Arquivo Mensal: agosto 2013

Feira de Saúde irá atender moradores do bairro do Novo Horizonte

O município de Valença receberá nos próximos dias 28 e 29 (quarta e quinta-feira), das 08h às 16h30min no bairro do Novo Horizonte (próximo à Escola Maria Judite Porto), a visita da equipe de atendimento da Fundação Jose Silveira para a realização da Feira de Saúde, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e a Santa Casa de Misericórdia de Valença. Na oportunidade, estarão sendo ofertados serviços de consultas médicas: pediátrica, nutricionista, genecologia, odontologia preventiva (escovódromo), preventivos. Serviços de: USGs (ultra-som), posto para 1ª via de RG e Cartão SUS.

Para realização de ultra-som, o paciente terá que apresentar a requisição;

Público-alvo: população que reside no bairro do Novo Horizonte;

Documentos necessários: RG ou certidão de nascimento e Cartão do SUS.

Prefeitura de Valença busca parcerias para geração de empregos

image A Prefeitura de Valença com idéias no sentido de aproveitar as potencialidades nem sempre apresentadas nas suas plenitudes. Dentro desse raciocínio, está buscando parcerias para a geração de emprego e renda no município. Na última sexta-feira (23), o vice-prefeito e secretário de Agricultura, Joailton de Jesus, mais os secretários Ademir Costa (Indústria e Comércio) e Eduardo Gomes (Planejamento), estiveram visitando o setor de produção da Companhia Valença Industrial (CVI), se reunindo com o gerente de Infraestrutura, Walter Cremasco e a coordenadora de RH, Rosilene Oliveira. O objetivo da visita foi para identificar a oferta da mão-de-obra utilizada pela companhia e a linha de produção de tecidos, buscando uma possível parceria com pequenas indústrias que fabricam fardamento no município.

CULTURA DE TODOS; DISCUSSÃO DE POUCOS.

Irene Dóres

clip_image002Nesse final de semana Valença recebeu artistas e agentes culturais das cidades do Baixo Sul para discutir a cultura do território e melhorar as propostas já existentes no âmbito estadual mas de devolução para os fazeres artísticos do território. Eu estava lá fazendo meu papel de artista de Valença que deseja ver algumas resoluções melhoradas nos fazeres culturais do município. Esse encontro foi a IV Conferência Territorial de Cultura em Valença. Conferência significa reunião de pessoas para discutir assuntos em comum. E os agentes da cultura têm muito assunto em comum para discutir nessas reuniões.

Bem, antes de falar da Conferência como um todo, vou expressar minha alegria em reencontrar o Balé folclórico da Bahia. Coisa linda de se ver. Até conversei com o Diretor geral, o Vavá Botelho. Ele me contou as suas dificuldades e suas glórias para chegar até aqui, afinal são vinte e cinco anos de estrada com muito sucesso principalmente fora do Brasil! Isso mesmo fora do Brasil, eles atuam a maior parte do ano na Europa, América do Norte e Grã Bretanha. Tá bom pra você? Pois é, se não foi ver, perdeu um espetáculo belíssimo e encantador como a Bahia. Ah, mas se você desejar vê-los na Bahia, a Companhia tem dois elencos, um fica fixo no Teatro Miguel Santana no Pelourinho fazendo espetáculo para turistas, e esse que veio aqui viaja pelo mundo. Em outubro estão embarcando para Nova York.

Sobre a Conferência, eu tenho que dizer que o governo do Estado está procurando cumprir as propostas que foram votadas nas Conferências anteriores. Aí você vai dizer que estou defendendo o cara. Estou apenas reconhecendo e constatando que as Conferências têm surtido efeitos positivos, pois foi a partir desses encontros que os agentes culturais e artistas puderam dizer que tipo de ação desejavam do Estado para executarem suas políticas culturais. O Estado, como resposta, vem devolvendo as proposições feitas pelos baianos em forma de programas de premiações e editais de várias modalidades, para dar oportunidade a todos os grupos culturais e aos artistas dos 417 municípios baianos de serem contemplados. Legal não acha? Valença, por exemplo, já foi contemplado com alguns editais. Isso garante que projetos sejam realizados e a comunidade possa ampliar seus conhecimentos e ter oportunidade de ver coisas novas.

