos um absurdo aquilo e pedimos para que ele pedisse ao médico de plantão para prescrever, horas depois, aparece o enfermeiro com o medicamento prescrito pelo plantonista Dr. Alfredo, e o aplica um BUSCOPAN ENDOVENOSO, entre outros medicamentos orais que não sei quais (pois foi perguntado ao enfermeiro e este disse não saber, tinha que olhar no prontuário). Logo após essa aplicação, a dor continuava e a situação se agravava, Jorge ficou sem voz e com dificuldade ainda maior de respirar, a garganta dele estava ficando tapada, nós achamos que ele iria morrer ali naquele momento, desesperados, pedimos para chamar o médico Dr. Alfredo (que estava de plantão), que demorou horas para aparecer e não deu a mínima importância ao caso, ele já havia sido visto por Dr. Marcelo, por Dr. Alberto, e, para sua sorte passou pelos corredores DRª Mairy (cardiologista), pois ela já fora sua médica, visto que ele tinha sopro, pedimos a ela que o olhasse e ela o fez, disse-nos que iria falar com outro médico Dr. Dilson que é cirurgião, pois o caso dele era aparentemente passivo de cirurgia, mandou fazer exame de sangue (primeiro exame de sangue realizado em cinco dias de agonia) e uma Ultrassonografia, foi ver a possibilidade de encaminhá-lo para o CTI onde o tratamento seria melhor, segundo informação o Dr. Dilson estaria realizando cesariana e que o CTI estava lotado. E as dores do meu irmão continuava, foram 04 horas de dor intensa, só passando após um dreno que colocaram na uretra e no reto de Jorge, quando saiu tanto xixi e fezes – (que não eram fezes, era um líquido pastoso preto-) como a dor havia aliviado, após a drenagem, ele dormiu, mas ainda continuava na enfermaria e sem a visita do cirurgião.

