MAIS UMA PÉROLA: VEREADORA VOTA CONTRA ELA MESMA E DEPOIS PEDE COMPREENSÃO AOS VETERANOS

Tem coisas que acontecem nas sessões da Câmara Municipal que, sinceramente, só assistindo pra crer. Mas como nem todo mundo acompanha, vamos à pérola da vez.

Durante a última sessão, surgiu um projeto enviado pelo Executivo em regime de urgência, o famoso “zona azul”, que trata da regulamentação dos estacionamentos nas principais vias de Valença. Nada de outro mundo, exceto pelo detalhe: era pra ser votado na correria, sem tempo pra leitura ou digestão legislativa.

O vereador Ryan Costa, atento, sugeriu que se derrubasse a urgência do projeto, justamente para que os colegas pudessem lê-lo (veja só que ousadia: querer entender o que se vota!). A ideia era simples: sem urgência, haveria margem para pedir vistas e analisar com mais calma.

Eis que o presidente da Câmara põe a sugestão de derrubada da urgência em votação. A vereadora Ana Fraga havia pedido vistas do projeto, aparentemente perdida no script… Só que, veja bem, com a urgência vigente, isso não era possível. O presidente, educadamente, explicou a regra básica à vereadora.

Mas a cereja do bolo vem agora: não é que ela votou contra a derrubada da urgência? Ou seja, contra a única chance de pedir vistas e depois votou a favor do projeto. Sim, exatamente aquele que ela queria analisar com mais calma. Brilhante! Se fosse uma pegadinha, ganharia aplausos. Mas era só a vida real mesmo. He, he, he…

Depois do equívoco legislativo, veio o momento dramático: a vereadora tentou se justificar dizendo que os colegas veteranos deveriam compreendê-la. Pediu empatia por ser mulher e por estar em seu primeiro mandato. Faltou só colocar a plaquinha de “acolhimento, por favor”.

O problema é que mandato de vereadora não é curso de capacitação com direito a erro grátis. E quando se está confortável com os favores da gestão, é fácil esquecer a Lei Orgânica e bater cabeça por aí. Pior é quando, depois do tropeço, ainda querem que a plateia bata palmas.