Arquivo Mensal: junho 2013

Governo de Valença e Vereadores realizam importante reunião

reunião prefeitura A Prefeita Jucélia Nascimento, acompanhada do Vice-Prefeito, Joailton de Jesus e todo seu secretariado participou das 09 da manhã até as 09 da noite desta segunda-feira (10), na Câmara Municipal, de uma importante reunião com os vereadores de Valença.

O encontro teve como objetivo tirar dúvidas e sugerir opiniões e foi considerada uma inovação e principalmente, a demonstração de transparência e um novo modo de governar. «Que maravilha está sendo esta reunião», disse o Vereador Jairo Baptista.

A reunião foi proposta pelo Vereador Reginaldo Araújo e  serviu para complementar a  Audiência Pública para apresentação regimental do primeiro quadrimestre realizado na Câmara na semana passada, servindo para esclarecer com dados, os números apresentados durante a audiência.

Com apresentação de slides das ações realizadas nos primeiros cinco meses de governo, os secretários Viviane Oliveira (Saúde), Renata Sampaio (Promoção Social) e José Augusto (Infraestrutura), detalharam de forma clara e objetiva pontos importantes do atual governo. Foi uma verdadeira sabatina, onde a Prefeita Jucélia Nascimento conduziu todo o processo, esclarecendo pontos importantes das ações em andamento.

Para o Vereador Adailton Francisco, «os vereadores estão vivenciando a verdadeira Democracia e fazendo o seu papel».

Uma nova reunião será agendada para os próximos dias, para que as outras secretarias apresentem as ações e os secretários possam tirar dúvidas e ouvir sugestões dos vereadores.

Ascom – Prefeitura de Valença

II Conferência Territorial da Educação define propostas para a estadual

CONTED Tendo como tema central "O PNE na Articulação do Sistema Nacional da Educação: Participação Popular, Cooperação Federativa e Regime de Colaboração", a Direc-5 realizou, num esforço histórico e exemplar, a II Conferência Territorial da Educação do Baixo Sul (CONTED), contando com o apoio irrestrito dos 15 municípios que integram o órgão estadual, entre os dias 5 e 7 de julho, em Valença. A abertura da conferência foi realizada no Centro de Cultura, enquanto os colóquios e plenárias foram abrigadas nas dependências do Instituto Federal da Bahia (Ifba). O encontro contou com a participação de quase 700 pessoas de diferentes segmentos e profissionais interessados na construção de políticas educacionais de Estado, que acabaram realizando um dos maiores e melhores momentos da Educação Regional dos últimos dez anos. (Railton Ramos Membro da Comissão Organizadora)

VEREADOR FALOU DE BLOGUEIRO PORQUE TEM MEDO DE FALAR SOBRE VIOLÊNCIA

No dia do sepultamento de Ricardo Queiroz, lá no cemitério, uma pessoa me chamou e disse ironicamente: “Pelé, no velório de Ricardo, no NERC, tinha uma pessoa falando tão bem de você que chegou ao ponto de alguém pedir pra que ele falasse mais baixo”. Essa pessoa que falava do blogueiro era um vereador. Não sei o teor do que ele falava de mim, porque não tive oportunidade de ouvir os detalhes com essa pessoa, afinal, estávamos compartilhando a dor da perda da família de Ricardo naquele momento, na porta do cemitério. De uma coisa tenho certeza: ele não estava atribuindo o fato da violência que Ricardo sofreu à minha pessoa. Porque a maior responsabilidade é deles, pois ficam calados, não têm Projetos de Lei para esse segmento, aliás, sequer apresentaram um projeto, nesse período de seis meses de mandato. Só sabem fazer moção de aplausos e ficar batendo perna em porta de delegacia para processar blogueiro. Duvido que esse vereador tivesse a coragem de ao menos citar o nome de um dos bandidos perigosos de Valença nesse seu bate papo de fofoca ou até mesmo em uma sessão da Câmara, piorou apresentar Projeto de Lei sobre segurança. Fico feliz que o meu nome ele pode citar, em qualquer lugar, pois não apresento nenhum risco à sua vida ou a de quem quer que seja. O risco que eu represento a eles é o de economia, onde mostro a farra de diárias e outras coisas mais.