No dia 17/04/2012( terça-feira), a ultrassonografia não pôde ser realizada pois ele estava com muita dificuldade de respirar, não podendo sair do balão de oxigênio, à tarde, mais uma vez, a dor atacou, quando procuramos o médico plantonista do dia, Dr. Alfredo, mais uma vez, muito mal educado por sinal, que não deu importância com a aflição da família, após ver esse descaso e a situação de Jorge se agravando, posto que, desta vez, saía sangue vivo do seu ânus, e sua mãe, que fez cirurgia no coração recentemente(angioplastia), em prantos sem saber o que fazer, foi mostrar ao mal educado do Dr. Alfredo, quando ele disse a ela que ele não era o médico dele, que só estava ali de favor, e por quê tinha tanta gente da família ali na enfermaria, será que é pra não ter testemunha do descaso que estão dando a Jorge, pois estavam no local três pessoas seu pai, sua irmã e sua mãe, todos preocupados com a situação, esse médico ignorante e mal educado o Dr. Alfredo mal examinou meu irmão, solicitamos então um exame(ultrassom do abdômem) esse mal educado disse que não realizaria por que meu irmão estava com a respiração acelerada, não sei o que isso tem ou não a haver com o exame. A família já não sabia mais o que fazer a respeito do descaso com que Jorge estava sendo tratado, ninguém queria assumir nada sendo que quem o internou foi um outro medico o Dr. Orlando que não deu as caras ao paciente que internou não foi ver como estava o estado do paciente isso em seis dias de internamento. Já anoitecendo, um médico plantonista, Dr. Alberto, chegou a um diagnóstico, não sei como, mas chegou, uma enfermeira comovida com a dor do meu irmão Jorge e a aflição da minha mãe e minha irmã que estavam lá e clamavam pelo encaminhamento dele a um hospital de Salvador, já que aqui não tinham nenhum meio para a melhora dele, nem sequer mesmo médico, pois nem os exames necessários pedidos pela minha mãe no dia do internamento não foram passados; pegou o exame de sangue e foi levar ao dito médico (Dr. Alberto), perguntando a minha irmã se ela queria ir, era óbvio que ela queria, daí o médico diagnosticou através dos exames sanguíneos realizados somente nos dias 16/04/12 e 17/04/12, que meu irmão se encontrava em estado grave, com insuficiência renal aguda e que precisava urgentemente ser transferido para realizar uma hemodíalise, foi quando minha irmã (Lucimara, que está grávida) aos prantos me ligou, eu (irmã de Jorge, Gilcimara) em casa de pés e mãos atadas, sem poder ir lá(pois estava com o meu filho pequeno), liguei o computador e comecei a pesquisar na internet, um órgão que poderiam ajudar meu irmão, entrei no site da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Salvador, descobri que lá tem um centro médico e alguns números telefônicos de alguns órgãos de defesa do deficiente (direitos humanos da presidência da república, ministério da saúde, ministério público, defensoria pública), foi quando liguei para Direitos Humanos da Presidência da República( disque 100) solicitando intervenção naquele manicômio que chamam de hospital (parece um manicômio mesmo, pois tratam todos os pacientes com Diazepam, sedativo forte, tarja preta, comumente usado em pessoas com distúrbios psicológicos); falei à atendente do Direitos Humanos, Isadora, que meu irmão era portador da Síndrome de Dawn, relatei todos os fatos, sobre os maus tratos, a negligência por parte dos médicos, inclusive sobre as instalações do hospital, disse que rogava pela intervenção deles, e ela me disse que o que eu necessitava era de uma solução rápida e urgente, não podendo resolver meu problema naquele momento, mandando-me ligar para o Ministério da Saúde e/ou procurar a Defensoria Pública, decepcionada, fiz o que foi mandado, liguei para o Ministério da Saúde (disque 136) falei com a atendente Selma, a qual, também não resolveu o meu problema, mandando-me procurar a Secretaria Municipal de Saúde, ou o Cras e o Creas, falar com a assistente social, pois ela( a atendente do Ministério da Saúde) disse que estes órgãos me ajudaria, daí falei a ela que a Secretaria do Município era um órgão politizado, que quem tem conhecimento com políticos, conseguiria algo, quem não tem, morre à míngua, ela disse que não podia fazer muita coisa a respeito, novamente mandando eu procurá-los, mais uma vez decepcionada e arrasada, mandei e-mail para o centro médico da APAE para saber se eles faziam o tratamento do meu irmão; mandei email de reclamação para a ouvidoria do SUS, e acabei frustrada, já era tarde da noite, não poderia fazer mais nada! e meu irmão a cada dia que passava ia se esvaindo, sumindo das nossas mãos…