Então, realizamos essa semana a quarta conferência territorial, que inclusive, foi muito bem sucedida, mas, faltou algo. Faltou você, artista, que não compareceu, você que vive se envaidecendo, dizendo que é artista seja em que área for, mas não se presta a construir, a fazer a cultura do seu lugar mais bela. Você que tem um ego maior que seu tamanho, e que na prática não é o que representa ser, pois quando resolve chegar, vem apenas para tentar bagunçar o que está sendo feito ou negar o novo. Ah que pena! Você não veio para ver o que foi feito de novo e o que precisava ser reconstruído. É bem mais fácil reclamar do que falta do que formular pequenas propostas que dentro de um grupo de discussão se tornam gigantes e se transformam em solução. Mas tudo bem, você vai usufruir de tudo o que será conquistado, mesmo não tendo feito parte do processo.

Oba! Parece que estou dando uma bronca, de certa forma até que estou, mas isso é coisa de cronista, não liga p’ra isso não. A menos que você vista a máscara da verdade e se reconheça essa pessoa. Os encontros de cultura são sempre pouco povoados, porque a cultura está em segundo plano, assim como a educação e a saúde, todavia, a pessoas que comparecem para discuti-la levam-na à sério e buscam sempre os mecanismos para garantir a preservação dos fazeres, o reconhecimento dos saberes, a efetivação das práticas como garantia da continuidade da memória e da história de uma localidade, bem como a preservação do patrimônio histórico, cultural e imaterial.

Na boa, eu esperava uma maior participação dos atores, dos músicos, dos dançarinos, dos artistas plásticos e dos praticantes ou representantes das culturas de identidade na conferência, mas vi muito pouco. Em Valença, as pessoas que mais se dizem preocupadas com a cultura ou brigam para fazer parte de algum grupo, como o Conselho de Cultura por exemplo, são as que menos participam de um encontro tão importante como este. Esses lugares representativos servem para algumas pessoas, apenas como status, ali elas podem mostrar como são importantes.

Enfim, para quem compareceu parabéns, para quem se esquivou, lamento e digo que as nossas respostas são reflexos de nossas atitudes. Então ninguém pode esperar que o Estado faça o melhor por si, se não é capaz de ir à luta para tentar modificar o estado em que se encontra, em qualquer situação social. Ninguém deve se omitir e depois cobrar ações de um programa ou de um governo pelo qual não se prestou a opinar. O povo só recebe de volta aquilo que escolheu para si, isso é fato. Mas quanto à Conferência não se preocupe, nós fizemos o melhor, pelo menos o que nós entendemos ser o melhor para a sociedade artística e cultural do Baixo Sul.

AÇÕES POLICIAIS NESTE FINAL DE SEMANA

FOI ENCONTRADA PELA POLICIA CIVIL A MENOR QUE HAVIA SIDO RAPTADA EM VALENÇA HÁ CERCA DE UMA SEMANA

Neste domingo pela manhã o Setor de Investigação da Policia Civil de Valença, deslocou-se até o Orobó, depois do Paraná, Fazenda Rio de Areia com o intuito de localizar e libertar a menor de 12 anos de iniciais R.Q.C S pelo fato da mesma ter sido raptada por seu namorado de 19 anos Antonio de Jesus Santos e levada para a zona rural de Valença deixando a família da jovem sem saber seu paradeiro há cerca de uma semana.

O S.I da Policia Civil localizou a menor em uma pequena casa no alto de uma colina na Região do Orobó, longe de qualquer contato de tudo e todos, contudo o autor do fato, conseguiu refugiar-se no matagal e por conhecer bem a topografia da região evadiu-se para local ignorado, sendo então apresentada  sã e salva a menor, na Delegacia de Valença onde foi expedido guia Exame Medico, e em seguida entregue a sua Genitora na presença do Agente de Proteção de Menor.

POLICIA CIVIL E POLICIA MILITAR  FAZ DIVERSAS BATIDAS NOS BAIRROS DE VALENÇA NESTE FINAL DE SEMANA

No sábado dia 24/08 pela manha o S.I da Policia Civil de Valença realizou diligências no Bairro do Tento, efetivando varias abordagens, fazendo apreensão de Maconha, como também realizando identificação de suspeitos de tráfico de Drogas.

