VALENÇA COM FESTA E EM PAZ

No domingo fui à Praça da República ver um pouco a festa de São João, que a Prefeitura de Valença promoveu. Não gosto de festas que tem multidão, mas domingo eu fiquei feliz de ver a tranquilidade que estava na Praça, muita gente pacífica e ordeira. Resumindo: o espaço estava para alegria e não vi confusão.

Quando a atração principal entrou, uma banda de arrocha chamada “Sem Retoque”, fiz questão de ir lá pro meio do povão, bem no centro da folia. E olha que eu sempre recomendo a quem vai para as festas não ficar no meio da muvuca. Mas eu estava lá, nesse centro, eu e Marivan. Fiquei tão confortável com a tranquilidade que queria sentir de perto como era estar dentro do que eu rejeito. Observei cada detalhe do que acontecia ali no centro, notei que quem fica mais próximo do palco são as tietes, pessoas mais jovens. Uns dançavam, outros cantavam e todos estavam muito alegres.

Circulei toda a Praça para observar o movimento, havia muitos policiais, Guarda Municipal e a festa não tinha cara de tensão. Parei, comi um churrasquinho, mas uma coisa me chamava muito a atenção, eu não conhecia quase ninguém naquela praça. Pra não dizer que não vi conhecido, vi Jodelse e a esposa, vi Lau, o esposo da prefeita e só. Deduzi que, a maioria dos conhecidos poderia estar em Santo Antonio de Jesus, afinal a festa por lá estava sendo cogitada como uma das maiores e melhores da Bahia.

Verdadeiramente, nunca me senti tão bem em uma festa em Valença. Creio que nunca conseguiremos fazer um São João como o de Santo Antonio de Jesus, até porque, eles já iniciaram a muito tempo e conseguiram desbancar cidades com tradição, assim como: Cruz das Almas e Amargosa.

Agora, que Valença precisa resgatar um pouco das suas festas tradicionais, isso não resta dúvidas, porque já perdemos tudo por conta da violência, micareta, São João e até mesmo festas religiosas como a de Nossa Senhora do Amparo já são ameaçadas de não acontecer mais.