No dia 18/04/2012 (quarta-feira), cedo pela manhã, fui com meu irmão José Luiz, ao hospital para pegar a cópia da guia de transferência encaminhada via fax para a central de regulação neste mesmo dia pelo hospital, para ver se o Ministério Público me ajudava, foi quando lá, falando com o assistente de Dr. Thiago (promotor de justiça) e os demais colegas do MP, resolveram fazer minha ficha para tentar solucionar o problema sem precisar judicializar (ou seja, entrar com um processo com pedido liminar, para ele ser levado às pressas para um hospital de Salvador), o promotor tentaria resolver de uma forma mais rápida, através de uma central do MP, ( não teve nem tempo para isso), não me contentei muito e fui procurar a Defensoria Pública, Dr. Carlos Maia, com toda a humanidade e solidariedade me atendeu até mesmo após o horário de trabalho dele, ele, deu entrada em um processo de indenização(queixa)( nº 0001214-57.2012.805.0271) com pedido de liminar para que meu irmão fosse levado para o hospital de Salvador sem precisar passar pela central de regulação, foi tudo muito rápido, meus colegas receberam, cadastraram e encaminharam ao gabinete da juíza, mas infelizmente, esta não estava na Comarca, encontrava-se na Comarca de Taperoá realizando uma audiência ( pois ela é juíza substituta de lá), fazendo com que esta liminar de saúde esperasse até o dia seguinte…aguardei no fórum até às 17:00 hs, quando resolvi sair de lá, aos prantos, por não ter conseguido uma solução imediata, mas sabia que no dia seguinte teria, tanto do MP, quanto da Vara Cível da comarca. Fui para o hospital, não pude entrar, pois meu irmão justo neste dia, quando souberam que eu iria tomar providências com a justiça, foi colocado na CTI, quando deveriam tê-lo colocado há muito tempo, conforme já relatado, encontrei minha mãe, meu irmão Lucival, meu irmão José Luiz e minha cunhada Somaria, saindo de lá e disseram-me que ele estava dormindo que estava bem, mas que parecia sedado(claro, dão Diazepam a todos),( e ele nem poderia tomar o diazepam, pois tinha sopro no coração, e eu já tinha falado com a enfermeira desde o dia 16/04/2012, após ele ter passado mal, devido ao tal medicamento, quase morrendo na madrugada do domingo(15/04/2012) nos braços do meu pai); pois é, meu irmão só podia estar sedado mesmo, pois na manhã desta maldita quarta(18/04/2012), ele estava apático quando entrei no quarto da enfermaria, momentos antes de procurar a enfermeira e a assistente social para pegar a cópia da guia de transferência, pois ele era tão alegre, mesmo na dor, e neste dia ele estava apático, só mexia os olhos e a cabeça, não falava, nem movimentava o restante do corpo, perguntei se ele sentia alguma coisa, ele nem me respondeu, peguei na mão dele e pedi para que apertasse(para eu ver se ele estava muito fraco), ele tirou toda a força de dentro de si e me apertou a mão sem força… foi o momento que saí de lá, dizendo a ele que iria tentar resolver e que ele iria ficar bom… não deu tempo. como já relatei acima, o tempo correu contra a possibilidade de mantê-lo vivo mais um pouco, e, neste mesmo dia às 22:35 hs ele faleceu, quando minha mãe por três vezes entre 22:00 e 22:35hs ligou para o setor da CTI, e uma suposta enfermeira disse que ele estava do mesmo jeito que a gente havia o deixado às 20:00hs da noite, dormindo, que estava bem…e minutos depois ela( a enfermeira) liga para a minha mãe e disse que o estado dele piorou, mas como??!!! ela tinha dito poucos minutos antes que ele estava bem! vai entender o que aconteceu?!!!!a família toda em poucos minutos chegou ao local, ao chegarmos no hospital(Santa Casa de Misericórdia, que de santa não tem nada), quando desce uma maca com um corpo coberto, minha mãe o reconheceu, era Jorge! bateu o desespero, todos exaltados, todos revoltados, todos inconformados, todos destroçados… não acreditávamos no que havia acontecido, não tivemos coragem para vê-lo de imediato, após mais ou menos uma hora de desespero intenso do lado de fora, fomos vê-lo, e o mesmo ainda estava quente, parecia que havia morrido naquele momento em que estávamos o vendo. estranho…, removeram o corpo da CTI mais rápido do que ele foi levado para lá… quisermos saber como foi? o que havia acontecido? Perguntamos às enfermeiras qual foi a causa da morte e não nos disseram nada, nem sequer veio um médico nos dizer alg. Podaram a gente de estar lá nesse momento em que Jorge mais precisava de nós… estávamos lá todos os dias em que ele esteve na enfermaria (24 hs monitorado pela família e não pelos “profissionais da saúde”). a gente só havia saído de lá há poucas horas, e ele estava bem, o deixamos lá (sozinho) pois ele demonstrava estar bem, estava se mexendo, e estava numa CTI, a família não poderia ficar, pois ele estava no centro de tratamento intensivo, onde supostamente todo o cuidado seria dado.

