QUEM ESTÁ CERTO, DATANILO OU DATANETO?

niloEnquanto líderes do DEM e do PT colocam em dúvida as últimas pesquisas da Babesp e Ibope que apresentam resultados ruins para seus candidatos ao governo do Estado, o estatístico Denivaldo Fernandes, especialista em marketing político e eleitoral, que foi fiscal do Conselho Federal de Estatística da 5ª Região (Bahia, minas Gerais e Sergipe) de 2006 a 2007, assegura que as duas críticas estão corretas. Ou seja, tanto o Babesp, conhecido como DataNilo, ligado ao deputado Marcelo Nilo (PDT) – que apoia o candidato Rui Costa (PT) – quanto o Ibope contratado pela TV Bahia da família do prefeito ACM Neto (DEM) – e por isso apelidado de DataNeto – que faz campanha para Paulo Souto (DEM) – estariam errados.

Fernandes analisou os recentes levantamentos de intenção de voto divulgadas pelos dois institutos e aponta “erros” nos levantamentos que, na sua visão, comprometem “claramente” o resultado final.

“Veja o caso da Babesp. Nos relatórios das duas pesquisas, apesar de informar em que municípios as entrevistas foram feitas, não detalha se as pessoas foram ouvidas nas sedes ou na zona rural, o que influencia o resultado, pois há casos de povoados com população expressiva”.

Margem de erro

Outro erro está no chamado “calculo amostral”, percentual onde se estabelece a margem de erro. “Quando você diz que o erro é de 3% para mais e para menos, você tem que fazer 1.067 entrevistas. Quando a margem de erro é 2,5% fica em torno de 1.500 entrevistas. Quando diz que é 2% aproxima-se de 2 mil entrevistas. A Babesp disse que realizou 2 mil entrevistas com margem de erro de 2,5 pontos . Ou seja, ela fez mais entrevistas e não apresentou a margem de erro correta, que deveria ser menor, de 2 pontos”. Ele interpreta que isso pode ter ocorrido para facilitar o empate técnico dos candidatos.

Significa que, quanto maior a margem de erro, se amplia a faixa do empate técnico. “Isso pode ser de forma intencional ou por erro e desatenção. Não podemos dizer que foi má intenção sem ter os questionários completos para fazer os cálculos. Só com uma auditoria”.

O estatístico também apontou a mesma distorção na pesquisa do Ibope divulgada na noite de quarta passada. “Cometeram erro na amostragem. Fizeram cálculo em que amostra não está condizente com a margem de erro. Se a margem de erro foi 3 pontos, deveriam ter sido feitas 1.067 entrevistas e fizeram 1.512. Nesse caso a margem de erro seria de 2,5. Ai esse resultado pode ser usado para diminuir ou aumentar a diferença entre os candidatos ou jogar um deles mais para cima”. Quando se amplia a diferença, por exemplo, se aponta para uma vitória no primeiro turno.

“Nesse caso os investidores e os indecisos tendem a migrar para a candidatura que está na frente, achando que ela é imbatível”.

Contratado em 2012 por partidos políticos, Fernandes ajudou a impugnar trinta pesquisas nos estados de Minas, Alagoas, Bahia e São Paulo. Ele diz que, quando o instituto tem alguma ligação com os partidos ou candidatos envolvidos na disputa, é comum colocar o nome da “casa” na pontuação máxima da margem de erro. “Por exemplo, se o candidato teve 10% na apuração com margem de erro de 2, ele coloca no relatório que o cara chegou aos 12%. Isso é uma forma de manipular a pesquisa”. O estatístico fez uma alerta em relação às próximas pesquisas. “A partir de agora você pode ter certeza que as pesquisas vão ter forte influência no eleitorado”.

Conforme Fernandes, todos os pedidos de impugnação que fez de pesquisas foram acatadas pela Justiça porque conseguiu provar matematicamente os erros. “Se eles (os autores das pesquisas) forem contestar uma análise dessas, precisam fornecer os dados completos. E se, a partir desse dado, se comprovar que ocorreu má-fé, aí a multa é de R$ 500 mil. Nesse casos sempre é melhor recuar, que ninguém é besta e não divulgar a pesquisa. Ou então, quando já é divulgada tem que fazer retratação dizendo que houve erro e propondo fazer nova pesquisa”. (A Tarde)

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5 Resultados

  1. XPTO disse:

    O que a nova pesquisa presidencial está dizendo

    09 set 2014, por: Paulo Nogueira (Diário do Centro do Mundo)

    A pesquisa CNT/NDA que acaba de sair é o marco zero da nova e decisiva fase da corrida presidencial.

