Pela primeira vez em minha vida, nesses mais de quarenta anos tentando entender, e envolvido indiretamente na vida política como estou, vejo o brasileiro se envolvendo mais com essa ciência, porém de forma equivocada.
Lembro que quando comecei, aos 14 anos, a participar do mundo da política, era uma coisa muito perigosa, estávamos em pleno regime militar, o presidente era o general Médici. Pra vocês terem uma idéia: se a gente quisesse ouvir uma música de Vandré, era preciso que alguém ficasse na porta de casa para observar se não estava vindo alguém, e depois pudesse nos flagrar ouvindo algumas canções consideradas subversivas, à época da ditadura.
Participei de movimentos estudantis, cheguei a ser membro de uma entidade estudantil em Itapetinga, Centro dos Estudantes de Itapetinga (CEITA), constava como Secretário de Patrimônio. Dentre muitas conquistas dessa entidade, conseguimos a Casa do Estudante em Salvador, onde estudantes pobres poderiam ir morar e estudar na capital. Mas éramos todos com vontade de ser politizados, fazíamos o possível para não decepcionar a quem nos orientava.
Tive o privilégio de votar no primeiro deputado estadual do PCB na Bahia, Luis Nova. Conheci muitos políticos da luta pela resistência à ditadura, assim como Haroldo Lima, também deputado, só que federal. Era uma época em que o Brasil vivia sob regime de repressão. Até que o abençoado do João Baptista de Oliveira Figueiredo, deu a anistia aos refugiados políticos.
Depois de mais de duas décadas, enfim, fomos buscar a tão sonhada democracia. Tivemos várias decepções, assim como: ver FHC, José Serra, Aloysio Nunes… e outros mais que eram refugiados políticos, abraçarem a causa que tanto lutaram para derrubar. Pior de todos é o Aloysio Nunes, que chegou a ser do PCB, partido que vivia na clandestinidade por ser proibido de existir, e no fim virou um dos piores fascistas da história do Brasil.
Mas não foi difícil dominar a todos eles. Lula virou presidente e transformou o país, depois que achávamos que iríamos defrutar dessa conquista (que era a democracia), vieram eles que tanto lutaram por essa conquista e destruiram nossos quase quinze anos de democracia no Brasil.
Hoje, quando vejo alguns jovens participarem da política, me dá até medo de debater com eles, a maioria são reacionários, demonstram que não leêm a história e passam a destilar ódio em redes sociais, como se a saída fosse ofender, difamar ou humilhar pessoas. Acreditam muitos que, a saída do país é acabar com a violência impondo violência. Se acostumaram a receber informações inverídicas, tipo as que nos colocam como pessoas indefesas e que nunca podemos nos defender, achando que a saída é revidar com a mesma arma.
Quantos não ficam violentos em redes, fazendo um debate de ódio, porém quando estão no mano a mano a conversa é outra, malmente encaram o interlocutor. Pra mim, não passam de covardes oportunistas. Então, como esses pretendentes a ter um porte de arma vão se comportar portando uma coisa dessas? Será que acredita ele que o bandido irá atacá-lo com uma faca ou canivete, para lhes dar oportunidade de sacar seu revólver e se defender? Será que pensam que o bandido dará as costas depois do assalto? Ou será que vão pensar que o bandido não irá atacá-lo por saber que ele porta uma arma?
Todos loucos e imbecís, do jeito que o mundo está, qual vai ser o bandido que vai gravar na testa que é um bandido? Hoje, até policiais que passaram pela academia, com grande experiência perdem para os bandidos, piorou os bostinhas que pensam que será resolvido o problema do país depois que os chamados “homens de bem” passarem a portar arma.
De uma coisa tenho certeza, Bolsonaro nunca será presidente do Brasil, e se por um acaso chegasse a essa proeza, ele nunca teria condições de aprovar uma lei dessas. Será que a sociedade iria cair numa desgraça dessas? Nunca!
Conheço um jovem que tem um tio presidiário e esse jovem diz que vai apoiar Bolsonaro, ele não sabe que eu sei que ele tem um tio no presídio e que cumpre pena por assalto a banco, perguntei a ele porque ele apoia o Bolsonaro, e ele respondeu: “porque ele vai acabar com a violência”, quis saber como ele acha que acabará a violência e de pronto ele respondeu: “bandido bom é bandido morto”, disse a ele: que tal começar matando os bandidos do presídio? Ele retrucou: “ah não, tem muita gente lá que não merece morrer assim”.
Quando o país revelar que nenhum de nós pode atirar aquela pedra que Jota Cristo pediu que atirassem naquela senhora, talvez eles mudem de opinião. Mas dizem que, quanto mais lobo, mais pele de cordeiro aparece…
Bolsonarista da Internet a mandou Ney Lima veio aqui no Bomfim dar patrocínio pra festa de São João $400 ,reais…
Pôr que na placa está escrito Governador? Que papelão de vocês dois em ficou ridículo publicar uma coisa dessa com…
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