A família de Ricardo que me perdoe por esses constrangimentos.

BANALIZAÇÃO DA VIDA: JORNALISMO DE TV JÁ NOTICIA ASSASSINATOS DE HUMANOS COMO OUTRA COISA QUALQUER

datena Hoje pela manhã, vendo o jornal da Globo, “Bom dia Brasil”, foi que eu atentei pra ver, que nem mesmo essa emissora está se preocupando em dar ênfase às notícias de crimes (assassinatos) que se cometem pelo Brasil, como notícias chocantes. O âncora do Jornal Bom Dia Brasil, anunciou em meio as manchetes do dia de economia e esportes, de dois assassinatos na cidade de São Paulo, de Tio e sobrinho. “Os donos de uma pizzaria em São Paulo, tio e sobrinho, foram assassinados por bandidos em mais um assalto a restaurantes”, mas a notícia era dita como outra qualquer; como o aumento do preço do tomate; ou do lançamento de um carro novo. Antigamente eles paravam a música de fundo e davam uma notícia como essa, em um tom de dor e revolta, no entanto seguiram com o mesmo pique que anunciava as outras manchetes.

E a notícia que deram mais ênfase, foi a vitoria do Brasil sobre a França. Que ironia!

Como diz Datena: “Você vê a que ponto chegamos com a banalização da vida humana?”

A triste época de violência em Valença

Caríssima Sra. Idália e caríssimo Sr. Palegrini,

Eu estava fazendo planos para pedir transferência do meu trabalho. Passaria a morar e a exercer o meu ofício em Valença.

Não que eu tenha deixado de gostar da cidade onde moro. Eu a amo. Mas o motivo para a mudança que pretendia é a vontade de “mudar de ares”, conhecer outra cidade, outros costumes, outra cultura.

Em função do trabalho que meu pai tinha, mudávamos sempre de cidades e de estados. A partir dos dois anos de idade, eu nunca morei em cidades onde tivesse parentes. Nunca tive um amigo de infância.

Isso fez com que a frase do “Velho Lua” (Luiz Gonzaga) se adequasse perfeitamente a mim e aos meus irmãos: “Quem sai da terra natal em outros cantos não para.”

Havia escolhido Valença porque gostei muito da sua história e dos seus costumes, além de ser uma cidade bonita, numa região de belezas naturais fascinantes.

Contudo, quando resolvi “dar entrada na papelada” para pedir a transferência, vários colegas começaram a me chamar a atenção para a, segundo eles, tão alardeada violência urbana na cidade.

Engraçado que há anos leio tanto sobre a cidade, mas não tinha informações a respeito. Mas como foram muitos os comentários, resolvi procurar sites da cidade e da microrregião e passei a ler as notícias atuais e passadas. Nesse caso, principalmente aquelas de até um ano atrás.

Me surpreendi e muito! Infelizmente, uma surpresa nada agradável!

A cidade onde resido é do mesmo porte de Valença, em torno dos 90 mil habitantes, e também fica na Bahia.

Todo o estado enfrenta sérios problemas de violência; todos sabemos disso.
A questão é que, na imensa maioria dos infelizes casos de homicídios, como todos os 9 que aconteceram na cidade onde moro, nesse ano, existem ligações com o crime, principalmente o tráfico de drogas.

Na cidade onde moro, no ano passado, o mais violento da história do município, foram 23 homicídios. Desses, apenas em um caso a vítima era uma pessoa que vivia dentro da lei, trabalhador, mas fez a infeliz opção de namorar uma mulher que tinha ligação com o tráfico de drogas. Parece que um traficante era apaixonado por ela ou algo assim.

O que vi, lendo nos sites de Valença e região (esse do Sr. Pelegrini e mais 10 outros), é que a questão se repete aí: a maioria dos homicídios acontece contra pessoas que tem alguma ligação com o mundo do crime.

