A MELANCOLIA DE RICARDÃO E OS RECADOS QUE ELE MANDA, SEM SABER QUE MANDOU

Ontem eu notei no seu olhar, naquele que vai lá no infinito, que você se perdeu, a melancolia veio por culpa tua, deixou de se amar

Ontem (04) quem nos fez uma visita foi o prefeito Ricardo Moura. Acompanhado de Tinho (Topo Gigio), Ricardão tomou um picolé de nata/goiaba. Já não é mais o mesmo, antigamente ele tomava dez picolés, contava dez histórias, ria muito e falava muito. Hoje ele não fala nada, entra mudo e sai calado, mal consegue esconder a melancolia estampada na cara.

Quem foi Ricardão!?

Foi aquele cara que gostava de contar as histórias políticas da cidade, lembrar os discursos dos velhos oradores: Góes Teles, seu Gentil, Roque Campelo, Levi Vasconcelos, Machado de Assis. O Ricardão que tinha uma memória brilhante, que lembrava os nomes até de jogadores de futebol do passado, da Seleção Brasileira à Seleção de Valença.

Quem foi Ricardão!?

Foi o cara que celebrava a família lembrando sua saudosa mãe, as vezes emocionado dizia: “professora Celeste, bicho. Quanta falta ela faz”, não esquecia os filhos, nunca! E quando perguntavam por eles, respondia: “Larinha e Agenorzinho, meus tesouros. Estão bem”.

Quanta saudade, das boas conversas, risadas, e contos da sereia, sereia que ele disse ter visto com Tiano, no Morro de São Paulo, das histórias que ele contava das surras que Gilmar tomava da mãe, “ele apanhava todos os dias, eu tinha muita pena dele, bicho”, dizia Ricardão. Hoje, só nos resta as lembranças dos bons momentos.

Infelizmente só podemos lamentar a ausência daquele caráter, do cara que deixou de ser o sonhador, que deixou de  ser romântico, que deixou de ser o emotivo, que chorava porque não se conformava em ver alguém tratar o seu povo mal, do cara que ainda falava em liberdade para nós, quando já tínhamos a nossa carta de alforria.

Que pena de Ricardão! Não conseguiu realizar nenhum dos seus sonhos políticos, virou prefeito e te tomaram o poder, manda recado pela boca dos outros sem saber o que está falando.

Ricardão, teus “inimigos” são melhores que teus “amigos”, a eles ainda lhes restam a dó, de te ver na depressão e escravidão, cavados por ti mesmo.

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3 Resultados

  1. Reginaldo Araújo disse:

    Prezado amigo Pelegrini!
    Você sabe que por conta das minhas atividades profissionais e, também, pelo prazer da leitura, sou um leitor contumaz. Assim sendo, posso lhe garantir que este foi o melhor texto dos últimos anos! Você conseguiu, em um só texto, construir diversas narrativa literárias, além de uma análise profunda sobre a situação de um homem que perdeu a oportunidade de ter o nome dele marcado, positivamente, na história de Valença. Parabéns a você pelo texto brilhante e espero que o prefeito leia e reflita, pois, como diz você: “Ricardão, teus “inimigos” são melhores que teus “amigos”, a eles ainda lhes restam a dó, de te ver na depressão e escravidão, cavados por ti mesmo”.

  2. Eleitor disse:

    Pelé maravilho testo que vc escreveu,eu lembre de tudo que vc falou, pois sou dessa época,bicho.

  3. Irene disse:

    Pelé parabéns, texto excelente, você descreveu Ricardo em seu real comportamento na atualidade. Depois que ele virou prefeito só andou para trás, desfez a família, parou de sorrir, de abraçar, de brincar com seus amigos. Também não manda em nada, até os seus melhores escudeiros ele é obrigado a mandar embora por ordem de terceiros. Uma pena, espero que um dia ele consiga recuperar o Ricardo que todos nós conhecemos autora.

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