NA GREVE DA CVI TEM ATÉ POLICIA CIVIL PARA DAR SEGURANÇA.
Ontem passei na porta da Companhia Valença Industrial (CVI), havia um movimento de funcionários em frente a fábrica, soube da greve que ja dura 6 dias. Conversei com Valdir, presidente do sindicato do tecelão, ele me informou que a greve vai continuar, e que os patrões não deram o percentual por eles solicitados, me disse que há operadores de máquinas e outros cargos na produção que estão ganhando salário mínimo, e que não condiz com a realidade dos salários pagos no país, e que só por se tratar de Valença eles querem achatar o ganho dos funcionários.
A diretoria da fábrica ofereceu 7% de aumento mas eles recusaram, esperam serem chamados para um novo acordo. Enquanto isso a fábrica continua parada, apenas com 5% de sua produção funcionando.
O presidente do sindicato, me informou sobre duas viaturas da polícia civil no estacionamento da fábrica (o que constatei ser verdade), e que os policiais estavam ali para tentar inibir o movimento grevista.
Não sei se é necessário duas viaturas da polícia civil interferirem nesse movimento tão pacífico, pois não existe nenhum indício de baderna ou qualquer coisa semelhante, e pelo que sei a polícia existe para preservar o patrimônio do estado, e não para proteger empresas privadas, se eles querem seguranças que contratem os seus, é lamentável ver coisas desse tipo, ainda mais que temos uma cidade extremamente violenta, onde os assaltos a mão armada acontecem de dia os traficantes de drogas vendem seus produtos em tabuleiros. Então não justifica duas viaturas da polícia para proteger o que não é ameaçado, e o cidadão de bem ficar desprotegido.
“VOCE PAGOU COM TRAIÇÃO, A QUEM SEMPRE LHE DEU A MÃO”
Altamiro Borges
O intenso noticiário sobre a crise mundial retirou das manchetes outro tema quente da atualidade: o da retomada das greves no país. Nos últimos dias, várias categorias paralisaram suas atividades para exigir aumento salarial e outros benefícios sociais. O Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Sócio-Econômicas (Dieese) ainda não divulgou o seu balanço, mas tudo indica que é a maior onda grevista dos últimos anos. Acuados durante o triste reinado de FHC e tímidos no primeiro mandato de Lula, os trabalhadores voltam à ofensiva para reivindicar os seus direitos.
Somente no início do mês de outubro/08, categorias de peso aproveitaram suas datas-base para cruzar os braços. Os bancários decretaram greve nacional exigindo reajuste de 13,23% – 7,15% de inflação e 5% de aumento real – e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários. Piquetes e passeatas agitaram as principais cidades, inclusive enfrentando a repressão policial. Os sindicatos da categoria calculam que 250 mil bancários aderiram à greve. Os bancos, que batem recordes de lucratividade, estão intransigentes e há um visível clima de radicalização do movimento.
Metalúrgicos, policiais e outros
Outro setor estratégico que paralisou suas atividades foi o dos metalúrgicos da capital paulista. A entidade da categoria, bastião da Força Sindical, exige 20% de reajuste e o fim da terceirização. Alega que o setor obteve elevados lucros com o crescimento da economia e exige a “socialização das riquezas”. A greve se dá por empresas e setores do ramo metalúrgico. Há alguns meses atrás, mais de 11 mil operários pararam. Após um período de negociações positivas, o patronato agora retrocedeu sob a desculpa da “crise mundial”. Os 55 sindicatos da categoria no estado, ligados à Força Sindical e que representam 750 mil metalúrgicos, prometem engrossar a campanha
Mais explosiva ainda foi a greve da Polícia Civil de São Paulo. Em outubro de 2008, cerca de 1.500 agentes ocuparam a Avenida Paulista, num dos maiores protestos de policiais da história. “Você pagou com traição, a quem sempre lhe deu a mão”, cantaram os grevistas atacando o governador José Serra. Num cartaz se lia: “Sabe o que significa PSDB? Pior Salário Do Brasil”. Em várias delegacias da capital e do interior, a ordem era atender apenas os casos graves, como homicídios e roubos. A categoria reivindicou 15% de reajuste, mas o governo tucano ofereceu apenas 6,2%.
A presença do Sindicato dos Têxteis tem visivelmente reflexo no dia-a-dia dos trabalhadores cumprindo, com isso, a sua função de proporcionar melhores condições de vida aos trabalhadores do Setor. Uma história de lutas em defesa da classe trabalhadora e de conseqüentes conquistas é fruto da potencialidade da categoria somada a adesão, cada vez maior, de seus representados, o que deverá continuar ocorrendo para o fortalecimento, cada vez mais intenso, da classe operária têxtil e mais do que isso, contribuir sistematicamente para a confecção de um tecido social mais justo para todo povo do nosso País.
A luta continua companheiros.