Em seguida no período da tarde foram feitas diversas abordagens no bairro do Jambeiro, onde foi apreendida uma motocicleta Yamaha preta sem documento de identificação.

No Domingo  Dia 25/08 pela tarde foi realizada operação conjunta com a Policia Militar onde foram feitas incursões nos bairros do Tento, Bolívia (Clemenceau , Porto da Embira e Campo do Mutá), sendo realizado várias abordagens e identificação de suspeitos de tráfico de Drogas, havendo troca de tiros com traficantes do bairro que evadiram-se para o matagal deixando para trás pertences pessoais. Em continuidade as Diligências às guarnições da PC e da PM foram até o bairro do Jardim Emarc onde realizaram um cerco no campinho efetivando diversas abordagens e suspeitos de tráfico e porte ilegal de armas no referido bairro.

As policias Civil e Militar informam que as operações Investigação, abordagem e batidas Policiais, continuam em toda a cidade com o objetivo de coibir o tráfico de drogas, o Porte Ilegal de Armas e demais crimes na cidade.

FONTE: Policia Civil

COREM DIANTE DESTA NEGRA, DOUTORES! ELA TEM O QUE OS SENHORES PERDERAM

Por: Fernando Brito*

image “Somos médicos por vocação, não nos interessa um salário, fazemos por amor”, afirmou Nelson Rodrigues, 45.

“Nossa motivação é a solidariedade”, assegurou Milagros Cardenas Lopes, 61

“Viemos para ajudar, colaborar, complementar com os médicos brasileiros”, destacou Cardenas em resposta à suspeita de trabalho escravo. “O salário é suficiente”, complementou Natasha Romero Sanches, 44.

Poucas frases, mas que soam  como se estivessem sendo ditas por seres de outro planeta no Brasil que vivemos.

O que disseram os primeiros médicos cubanos do  grupo que vem para servir onde médicos brasileiros não querem ir deveria fazer certos dirigentes da medicina brasileira reduzirem à pequenez de seus sentimentos e à brutalidade de suas vidas, de onde se foi, há muito tempo, qualquer amor à igualdade essencial entre todos os seres humanos.

Porque gente que não se emociona com o sofrimento e a carência de seus semelhantes, gente que se formou, muitas vezes, em escolas de medicina pagas com o imposto que brasileiros miseráveis recolheram sobre sua farinha, seu feijão, sua rala ração, gente que já viu seus concidadãos madrugando em filas, no sereno, para obter um simples atendimento, gente assim    não é civilizada, não importa quão bem tratadas ejam suas unhas, penteados os seus cabelos e reluzentes seus carros.

Perto desta negra aí da foto, que para vocês só poderia servir para lavar suas roupas e pajear seus ricos filhinhos, criados para herdar o “negócio” dos pais, vocês nao passam de selvagens, de brutos.

Vocês podem saber quais são as mais recentes drogas, aprendidas nos congressos em locais turísticos, custeados por laboratórios que lhes dão as migalhas do lucro bilionário que têm ao vender remédios. Vocês podem conhecer o último e caro exame de medicina nuclear disponível na praça a quem pode pagar. Vocês podem ser ricos, ou acharem que são, porque de verdade não passam de uma subnobreza deplorável, que acha o máximo ir a Miami.

Mas vocês são lixo perto dessa negra, a Doutora – sim, Doutora, negra, negrinha assim!- Natasha é, eu lhes garanto.

Sabem por que? Por que ela é capaz de achar que o que faz é mais importante do que aquilo que ganha, desde que isso seja o suficiente para viver com dignidade material. Porque a dignidade moral ela a tem, em quantdade suficiente para saber que é uma médica, por cem, mil ou um milhão de dólares.

Isso, doutores, os senhores já perderam. E talvez nunca mais voltem a ter, porque isso não se compra, não se vende, não se aluga, como muitos dos senhores, para manter o status de pertenceram ao corpo clínico de um hospital, fazem com seus colegas, para que dêem o plantão em seus lugares.

Os senhores não são capazes de fazer um milésimo do que ela faz pelos seres humenos, desembarcando sob sua hostilidade num paìs estrangeiro, para tratar de gente pobre que os senhores nao se dispõem a cuidar nem querem deixar que se cuide.

