Lojistas ocupam o espaço urbano do jeito que querem, ambulantes invadem ruas e calçadas sem o menor critério e fiscalização
Por Analista
Eu acreditarei na municipalização do trânsito quando for comprovada em números a sua viabilidade. Municipalizar o trânsito significa também assumir os custos da sua manutenção. Qual o valor destes custos? Qual a fonte e o valor das receitas para cobrir essas despesas? Espero que os vereadores desta cidade tenham essas informações e tratem a questão de forma técnica e não façam dela apenas um palanque recheado de oportunismo politico.
O problema do trânsito em qualquer cidade não passa apenas pela definição de quem vai geri-lo, se o Estado ou o Municipio. Envolve investimento público, comportamento de motoristas, ciclistas e pedestres e fundamentalmente pela organização do espaço urbano, o que em Valença é um desastre.
Lojistas ocupam o espaço urbano do jeito que querem, ambulantes invadem ruas e calçadas sem o menor critério e fiscalização, nossa feira livre é uma bagunça…
Nos “gargalos” onde o trânsito é mais intenso e afeta o funcionamento da cidade o poder público não faz investimentos reais, sempre se utiliza de medidas paleativas.
As obras de manutenção da área de pavimentação e saneamento são mal feitas, o que compromete a qualidade das nossas vias e consequentemente a funcionalidade do trânsito.
Em Valença não existe regulamentação de horário para carga e descarga, ou se existe não é cumprida. Motociclistas ultrapassam pela esquerda, pela direita, cortam carros e desrespeitam a sinalização, tal comportamento deriva da certeza da impunidade.
Uma outra questão fundamental que contribui diretamente para o caos do nosso trânsito é o crescimento desorganizado da cidade. Valença é uma cidade sem Planejamento. A principal ferramenta de orientação para o desenvolvimento de um municipio é o Plano Diretor, e aqui em Valença os nossos Vereadores e o nosso Prefeito tratam esse instrumento apenas como uma exigência Legal.
Enfim, melhorar o trânsito da cidade não depende apenas de definir quem vai fazer a sua gestão. Muita coisa que depende de intervenções pontuais já poderia ter sido feita, mas o poder público local tem sido omisso e incompetente!
Atenção a PM, na rua D.Pedro em frente a Vanelis Jóias, tem uma loja que vendo colções e todos os dias o funcionário da Loja pega duas latas grende com uma corda amarrada,coloca de um lado a outro na frente da loja para não poder parar carros, motos e até bicicletas. Já pensou se essa moda pega ?. Pelé tire uma foto e poste no blog para chamer a atenção da Polícia. Pois Valença já é precario os estacionamentos, e agora até a via pública já tem dono.
Bom, Analista, você resumiu todo o seu discurso na última parte do parágrafo final quando diz:”o poder público local tem sido omisso e incompetente”. Você não deve estar acompanhando muito detalhadamente o que vem acontecendo em Valença nos últimos anos. Senão, vejamos: foi arrecadado no ano de 2011 de IPVA aqui em nossa cidade em torno de R$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais). Desse valor, 50% fica para o município. Esse recurso deve ser gasto em infraestrutura (estradas, ruas, sinalização de trânsito, etc.). Será que o gestor (ou os gestores anteriores) fizeram isso …A municipalização é viavel, SIM. Com ela, 100% dos recursos ficarão na cidade. Basta que tenhamos o mais difícil: gestores HONESTOS.
Guilherme,
Fico grato pela atenção, precisamos disso, do bom debate.
O repasse do IPVA não deve ser obrigatóriamente gasto com Infraestrutura, inclusive essa vinculação é constitucionalmente proibida para a especie tributária “IMPOSTO”, como é o IPVA. Eu realmente não conheço detalhadamente a questão, mas é exatamente isso que eu estou cobrando dos Vereadores, que a mesma não fique apenas no palanque eleitoral, que seja discutida de forma aberta e consistente para que cidadãos como eu possa saber. Em nada adiantará discutir viabilidade se falando apenas em Receita. E os Custos? Quanto se gastará com o aumento do custeio da máquina pública? A Gestão será de forma direta ou indireta (Autárquica)? Independente da forma juridica escolhida, esta nova estrutura precisará de servidores, de computadores, gastará água, energia e etc…
Não sou contra a municipalização, pelo contrário, sou a favor, desde que feita de forma criteriosa, para que esse custo não tenha que ocorrer sem uma nova Receita que seja suficiente para absorve-lo.
abs
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