Sobre as 5 mortes registradas em Valença em menos de 24h
Por Raell Costa
I – foram mais 5 JPPP – jovens pretos pobres periféricos -, ditos bandidos, por isso não há debate ou clamor nas redes sociais. Afinal, quem são esses bandidos? "Bandido bom é bandido morto", né?! Suas vidas não farão falta!
II – é perceptível que a única ação do Estado (nas três esferas) que se apresenta nas comunidades – Clemenceau, Porto dos Milagres e Mangue Seco – são as polícias.
III – o uso de armamentos de grosso calibre, por marginais, é a prova cabal que existe uma rede interligada em diversos Estados e forças dos crime organizado. Enfim, a falta de políticas públicas que tratem com dignidade e respeito, sobretudo, as crianças e jovens destas comunidades é uma das respostas para a violência social do município. Não considerar que essas comunidades tem muito mais a oferecer do que as manchetes policiais é um crime ainda maior do que a própria violência. Quantos Mano Brown nunca irão escrever seu Negro Drama? Quantos Luther King não expressaram que também tem seu sonhos? Quantos Mandelas não destruíram os muros da separação racial? Para quem defende, a base comunidade de segurança (UPP), entendam: ajuda a dar a sensação de segurança, mas não sana a deficiência educacional, cultural e de dignidade humana de nenhuma comunidade onde foi implantada. Algumas políticas públicas de combate a morte violenta de JPPP serão instaladas aqui nos próximos dias, JUVENTUDE VIVA, ESTAÇÃO JUVENTUDE, (ações do governo Estadual e Federal), mas ainda será pouco. Ações de: Educação em Tempo Integral, Centro de Geração de Emprego e Renda, Cursos Profissionalizantes, Economia Criativa, Cooperativismo, EJA etc., devem ser implantados de imediato. Levando condições dignas, inclusivas e urgentes para a mobilidade social das comunidades periféricas. A "causa mortis" nos atestados de óbito desses jovens deve constar: negligência social.
Parabéns, uma expressão exata do que também defendo, o problema em Valença não é caso apenas de polícia, ou a ausência da mesma, mas trata-se de um processo crescente de exclusão social, que sem uma mudança de atitude por parte dos poderes competentes, irá continuar crescendo e ceifando mais vidas. Não considero os jovens assassinados apenas como vítimas do sistema, não podemos colocar que o crime é o único caminho para os excluídos, pois existem outros em situações até piores que as deles e mesmo assim não abraçaram a criminalidade como solução. O descaso por parte dos poderes constituídos na periferia de Valença é um fato histórico, porém percebemos um sinal de boa vontade na atual administração pública municipal e de alguns edis, minoria absoluta, uns dois ou apenas um, mas também sozinhos não irão amenizar problemas enraizados no seio da sociedade valenciana. Soluções, concordo com todas as ações sociais citadas pelo autor do texto da postagem acima, porém, sem um pacto social e sem uma mudança de postura por parte de toda comunidade, sendo encabeçada pelas forças econômicas e motrizes desta cidade, muito pouco ou nada poderá ser transformado. Parafraseando uma frase utilizada nos anos de “chumbo”, claro, resguardando total repúdio aos crimes e aos excessos cometidos no passado, poderíamos utilizar a seguinte frase: Valença, ame-a ou deixe-a! É mais ou menos isso, aqueles que daqui só tiram sua riqueza e não assumem seu papel de agente transformador da atual realidade, podem fazer como muitos que já foram tarde, nos deixem e vão “pastar em outro pasto”!
Senhor Raell Costa concordo em parte com seu texto quando cita a falta de oportunidade para esses jovens,porem é bom entender que a falta de oportunidades não é o único problema que levam esses jovens a esse caminho,pois pela própria escolha muitos preferem esse caminho.Falo isso por morar na comunidade e ter conhecimento de causa…conheço muitos jovens daqui que também não tiveram as mesmas oportunidades,mas hoje são professores,pedreiros,eletricistas,mecânicos,enfermeiros e etc…aqui em nosso município existe duas escolas federais que ofertam cursos técnicos e superior alem da universidade estadual com curso superior também, e todos gratuitos e tem sido por esse caminho que a maioria dos jovens daqui tem trilhados e hoje estão exercendo diversas funções no mercado de trabalho conseguindo assim ate mesmo melhorar a sua dura realidade e de sua família. Portanto esses jovens que tem preferido o caminho das drogas é porque querem também vida fácil,aquela sensação de portar uma arma e se achar o cara e ganhar dinheiro fácil com o crime é isso que eles preferem e não ter que estudar,aprender uma profissão,trabalhar porque falta melhorar muita coisa,mas hoje se tem mais oportunidades sim…o problema que por opinião própria muitos preferem escolher o que julga mais fácil e por isso pagam um preço.