Este hospital já passou de receber uma visita do Ministério Público, tenho certeza que quando isso ocorrer vão encontrar inúmeras irregularidades, vou citar algumas que vi nesse período em que Jorge esteve internado: banheiros imundos, formigas por toda parte do hospital andando sobre as macas dividindo espaço com os pacientes, baratas nos ralos do banheiros e pelas paredes, não tem álcool em gel, esparadrapo, faltando fraldas geriátricas para os pacientes, quartos mais quentes que saúnas, aguas de torneira colocadas dentro do garrafão (de água mineral) pegam da torneira que vem dos tanques sem tratamento adequado, vai ver que nem é coberto. Sem contar que todo dia tem que morrer um neste maldito hospital , será que isso é normal, pois funcionários de funerárias dão plantão dentro do hospital será que isso é legal, quem sabe não tá rolando algo de podre neste maldito hospital, é de se desconfiar. Eles não trataram nosso irmão como deveriam, nosso irmaõzinho tinha Síndrome de Down, eles deveriam dar tratamento especial ,no entanto negligenciaram-no quem sabe não erraram com alguns medicamentos.

Ele era muito especial , quem teve o prazer de conhecê-lo soube o que é o verdadeiro amor ao próximo, a verdadeira felicidade a alegria em demasia, meu irmãozinho amava a todos por igual não sabia dosar o amor que dava aos que acabara de conhecer, para ele tanto fazia, amava-os da mesma forma .

Aos que não tiveram tempo de conhecê-lo digo-lhes com toda certeza, meu irmaõzinho está olhando a todos e agora vai poder amá-los também, porque com certeza está fazendo parte dos anjos que vivem ao lado do Senhor. Nós familiares estamos sofrendo muito, não sabemos mais sorrir como antes, quando dançava para nós, quando dizia que nos amava e isso constantemente, tínhamos um anjo convivendo conosco e perdê-lo dessa forma criminosa está sendo muito doloroso, não podemos deixar Jorginho cair no esquecimento, nós vamos lutar até o fim, os culpados pagarão por tudo que meu irmãozinho sofreu neste maldito hospital (Santa Casa de Misericórdia)sei que não foi o primeiro nem vai ser o último, então temos que fazer alguma coisa. Agradecemos a todos que foram solidários com a nossa dor.

Gilcimara França

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11 Resultados

  1. de olho disse:

    PARA MIM NA SANTA CASA GOES TELES NÃO FICA 06 MESES POIS VAI MEXER COM MUITA GENTE GRANDE QUE NÃO GOSTA DA COISA SERIA.

    JOGA DURO GOES TELES
    UM ABRAÇO!

  2. DARUANDA disse:

    Com a palavra o Dr. Guido Magalhães, que nesta data assume o cargo de provedor da Santa Casa de Misericórdia de Valença. A Gilcimara França e família, a nossa solidariedade.

  3. Rose disse:

    Só Deus para ter piedade e misericordia de quem entra nessa santa casa de misericordia de Valença.

  4. Fabi disse:

    Infelizmente a saúde brasileira é péssima e o pior é o descaso do Poder Público diante dessa situação. É notório o sofrimento da população que depende do sistema único de saúde, e que mais me revolta é que na época da eleição será justamente essa maioria que vão eleger esse povo. Estou indignada com a falta de humanismo!!!
    Que Nosso Pai Celestial conforte o coração dessa família!

  5. Manu disse:

    Mara, meus sentimentos. Não sabia que Jorge havia nos deixado. Fui vizinha de vocês por muito tempo e sei que realmente era uma pessoa fantástica, carismática. Concordo com todos os pontos descritos. O hospital realmente está precisando de uma reciclagem. Passei pelo mesmo processo com minha avó, e a nossa agonia durou 20 dias, pois veio a falecer no dia 07 de fevereiro. A higienização do hospital é péssima, sem contar também que para um médico visitar um paciente é uma demora incrivel, precisa ficar se humilhando e pedido atenção devida. Acredito que idosos e pessoas especiais não recebem atenção devida pois acham que estão ocupando o leito de uma pessoa que há mais possibilidade de sobreviver. Mas todos, independente de idade, de problemas precisam ser respeitados e ter atenção. Deus conforte todos vocês. Força para todos! Meus sinceros sentimentos!

