DINASTIA DO PT? TROCA DE CADEIRAS E O VELHO JEITINHO DE RENOVAR O PARTIDO

Valença viveu, neste domingo (6), um daqueles momentos que misturam democracia interna com novela familiar: a professora Flor Andrade foi eleita presidente do PT local, praticamente sucedendo Martiniano, (o ex-presidente, Renildo, era uma marionete de Martin). Nada como manter a política em casa, literalmente.

Com 222 votos, Flor assume o comando do partido com um discurso de reaproximação das bases e fortalecimento da militância. E ninguém duvida da sua trajetória — filiada desde 1993, ex-diretora do Núcleo Territorial de Educação, militante desde os tempos de Sindiquímica com Wagner e Rui Costa. Até aí, tudo certo.

Mas convenhamos: quando o bastão passa de mão em mão… praticamente do mesmo casal, é difícil não pensar se o PT de Valença virou um “Partido dos Ternos” — onde o sobrenome importa mais que o debate. Afinal, o amor é lindo, mas será que precisava mesmo ser tão organizado politicamente?

A chapa “Ainda Estamos Aqui” soa quase como um recado direto: sim, continuam os mesmos — tomara que mude o CPF na presidência. Talvez a ideia seja economizar na transição, ou manter a senha do grupo de WhatsApp do diretório.

Brincadeiras à parte, o recado de Flor é claro: quer trazer o PT de volta à rua, ao corpo a corpo, ao cheiro do povo. Se conseguir fazer isso sem virar só um “roteiro de casal militante”, ótimo. Mas por enquanto, o que se vê é mais um capítulo da velha política com cara de renovação: muda o nome na placa, mas o endereço continua o mesmo.

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