Os senhores nao gritaram, não xingaram nem ameaçaram com polícia aos Roger Abdelmassih, o estuprador, nem contra o infleiz que extorquiu R$ 1.200 para fazer o parto de uma adolescente pobre, nem contra os doutores dos dedos de silicone, nem contra os espertalhóes da maternidade paulista cuja única atividade era bater o ponto.
Eles não os ameaçaram, ameaçaram apenas aos pobres do Brasil.

Estes aì, sim, estes os ameaçam. Ameaçam a aceitação do que vocês se tornaram, porque deixaram que a aspiração normal e justa de receber por seu trabalho se tornasse maior do que a finalidade deste próprio trabalho, porque o trabalho é um bem social e coletivo, ou então vira mero negócio mercantil.

É isto que estes médicos cubanos representam de ameaça: o colocar o egoísmo, o consumismo, o mercantilismo reduzidos ao seu tamenho, a algo que não é e nem pode ser o tamanho da civilização humana.

Aliás, é isso que Cuba, há quase 55 anos, representa.

Um país minùsculo, cheio de carências, que é capaz de dar a mão dos médicos a este gigante brasileiro.

E daí que eles exportem médicos como fonte de receita? Nós não exportamos nossos meninos para jogar futebol? O que deu mais trabalho, mais investimento, o que agregou mais valor a um país: escolas de medicina ou esteiras rolantes para exportar seus minérios?

É por isso que o velhissimo Fidel Castro encarna muito mais a  juventude que estes yuppiescoxinhas, cuja vida sem causa  cabe toda dentro de um cartão de crédito.

Eu agradeço à Doutora Natasha.

Ela me lembrou, singelamente, que coração é algo muito maior  do que aquele volume que aparece, sombrio, nas tantas ressonâncias, tomografias e cateterismos porque passei nos últimos meses.

Ele é o centro do progresso humano, mais do que o cérebro, porque é ele quem dá o norte, o sentido, o rumo dos pensamentos e da vida.

Porque, do contrário, o saber vira arrogância e os sentimentos, indiferença.
E o coração, como na música de Mercedes Sosa, una mala palabra.

*Fernando Brito, trabalhou com o engenheiro Leonel Brizola.

IMAGENS

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Acácio mexendo

image Wellington dando lígua e provocando espanto

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Renatinho com pose de galã de novela das oito

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O coroné se escondendo pra não sair em minhas fotos

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Cadeirante sendo respeitado

image Pedrinho desconfiado

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Ramon emocionado, com o sanduba do Pelegrini

TESESETCETERAETAL

Por Alcides Bulhões

– Breves ponderações acerca da origem do direito – parte I

De modo geral, o Ser Humano costuma ter certo horror e preconceito pelo o que não conhece com profundidade. É o que acontece quando conhecemos uma pessoa e, no primeiro contato, sem que tenha sequer conversado com a mesma, já criamos um juízo de valor errôneo acerca de sua personalidade, tomando-se como base impressões fantasiosas de algo que lhe foi dito sem fundamentação por alguém, mas que por não tentar aproxima-se melhor e conhecer a origem da referida pessoa, o preconceito pela mesma torna-se padrão de verdade.

Não por menos, algo parecido acontece com o Direito. Se indagado qual opinião acerca do direito, certamente teríamos diversas respostas (muitas preconceituosas e desprovidas de segurança) que nos dão uma ideia plena e irrestrita de que a nossa sociedade não se encontra em estado evoluído quanto ao conhecimento do Direito, sua aplicabilidade e sua eficácia, muito embora estejamos diretamente submetidos às ordens advindas do mesmo.

Assim, pergunta-se: Qual é a definição que mais se adequa ao termo Direito? Qual a origem do Direito? Por que devemos obediência àquilo que o direito considera como certo? De onde surge o poder de punir a quem não respeita às ordens estabelecidas pelo Direito?

Trazer maiores esclarecimentos e incutir reflexões que permitam condições de buscar, por si, respostas às perguntas acima é a intenção de nosso “bate papo”. Até por que, inclusive, tais reflexões serão importantíssimas para o entendimento dos temas futuramente discutidos. A partir das ponderações acima, passemos a nos debruçar nesta gostosa discussão:

“O homem é por natureza um ser social. Qualquer um que não consegue viver com outros ou é tão autossuficiente para prescindir disso, e portanto, não participa da sociedade: ou é um besta, ou um deus.”