  6. ISSO MERECE SER POSTADO URGENTE disse:

    Nós, familiares de Jorge Luiz dos Santos França (28 anos, portador da Síndrome de Down), o Jorginho da Urbis, sempre alegre, subindo e descendo aquelas ladeiras…estamos revoltados e inconformados com a sua morte ocorrida no dia 18/04/2012 às 22:35hs no HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VALENÇA (não parece um Hospital, parece mais um matadouro). Ele se internou no dia 12/04/2012, e, daí em diante, sofreu o que ninguém pode imaginar em apenas 7 dias: foi negligenciado em relação ao seu estado de saúde, deram-lhe milhares de medicamentos sem ao menos saber o que seria combatido, seu estômago doía, ele tinha se internado com uma gripe, vomitando sangue e defecando sangue, aparentemente seria uma úlcera…sentiu calor infernal naquela sauna que chamam de enfermaria, estava com broncopneumonia e os enfermeiros ofereciam-lhe água gelada, até mesmo para tomar o medicamento, água esta que só pode ser tirada da torneira e colocada dentro dos garrafões de água mineral, devido ao forte gosto de cloro, sentiu muitas dores, febre interna e externa, falta de ar, fome, vômitos, diarreia com fezes aparentando ser sangue pisado evoluindo para sangue vivo, queimação no estômago, descaso total… ainda assim, ele continuava otimista e queria voltar para casa. Infelizmente voltou dentro de um caixão. E o Hospital contribuiu para que isso acontecesse. Temos que lutar para evitar que esse tipo de coisa continue acontecendo na nossa cidade, principalmente por se tratar da Saúde, temos que mobilizar a comunidade valenciana para dar um basta nesta situação. Os profissionais de saúde têm que ter mais amor e capacidade, pois escolheram lidar com a vida do próximo, o que a gente vê nesta Santa Casa são médicos ignorantes que ao menos examina o paciente clinicamente, enfermeiros sem noção, assistente social desumana, por fim, de porteiro a médico, vimos pessoas totalmente despreparadas para exercer esse tipo de profissão: Dr. Orlando- médico, Dr. Alfredo- médico, Dênia- Assistente social, entre outros que não sabemos o nome.

  7. Lito disse:

    Pena que a saúde publica em nosso Pais é tratada com tanto descaso. Sorte Dr. Guido espero que você seja tão bom provedor quanto é advogado. Acredito que você e Goes terão pulso para colocar esta casa em ordem, um berro de Goes Teles bota um bocado de pilantras para correr. Precisa primeiro colocar os de alto escalão pra rua que o resto vai para seus lugares.

  8. marcio vieira disse:

    A Família de Jorge a quem eu chamava de BU,minha solidariedade, estava viajando, quando cheguei fiquei desnorteado, sentir uma dor profunda ao saber da sua trágica morte, uma verdadeira injustiça e descaso público. Ao ler este relato não contive fui ás lágrimas. Todo mundo se cala, nesta cidade. A Santa Casa pode ser um bom Hospital, mas precisa mudar tudo… Inclusive de lugar !
    Ele sempre me cumprimentava, e era louco por Lunus meu Cachorro labrador, um menino amado e feliz.Deus ilumine esta família.

  9. kadu Lisboa disse:

    Minha solidariedade a familia França. Sei que neste momento não há palavra que possa trazer conforto, mas mesmo assim, registro aqui, os meus sentimentos. Na oportunidade declaro meu incondicional apoio à luta da família por esclarecimentos sobre o acontecido.

    atc

    kadu

  10. Valenciano disse:

    Pena que numa cidade pequena todos são Padrinhos ou Afilhados de alguém e sempre a um conflito de interesses em jogo. Esse caso como muitos outros não vai dar em nada. “O corporativismo cruzado” vai imperar como sempre.

  11. ludmila disse:

    Senhor meu DEUS ETERNO e todo PODEROSO eu entrego Jorginho em tuas mãos, tenha misericórdia dessa ´pobre alma e confortai os corações de seus familiares. Amém.

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