Todavia, pelo que apurei, entre 1/4 e 1/5 das vítimas de homicídio em Valença, nos últimos 12 meses, tinham, ao menos, ocupação e residência fixas (por favor, me corrijam, caso eu esteja errado). Muitos, como as duas últimas vítimas de homicídio e a última vítima de tentativa de homicídio, na semana passada, são, sabidamente, pessoas honestas, cidadãos trabalhadores, sem qualquer envolvimento com a criminalidade.

Eu fiz essas leituras durante mais ou menos um mês e meio, concluindo essas observações numéricas no último final de semana.

Conversei com a minha esposa a respeito e decidimos desistir da mudança. Entreguei os documentos necessários para cancelar o pedido de transferência.

Quando digo tudo isso, muito longe de querer ofendê-los (nem pensem nisso!), o que quero é ajudar a mostrar aos cidadãos Valencianos que até as pessoas que vivem no mesmo estado, sabendo da violência que assola a Bahia, ficam surpresos e amedrontados com o problema de Valença.

Eu gostaria muito de poder ajudar a fazer algo pela cidade, mas a única coisa que posso fazer é desejar-lhes muito boa sorte e, principalmente, desejar que DEUS os ajude a resolver esse problema tão sério.

Fortes, fraternos e sinceros abraços a todos os cidadãos do município de Valença!

Cordialmente,

Carlos.

DESABAFO

Idália Castro*

Começo, pedindo a Deus, que conforte as famílias daqueles que estão indo embora desse mundo terreno, por causa da violência e ampare suas almas!

Há quem pense que a violência que está acontecendo em nossa Valença é somente culpa da PM e da PC, ledo engano! É muito simples reproduzir um discurso fácil, cretino e preguiçoso… Precisamos de mentes pensantes!

Há falta de TUDO, no que diz respeito a educação, emprego, segurança, saúde, dentre outras bases que ajudam a formar um ser humano digno, como sabemos e como tanto é dito, acaba por aumentar absurdamente a violência, a criminalidade, etc., mas, até quando nos contentaremos com as migalhas que nos é dada? Até quando nos confortaremos colocando a culpa nas “policias” PM, PC? ACORDA POVO DORMINHOCO E CEGO!

E me diga você que fuma um "bekzinho", uma “pedrinha ou brita”, que cheira seu "pozinho", já se perguntou filho da puta, o quanto você contribui com essa desgraça que é a violência e que um dia há de bater na sua porta sua "miséria" hipócrita?

E você, me diga, que deixa seus filhos ouvirem todo o tipo de música, que incentiva a prostituição, o uso de drogas, a violência, a diminuição da mulher, dentre tantas outras coisas negativas, que deixam e acham bonito as meninas pequenas dançarem e ralarem a "checa no chão ou na areia da praia" e os meninos pequenos cantarem "acender um beck pra relaxar", acreditam mesmo que isso não influencia nem exerce um efeito negativo em seus filhos? -Ah, uma musiquinha não faz mal algum, que caretice, Idália-. Além de os deixarem assistir todo o tipo de coisas que passam na TV. – Ah Idália, é por falta de opção!- Porra nenhuma, arranje um livro pra seu filho ler, ou conte uma história pra ele, produza coisas saudáveis, construtivas, use o dinheiro das tantas bolsas não sei o que, pra fazer o que você deve, que é investir na criação dos seus filhos.

Mas, fazer o que né, se os valores estão todos invertidos? Na verdade quem é que sabe o que são valores morais e tudo mais né? Se, em sua maioria, em casa, os pais não educam, deixam que a escola e os professores eduquem, se eximem das suas obrigações de pais, atribuem sempre aos outros o papel de educar seus filhos, seja professor, policial, babá, vizinho, filho mais novo, TV, internet… Pobres futuros adultos, se chegarem lá!