Quanto a esta máxima trazida por Aristóteles, acredito, que ninguém tenha dúvidas; até porque não se acha razoável pensar na existência de uma pessoa sem que a mesma, mesmo que de maneira precária, “conviva” (viva com outro). A anatomia humana e a ordem natural das coisas tendem a concretizar a necessidade de coexistência vez que seja, outrossim, fator necessário para a perpetuação da espécie; até porquê “ninguém vive só de arroz” (se porventura apenas plante o grão).

Interessante que ha uns dias atrás, a comunidade mundial ficou perplexo com duas pessoas que foram encontradas no Vietnan, após extensos anos escondidos na mata, sem contato, com o que se considera de sociedade moderna. Naquele dia, não se tem dúvidas, muitos dos estudiosos e sociólogos viram-se acuados com tamanha “anormalidade”; mas, não sem tem dúvidas de que, também ali existia sociabilidade vez que se tinha co-habitação(pai e filho); dialeto próprio e regras que região aquele convício precário.

Quem assistiu o filme “O Naufrago” tem a dimensão exata da necessidade social do humano. Ora, quando se viu sozinho numa ilha deserta, o protagonista, mesmo que de maneira fictícia, encontrou um amigo para partilhar de seus anseios e aprendizados: a bola de Wilson.

Porém, pensar em conviver é ter certeza da existência de conflitos. Na medida em que pessoas, por serem diferentes, divergem em suas opiniões, há conflitos de interesse que devem ser dirimidos para que facilite, ao máximo, esta relação social. Surge, assim, a necessidade da criação de “Sistemas Reguladores Sociais”.

No início, quando a coabitação se dava em pequenas dimensões, digo, em pequenos agrupamentos familiares estes sistemas reguladores eram mais primitivos.

Assim, a convivência em seio familiar era, há época, regida por “costumes e regras morais” familiares que se passavam de “pai para filho”. Daí porque considera-se o costume um sistema regulador social. Acontece que, na medida em que uma família passa ter necessidade de relacionar-se com outra (que seja apenas para sua própria subsistência), surgem divergências de ultrapassam as barreiras de pequenos conflitos de interesse; mas, desordens étnicas, culturais, e etc.

Cria-se desta fusão, novos costumes que venham a se adequar àquela convívio. Exemplificando, digamos que uma determinada família tenha o costume de que todas as mulheres tenham cabelos compridos e que um representante desta família relacione-se com uma representante de outra família na qual tenha como costume o de que todas as mulheres tenham cabelo “curtos”; desta união, resta evidente a existência de um conflito que, possivelmente, será resolvido com um novo costume: talvez que todas as mulheres tivessem cabelo na altura dos ombros.

Sobrevém que, na medida em que as comunidades foram crescendo, observou-se que, apenas, os costumes e a moral não estavam sendo eficazes na manutenção do convívio social. Havendo-se, portanto, a necessidade de criação de outros “Sistemas Reguladores Sociais”.

Exemplo de sistema regulador social, a religião, teve e tem grande contribuição neste fim. É que na medida em que delimita maneira de agir “iguais”, facilitam, aos seus seguidores na convivência por um bem comum, a obediência à entidade sobrenatural e a pacificação daquela comunidade religiosa.

Tem-se dai que costume, moral, religião, têm sua importância para a manutenção da vida social. Porém, aos poucos, foi-se se observando que apenas aqueles não estavam sendo o bastante para solucionar as controvérsias na medida em que o descumprimento daquelas ordens não causavam, de maneira efetiva, a segurança no seu cumprimento posto que punição alguma existisse a quem infligisse às normas costumeiras, morais e religiosas.

Surge, então, o Direito: Sistema Regulador Social que busca coesão de conduta, igualdade de ideias e, consequentemente, a Justiça, na medida em que possui o poder de “punir” àquele que desrespeite às regras estabelecidas por determinado agrupamento social.

Certo é que, bem ou mal, a existência do Direito está inteiramente interligada à vida em sociedade e à manutenção do Estado tal como existe e, nos próximos, nos debruçaremos em refletir sobre as outras indagações surgidas ao longo do presente texto.