A POLÊMICA DA TAXA DO MORRO DE SÃO PAULO E O SENSACIONALISMO DE ZÉ EDUARDO PARA TIRAR SEU “JABÁ” DA PREFEITURA DE CAIRU

É incrível a cara de pau de parte da imprensa baiana quando chega o fim do ano. As despesas aumentam devido ao pagamento do décimo terceiro salário e às festas de confraternização, e eles tentam colocar a conta nas costas dos outros.

Nesta semana, vi Zé Eduardo, da TV Itapoan, criticando o prefeito de Cairu, Hildécio Meireles, por conta da taxa de visitação ao Morro de São Paulo. Ele afirmou que é um absurdo cobrar R$ 50,00 pela taxa e prometeu “pegar no pé” do prefeito na segunda-feira.

Agora, vamos aos fatos: essa taxa é cobrada há mais de 20 anos. Sempre gera polêmica, mas, no fim, todos acabam reconhecendo que ela é necessária. O valor arrecadado ajuda a resolver o problema do lixo deixado pelos turistas, que precisa ser removido para preservar o meio ambiente e manter o Morro de São Paulo bonito e sustentável.

Zé Eduardo, vulgo “Bocão”, resolveu reacender a discussão como se fosse algo novo. No entanto, todos sabem que seu interesse é outro. Essa é uma prática comum de alguns apresentadores de programas populares: pressionar para ganhar o “jabá”.

Observem como eles agem quando se trata de prefeitos do interior: usam ameaças veladas, como a promessa de “pegar o prefeito na segunda-feira”. Para quem entende o jogo, não é difícil perceber o que está por trás disso.

Zé Eduardo, procure outra estratégia. Essa tática está manjada. A situação está difícil para todos, e recorrer a métodos como esse só demonstra a incapacidade de atrair público de forma ética. Bater para depois chamar para perto é uma prática ultrapassada e nociva ao jornalismo.

A taxa de visitação existe para manter o Morro de São Paulo preservado e atrativo, mesmo que os recursos arrecadados ainda sejam insuficientes. Compará-lo a destinos como Fernando de Noronha é irrealista, pois o Morro é e continuará sendo um patrimônio do povo.