    Eram três, e agora são dois. Ou duas, na verdade: Dilma e Marina.

    Aécio já está num claro segundo plano, com tendência de baixa ainda maior dada a polarização que se estabeleceu entre as duas candidatas que estão à sua frente.

    Mais uma vez, no momento crucial da campanha para presidente os brasileiros lidam com uma polarização.

    O fato novo é que, pela primeira vez desde a primeira eleição de FHC, o PSDB está fora dessa polarização.

    Para os tucanos, ficará a mensagem de que ou se reinventam, e se ajustam aos novos tempos com suas demandas antiiniquidade, ou marcharão para uma crescente irrelevância no mundo político nacional.

    Para Dilma e Marina, a última pesquisa demonstra que a disputa será acirrada e de desfecho de difícil prognóstico.

    Em pesquisas recentes, o que se lia era uma “Marinamania”. Nas projeções de segundo turno, ela aparecia a uma distância expressiva de Dilma, acima da margem de erros.

    Agora, há virtualmente um empate técnico.

    Marina começou a apanhar, primeiro de Dilma e depois de Aécio, eles que haviam estado entretidos em trocar botinadas no começo da disputa.

    Mesmo Luciana Genro é um problema para Marina. Na campanha, e especialmente nos debates, Luciana vem mostrando para um público jovem idealista – a turma dos protestos de junho de 2013 – que está muito mais próxima dos sonhos deles de renovação na política do que Marina.

    O apoio evangélico, se ajuda Marina na ala conservadora, pesa contra ela nesse eleitorado mais progressista.

    Os manifestantes de 2013 não gostam muito da ideia de que saíram às ruas para dar poder a Silas Malafaia e outros do gênero.

    Pelo lado de Dilma, a participação intensa de Lula na campanha está dando agora seus primeiros dividendos.

    Também contribuem os vídeos do programa eleitoral gratuito em que são mostradas obras – algumas importantes – que não mereceram nenhuma atenção da grande mídia.

    Ainda a favor de Dilma, vai-se formando a convicção de que o escândalo da delação premiada não vai mudar quase nada no quadro – se é que vai mudar alguma coisa.

    Foi notado já, com sagacidade, que os “escândalos” nas últimas eleições têm aparecido sempre em setembro, à beira da votação.

    O roteiro é parecido: a Veja puxa o coro, com mais apreço pelo barulho do que pela substância, e o Jornal Nacional repercute com seus tambores ouvidos por cada vez menos pessoas, em sucessivos recordes de pior audiência da história.

    Mais recentemente, a internet surgiu e vem servindo como contraponto ao que alguém batizou de “Setembro Negro”.

    Tudo isso mitiga o impacto do esforço das grandes companhias jornalísticas contra o PT.

    Na atual campanha, tivemos três cenários distintos.

    No primeiro, com Campos, a questão era se Dilma levava no primeiro ou no segundo turno.

    No segundo, com a morte de Campos, havia a dúvida sobre se a Marinamania duraria o suficiente para instalar Marina no Planalto com uma vitória acachapante.

    Neste terceiro, e aparentemente definitivo, você tem duas candidatas que brigarão pela presidência até o último dia.

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-que-a-nova-pesquisa-presidencial-esta-dizendo/

  2. aspone disse:

    E assim será. Com muita fé e humildade. Vamos junto com MARINA 40!

  3. eduardo disse:

    a prefeitura fez um serviço na rua das casas populares do guaibim e a maquina quebrou uma manilhas do esgoto, causando mal cheiro e saída de detritos, favor mandar consertar urgente.

  4. eduardo disse:

    a prefeitura colocou pó de brita no loteamento Michele, na rua da entrada do cemitério, ficou muito bom, porém, não trocou as manilhas, que dar passagem do rio guaibizinho ao manguezal, bem enfrente a barraca de D. Marina, está entupida, precisa de limpeza, fazer a mesma coisa que foi feita nas outras ruas, em atenção a Sr. Jailton Azevedo.

  5. XPTO disse:

    Pois é… Acontece que as pesquisas estão dizendo que, quem cresceu muito rápido devido a comoção pela morte de Eduardo Campos já está caindo na mesma velocidade. O discurso inconsistente e as contradições demostram que ela está longe de ser a tão incensada “nova política”. Por outro lado, quem já fez e deu certo o povo continua votando. No final, não estranharei se o povo continuar com DILMA 13, em lugar de se aventurar com a outra…

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