NO SÃO JOÃO DE ITUBERÁ RÉGIS FAZ A FESTA, MAS ESQUECE A PRINCIPAL ESTRELA: A BANDA PIRILAMPO

Quem diria, hein? Depois de passar anos sem um São João decente — daqueles que a gente via nos anos 80 e 90, cheios de vida e tradição — Ituberá finalmente aparece com uma grade cheia de atrações. Mais de 20 nomes no cartaz. Um feito e tanto… até a gente olhar de perto e notar uma ausência gritante: a Banda Pirilampo, a mais legítima representante musical da cidade, simplesmente ficou de fora.

Coincidência? Só se for para quem ainda acredita em Papai Noel de chapéu de couro. Todo mundo já sabe o motivo: a banda tem ligações com Neto Baé, o desafeto político número um do prefeito Régis. E como o ego do homem parece maior que a fogueira de São João, ele achou melhor cortar a prata da casa do que correr o risco de dar palco — ainda que indiretamente — ao adversário.

Mas vamos falar a verdade: para os Pirilampos, isso aí é só um tropeço bobo no caminho. A banda é conhecida em todo o Nordeste, respeitada, com agenda lotada nessa época do ano. Eles não vão passar aperto. O que deve doer mesmo é não poder tocar em casa, no meio do povo que viu tudo começar. Um São João em Ituberá sem Pirilampo é como uma festa sem sanfona — até dá pra fazer, mas falta alma.

E o Régis? Bom, ele perdeu uma chance de ouro de fazer bonito. Mas preferiu a política pequena à cultura grande. Preferiu a vaidade ao som da raiz. E no fim, quem perde mesmo é o povo, que poderia curtir um São João com o tempero da terra, mas vai acabar ouvindo um forró genérico, desses que a gente esquece antes mesmo da última música.

Parabéns, prefeito. Sua birra ganhou. Já a festa… nem tanto.

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