ALIANÇA ELEITORAL x ALIANÇA POLÍTICA

Por Analista

Para tentarmos compreender a dinâmica e as “incoerências” no pleito da Presidência da Câmara de Vereadores precisamos, até com certa superficialidade, traçar uma distinção entre esses dois tipos de Alianças e quais critérios que, em tese, deveriam ser utilizados para a sua formatação.

A Aliança Eleitoral é muito fácil de se entender; é feita com o intuito de se ganhar as eleições.

A Aliança Política também não é muito complicada, é composta de acordo com laços históricos, baseada em conteúdo programático e com alinhamento ideológico. Lembrando que isso é em “tese”.

A questão é que as Alianças Eleitorais são formatadas sem antes haver a construção de uma Aliança Política. O que adianta agora o PMDB querer cobrar de Bem Vindo (PTB), de Barreto (PSB), de Betão (PSDB) ou de quem quer que seja coerência política e unidade na Câmara se a construção da chapa foi feita meramente sob critérios eleitorais, ou seja, o importante é ganhar as eleições. O PMDB me concede a coligação para que eu possa me eleger Vereador e em troca tento fazer com que meus eleitores votem no candidato do PMDB na majoritária. É só isso! e claro, alguns outros acordos estruturais e financeiros!

Não há nesse comportamento nenhuma identificação programática, nem alinhamento algum. É o mero e pontual jogo de interesses momentâneo! Importante lembrar que a coligação do PMDB está sendo utilizada como referência, mas isso acontece com todos, não percebemos essa falta de coerência política na “base” da Prefeita pois a cooptação do poder Executivo sobre o Legislativo é muitas vezes confundida com uma suposta unidade política. Caso O PMDB tivesse ganhado as eleições muitos dos Vereadores eleitos na chapa da Prefeita iriam certamente ser cooptados pelo Poder constituído.

Toda essa polêmica restaria resumida se Alianças políticas sólidas fossem realizadas no período pré-eleitoral. Onde o palco da discussão se estabelecesse no comportamento pós-eleitoral independente do resultado das eleições. Ganhando, ótimo, vamos trabalhar juntos para implementação dos projetos e planos que previamente foram discutidos. Em caso de derrota vamos alinhar as nossas ações, fazendo na Câmara a oposição critíca e construtiva que a cidade merece.

Se essa Aliança Política não foi construída não há que se falar em traição! Simplesmente lamentar as bases fragéis e individualistas em que as Alianças Eleitorais são forjadas.

Resta-nos como cidadãos torcer por mandatos mais íntegros, como o de Jairo, e promissores como os de Adailton e Fabricio, o que é muito pouco comparado ao que uma Câmara de Vereadores com comportamentos Políticos definidos poderia realizar.

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