Sobre enquetes

Há pouco mais de um ano para as próximas eleições municipais, muitos blogs de Valença lançam enquetes visando aferir as preferências entre rejeitados e aceitos pela população. O fato é que, em nenhuma dessas enquetes, com exceção do Blog do Pelegrini, as somas dos votos sequer chegam a uma centena. Algumas chegam ao ridículo, haja vista que não ultrapassam a marca de dez votos. Ora senhores, todos sabem que a grande massa do interior da Bahia ainda não tem acesso a internet, e, quem tem (a grande maioria formada por jovens), não acessa sites de notícias, eles estão nas lan-houses jogando ou nas redes sociais. Quem acessa sites como o Portal do Baixo Sul e outros, são pessoas interessadas em notícias, a maioria formada por políticos e a população adulta que já tem suas preferências. Portanto, enquetes como essas em nada vai alterar o perfil do eleitor. Para uma pesquisa representar a vontade do eleitor, não é necessário aferir toda a população, o mais importante é a sua subdivisão. (classe social, idade, sexo, etc). Segundo a Datafolha, uma das maiores empresas de pesquisas eleitoral do país, até mesmo por telefone, é inviável realizar pesquisas, imagine pela internet onde o universo de possíveis pesquisados é ainda mais reduzido.

Voltando as enquetes, em um universo de 100 votos, é muito simples um candidato A ou B disparar na frente dos outros, mesmo com o cuidado de se colocar apenas um voto por máquina. Basta o interessado entrar em algumas lan-houses durante o dia, ou ligar e pedir votos para os amigos e se chega a esses números com muita facilidade.

O Portal do Baixo Sul respeita e acha saudável a discussão, entretanto, é preciso dizer a verdade.

Faço um desafio: coloque uma enquete com esses mesmos nomes e inclua uma pessoa desconhecida. Sozinho, sou capaz de votar em apenas duas horas umas 30 vezes e alguns amigos meus repetir esse número; e o ilustre desconhecido disparar.

Magno Jouber (Portal do Baixo Sul)