Senhor Raell Costa concordo em parte com seu texto quando se refere a falta de oportunidades para esses jovens,porém é bom entender que muitos deles estão nesse caminho por escolhas próprias…falo isso porque moro na comunidade e tenho conhecimento de causas.Aqui na comunidade tem jovens que passam por esses mesmos problema de falta de oportunidade e que hoje são: professores,mecânicos,eletricistas,pedreiros,enfermeiros e etc…aqui em nossa cidade existe duas escolas federais que ofertam cursos técnicos e superiores alem da Universidade Estadual também com cursos superiores ondem aqueles que querem trilhar o caminho do bem vão estudar e que hoje estão exercendo diversas funções no mercado de trabalho conseguindo assim melhorar sua dura realidade e ate mesmo de sua família. O que mim parece também desses jovens que vão para o crime é aquela sensação de levar vida fácil colocando uma arma na cintura e se achar o cara querendo ganhar dinheiro com o crime.Sabemos que tem muito a se fazer no quesito oportunidade ,mas também temos que reconhecer que melhorou, e hoje existe outros caminhos a trilhar.Portanto toda escolha tem seu preço tanto para o bem como para o mal, e o que mim parece, as escolhas deles tem pesado mais ate mesmo do que a falta de oportunidades.
Excelente posicionamento e argumentação Raell.
Como operador do direito, professor de Direito Penal e advogado criminalista, me coloco a disposição para fomentar projetos dessa magnitude.
Parabéns;
Everardo Júnior
everardojunioradvogados@hotmail.com
http://www.everardojunior.adv.br
(75)9974-9795 e (75)3641-1845
Tá achando ruim,esses FDP,morrendo entre eles,pega todos e leva pra tua casa,quando você sofrer um atentado por estes vermes parasitas,lembre do que disse,dos “coitadinhos excluídos”,é cada uma que apareci falando baboseiras…
lamentavelmente a prefeita fechou pelegrini 19 petis,18 peti no interior e 1 na sede…o que se pode esperar de uma cidade que fecha um programa do governo federal tão importante como o peti???sera q o senhor pode responder pelegrini???????
Ficando difícil para a polícia militar fazer a segurança te todosos bairros , inclusive no bairro da Bolívia, sendo o maior bairro da cidade, que tem algumas ruas, que ficam inertes para a ronda da polícia por serem de difícil acesso ao policiamento motorizado inclusive a noite que é quando mais a comunidade precisa.bairro da Bolívia com um dos mais violentos da cidade, sendo que o nível apresentado está longe do aceitável, isso preocupa as autoridades e a população que é atingida diretamente por esse criminosos. Tentando entender um pouco mais a respeito desse preocupante fenômeno social. Assim como afeta quase todo o Brasil. No entanto, existe certo consenso entre estudiosos que o aumento da violência, em particular, tem atingido proporções alarmantes, necessitando ser contida com urgência sob pena desta vir a fugir do controle da segurança pública. Os índices de violência em Valença são bastante altos ou sofreram crescimento significativo nos últimos anos. Mais preocupante é que o bairro da Bolívia na Av. Brasil apresenta tendências de crescimento em seus índices, revelando uma situação extremamente grave em termos de segurança pública. Quando comparadas a outros bairros que também apresentam graves problemas como este.Existe certo clamor por parte da sociedade no sentido de que os Estados deveriam priorizar a reforma de seus códigos penais e processuais penal, totalmente ultrapassados; reestruturar o Poder Judiciário, para torná-lo mais ágil e eficiente; ao tempo em deveriam repensar o papel e a forma de atuação das Instituições Policiais, reunificando-os de modo a atender os anseios da sociedade. O fato é que a sociedade tem clamado por penas mais duras para os criminosos, procedimentos processuais mais racionais e práticos administrativos que agilizem a justiça, para punir de maneira mais rápida e eficiente os infratores. um forte abraço.