Esse é o meu desabafo como mãe, filha, mulher, policial militar (com muito orgulho sim, danem-se os "policiólogos" de plantão). Sei que muitos criticarão, não curtirão, talvez nem consigam ler meu desabafo, mas, acredito que isso há de chegar aos seus destinatários sim, pois sei que a gente pode ajudar a mudar as coisas também gente, "as autoridades" fazendo a parte delas e nós, a nossa, isso aqui tá pior que SODOMA E GOMORRA! Há muito a ser feito, eu sei, mas, coloquemos a mão na consciência e vamos fazer a bendita da nossa parte…

Perdoem-me as palavras desagradáveis, mas, pra mim, na maioria dos desabafos, são necessárias.

Que Deus guarde as almas dos que se foram por conta da violência em nossa cidade e que, mesmo eu achando que não vai cair do céu (pois todos temos que contribuir para ela), a PAZ reine entre nós!

*Idália Castro é Policial Militar em Valença

ESTAMOS EM UM MESMO BARCO

Por Wolf Moitinho

Infelizmente aconteceu. Tivemos uma grande perda e a população de Valença reconheceu que “estamos todos em um mesmo barco”.

Havia mais de três mil pessoas presentes na caminhada fúnebre. Homens, mulheres e crianças consternados com o acontecimento, porque foi ceifada a vida de mais uma pessoa.

Sem nenhuma dúvida o jovem Ricardo representava na sociedade o bom filho, o sereníssimo pai, o grande irmão, o fiel esposo, o ilustre amigo. Era um ser humano distinto, um homem voltado para o seu semelhante.

Este infortúnio repercutiu nas atitudes de todos os valencianos. Demonstramos que vivemos com medo, agoniados e sofrendo constantemente porque não sabemos o que poderá ocorrer com os nossos familiares e amigos.

Se os nossos filhos vão a uma igreja, a um campo de futebol, a um cinema, ao supermercado ou a qualquer outro lugar nesta nossa cidade, nós pais sempre estaremos preocupados porque pode lhes acontecer algum incidente. Igualmente, os demais parentes ficam aflitos conosco quando não estamos por perto.

Todos nós sofremos porque não sabemos o que pode nos acontecer nesta cidade. Valença é uma cidade insegura e está muito violenta.

Lembremos que os pedidos para reforço do policiamento na nossa Região do Baixo Sul não foram atendidos pelo governo baiano. Outrora a 33ª CIPM contava com um razoável contingente, mas, na atualidade, pela falta de reforço o efetivo policial militar conta com pouco mais de uma centena para servir a mais de 10 cidades e a uma parte dos seus distritos. Ressalta-se que somente os distritos que recebem turistas são os que recebem um ou dois policiais para manter a ordem durante a alta estação.

Lembremos também que os comerciantes de Valença presentearam a comunidade com câmeras de segurança que foram instaladas objetivando a diminuição do crime e em muitas residências também os seus proprietários instalaram câmeras de segurança, muitas voltadas para as ruas. Foram contribuições de parte da população para prover a segurança dos demais munícipes.

E o que nos restam? Muito pouco, talvez!

Mas quando surge uma necessidade premente e não se possuí os recursos para prover a obrigação é preciso buscar outra solução.

Muitos baianos, inclusive de Valença, que estudam em Aracaju e/ou, até mesmo, famílias que residem ou já residiram naquela Capital, afirmam que o índice de criminalidade é muito baixo. Atribuem ao resultado positivo às constantes blitzes realizadas pelos órgãos policiais daquele Estado.

Aqueles que residiram ou moram temporariamente em Aracaju por certo já foram parados em uma blitz. A abordagem consiste em um convite ao motorista para sair do veículo, ser revistado e também o seu veículo. Nada havendo nada de anormal, o coordenador agradece a compreensão e ao final diz que o intento objetiva a “própria segurança do revistado e da sua família”. O respeito ao cidadão é indispensável.

Neste sentido, seria de grande valia a realização de operações policiais de improviso, tendo à frente policiais educados demonstrando aos cidadãos valencianos de todos os credos, matizes ou poder econômico, o sentido do trabalho.