RESPEITEM O LADRÃO VETERANO.
A cada dia fica mais ridícula a situação dos lulistas. Eles, que ainda são muitos e se sustentam na ilusão de superioridade moral que a força numérica proporciona, deveriam ter a decência de se trancarem em suas casas até a pizza dessa semana sair do forno, longe de qualquer contato com a sociedade. É constrangimento demais. Ou deveria ser.
Os governistas continuam trabalhando para blindar esse glorioso patrimônio do povo brasileiro que é a Petrobras contra a vistoria desse mesmo povo brasileiro. Agora estamos assistindo a mais um espetáculo belíssimo: os lulistas partiram em defesa do representante mais pitoresco do feudalismo tupiniquim, um Corleone tropical que há muito deveria ter sido apresentado por nós à ONU como candidato a patrimônio cultural da humanidade – ainda temos entre nós, viva e atuante, uma figura própria de um regime que deixou de existir no resto do mundo há uns quinhentos anos.
Viva, atuante e protegida pelo poder central. Lula deu o recado: ladrões veteranos merecem o respeito dos brasileiros. Foi ou não foi o que ele disse? “O Sarney tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum”. Mais respeito com um ladrão veterano, por favor. Ele já roubava com graça e desenvoltura enquanto eu engatinhava no sindicato.
Emocionado com o gesto solidário de Lula, o velho Sarney mandou-lhe um beijo de volta ao usar um bicho-papão familiar aos companheiros. Vendo seu netinho Sarney sob a mira dos holofotes, vovô Sarney desabafou: “Sobre a matéria divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, considero os esclarecimentos prestados pelo meu neto José Adriano Cordeiro Sarney, pessoa extremamente qualificada com mestrado na Sorbonne e pós-graduação em Harvard, suficientes para mostrar a verdadeira face de uma campanha midiática para atingir-me, na qual não excluo a minha posição política, nunca ocultada, de apoio ao presidente Lula e seu governo”. Ah, ela, a imprensa golpista.
Pronto. A maldita está perseguindo o dono do Maranhão só porque ele apóia o presidente oriundo do povão. Os canalhas não respeitam nem o diploma da Sorbonne! Revoltante.
Todo político encurralado se diz vítima de perseguição. Mas nós sabemos quem é o pai ideológico do discurso de “campanha midiática”. É o petismo. Nunca antes na história deste planeta houve um grupo tão visado por campanhas midiáticas. E agora o vovô Sarney entrou na onda. O mais bonito na união entre lulismo e feudalismo tropical é a harmonia da coreografia.
Coitado do lulista de bom coração. Imagine o malabarismo que lhe é exigido para explicar que o pobre José Sarney está sendo vítima de uma campanha difamatória da mídia malvada devido ao apoio nunca ocultado do bigodudo ao presidente mais popular da galáxia. Imagine o esforço feito lá no fundo da consciência do lulista de bom coração para ACREDITAR nisso. O próprio Hércules pediria penico. www.brunopontes.blogspot.com
Bruno Pontes
Jornalista
O mesmo PT que era contra as privatizações da telefonia, da VALE, das companhias de energia, dos bancos estaduais que serviam apenas de caixa de campanha e cabide de empregos para os detentores do poder, a exemplo do extinto BANEB que Pelegrini conheceu bem melhor que qualquer um de nós, hoje, sob o pretexto de que a PETROBRÁS é “patrimônio do povo”, tenta blindar os “companheiros” desta que é uma das maiores empresas de petróleo do mundo. Saliente-se que, em alguns casos, as privatizações criaram milhares de postos de trabalho e devolvem em impostos para a sociedade quantias bastante significativas.
Não sou adepto do “laissez faire”, do estado mínimo, cartilha do FMI adotada pelo então governo FHC e hoje revista pelo próprio governo americano quando tenta salvar empresas privadas falidas por gestões fraudulentas como a GM e a AIG. Nem por isso fecho os olhos quando vejo que “nunca neste país”, a frase mais conhecida atualmente, se roubou tanto.
Companheiros deste blog, não se iludam. A PETROBRÁS é uma caixa-preta que precisa ser aberta. Efetivamente não é patrimônio do povo. É uma empresa de capital aberto e misto onde alguns poucos “companheiros”, a despeito da grande maioria de “petroleiros” que arriscam a vida nas plataformas, se abanquetam não apenas de altos salários mas, também,e, principalmente, de regalias as mais diversas e absurdas.
O resto é jogo político. E para manter a caixa-preta fechada, o PT precisa de Sarney e de quantos outros puderem ajudá-lo.
PT saudações…
Arre Baba! E nessa história, o Danilo Gentilli foi parar no chão!