“O GIGANTE ACORDOU, VALENÇA ACORDOU”. É MOLE SER OPOSIÇÃO NA BAHIA
Outro dia, navegando nas redes sociais, deparei-me com um banner que me chamou a atenção: “O gigante acordou, Valença acordou”, parei e procurei logo ver de quem se tratava, claro que seria de alguém que apoiou Bolsonaro. Não vou citar nomes, até mesmo porque tenho muitos amigos que apoiaram Bolsonaro e me teêm muito respeito e consideração, com reciprocidade é claro.
É muito importante chamar a atenção de todos para que atentem pra uma coisa que poderá acontecer na política de Valença.
Se observarmos no Congresso Nacional, a bancada evangélica é grande e muito bem organizada, sabem porque? Eles não são maioria no Brasil, mas são unidos e organizados. Por isso eles tem uma grande bancada. O grupo que votou em Bolsonaro aqui em Valença, também são.
Analisando que, Bolsonaro teve 30% dos votos em Valença e vendo como eles se multiplicavam quando faziam suas carreatas e movimentos, podemos dizer que, apesar de serem minoria podem fazer uma maioria na Câmara e até mesmo eleger o prefeito de seu partido.
Sabem como?
Usando estratégias tipo: financiar campanhas de adversários. E todos podem perguntar: ô, e a campanha deles quem financia? Quando eles financiam a campanha do adversário eles estão levando a esquerda a um racha, e automaticamente alcançam o objetivo, que é transformar os eleitores deles em maioria. Numa cidade com pouco mais de 60 mil eleitores, 18 mil votos são deles e o restante é pra dividir, como fizeram Claudio Queiroz, Jucélia e Jairo, que acabaram dando a vitória a Ricardo Moura.
A única coisa que me deixa preocupado com tudo isso é se um desses candidatos se unir ao grupo deles, aí são mais oito ou nove mil votos para somar com os 18 mil deles. Nesse caso, só mesmo candidato único pra ganhar deles.
De uma coisa eu tenho certeza, o grupo de Bolsonaro não apoiará dois candidatos. Se Rui Costa soubesse articular política no interior, com certeza faria como o velho ACM, apontaria o dedo no seu candidato e mandava os outros retirarem as candidaturas.
Infelizmente Rui carrega consigo um republicanismo que não agrada a maioria das pessoas, não que seja errado, mas num país onde um presidente eleito diz que ‘dará prioridade ao estado que lhe deu melhor votação e os demais serão secundários’, é inadimissível aplicar esse sistema de governo.
Daí vem a tranquilidade da oposição lançar candidato sem medo de ganhar e sofrer retaliação. E por isso a política vira esse bife batido, é moleza ser oposição na Bahia.
Apenas uma onda, vai passar. Em dois anos todos verão que não há gigante algum, há um fake e, assim sendo, não haverá resultado, projeto que sustente um grupo vazio de ideias
E cheio de bravatas. Aguarde.