SÓ QUE NÃO, HERALDO!

Por Fia (uma leitora do blog)

cara muchaOlha só a avaliação que o ‘Cara Mucha’, fez das eleições na Bahia e no Brasil (kkkkkkkkkkkk):

“Desemprego em 2015 deixa Wagner desesperado”, diz Heraldo (Politica Livre)

“O desespero bateu forte no governador Jaques Wagner por causa do desemprego do ano que vem!”, observa o presidente do Democratas Salvador, Heraldo Rocha. Segundo ele, “com a derrota do afilhado na Bahia e com mínimas chances de conseguir uma boquinha em Brasília diante da difícil reeleição da presidente Dilma Rousseff, não vai ser fácil para Wagner pagar o caro condomínio do apê de luxo que comprou na encosta da Vitória, um dos metros quadrados mais valorizados do Brasil”. “Pelo jeito, Jaques Wagner vai passar na fossa seus últimos dias no Palácio de Ondina, ouvindo meu ‘Mundo Caiu’, na voz de Maysa. Em 2015, vai acabar a mordomia de andar de helicóptero pra cima e pra baixo. Desempregado, Wagner vai ter que pegar buzu”, diz Heraldo Rocha. Mas o líder democrata consola o governador petista em fim de mandato, lembrando-o do passe livre para idoso. “Pela idade, Wagner vai poder economizar, pois não precisará pagar o buzu. Além disso, logo, logo, ele poderá desfrutar do corredor exclusivo para ônibus que o prefeito ACM Neto (DEM) está fazendo da Lapa ao Iguatemi e vai circular na área sem congestionamento. Relaxe, Barão da Vitória!”, recomenda Heraldo Rocha.

SÓ QUE NÃO, HERALDO!

O que aconteceu depois disso? Wagner virou o rei do Nordeste – o maior líder político dessa região do Brasil, considerado um dos melhores articuladores do PT e cotado para ser ministro da casa civil – cargo mais importante do governo Dilma, que foi reeleita sim! Sem falar que o afilhado de Wagner na verdade ganhou no primeiro turno e deu um banho de humildade quando não desrespeitou nenhum adversário e diz que vai ser o governador de todos os baianos, até do Seu Heraldo. Coisas da vida…

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2 Resultados

  1. Estudante disse:

    Wagner fez um governo meia boca. Houveram poucos avanços na saúde, educação e segurança. A educação publica a cada ano despenca na qualidade, os cursos técnicos oferecidos não são reconhecidos pelos órgãos regulamentadores, as Universidades publicas estaduais estão perto de fecharem as portas, pois o mesmo tirou-lhes a sua Independência financeira. Ele construiu hospitais, mas as filas para consultas continuam, continua a dificuldade em fazer exames básicos. O tráfico a cada dia faz dezenas de vitimas, os bancos são alvo de constantes explosões a caixas eletrônicos. Em fim, houveram avanços, mas não a ponto dos fanáticos Ptistas ficarem exibindo tanto desenvolvimento fajuto… Não sou carlista, mas a merda está aí, só falta nós olharmos pro lado!

  2. XPTO disse:

    Caro estudante, interessante a sua análise sobre os pontos fracos do atual governo do Estado, mas (se me permite) creio que seja importante pontual e contextualizar algumas coisas para que possamos ter uma visão mais clara e profunda realidade.

    Sei que não é o governo dos sonhos e que temos muito o que mudar, mas há que observar um detalhes que talvez lhe escape: Wagner fez uma revolução no estado, colocando-o em um estado bem melhor que do que no passado. E é por isso que aqueles que você chamou de “fanáticos” comemoram. Talvez você não tenha a idade para se lembrar do que foi a oito ou doze anos atrás. Só que esses avanços não podem ser minimizados desse jeito.

    Você reclama da saúde. Poderia ser melhor, não duvido. Mas até Wagner basicamente os melhores hospitais ficaram quase que exclusivamente em Salvador e ainda assim não houve grande ampliações. Se você pesquisar, verá que, antes de Wagner, o último grande hospital público construído foi o HGE (Hospital Geral do Estado), como substituição ao velho HGV (Hospital Getúlio Vargas). Já no governo Wagner foi construído o Hospital do Subúrbio em Salvador, Hospital Geral do Oeste em Barreiras, Hospital Estadual da Criança em Feira de Santana e o Hospital Regional de Santo Antonio de Jesus. E nas terras do antigo Leprosário (Hospital Colônia Agrícola Dom Rodrigo de Menezes) está sendo instalado o moderno Instituto Couto Maia (visando melhorar o cuidado e tratamento de doenças infecciosas). Ou seja, temos mais infraestrutura hospitalar e que se ramifica para o interior do estado. Além disso, no aspecto da ação mais incisiva, tivemos a Estratégia Saúde em Movimento, que (articulada com Secretaria de Educação) organizou um mutirão de atendimentos oftalmológicos, com consultas, entrega gratuita de óculos a quem precisa (principalmente aos alunos do TOPA) e a realização de cirurgias simples de catarata e até transplante de córnea. Isso, sem contar o programa Mais Médico que desnudou que um dos nós do problema da saúde pública é a falta de consciência da parte da classe médica, que se preocupa mais com o salário e o status social do que o simples cumprimento dos princípios humanistas descritos no Juramento de Hipócrates.

    No campo da educação, você cita as universidades estaduais. Elas poderiam estar melhores, mas não é o caos completo que se pinta e mesmo assim, ainda teríamos que ver os antecedentes. A UNEB possui hoje essa malha multi-campi de hoje para suprir a deficiência da malha universitária federal. A UNEB foi onde deveria ter ao lado uma universidade federal. Hoje a Bahia dispõem de mais universidades federais e a reformulação dos CEFETs, EMARCs, Escolas Técnicas e Agrotécnicas dentro do perfil de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologias (IFETs) ampliou em muito a oferta de ensino superior gratuito e de qualidade. E quanto as universidades estaduais, no governo de Wagner elas deram um salto. Se, antes, nenhuma universidade estadual dispunha de cursos de medicinas, hoje, não só a UNEB possui um na capital como a UESB, a UEFS e a UESC abriram cursos de medicina no interior do estado, possibilitando que não só mais médicos como que eles possam estudar mais próximo de sua terra. E no aspecto da infraestrutura, ela não está sendo totalmente descuidada, haja visto a nova sede do campus XV da UNEB em Valença e das ampliações no Campus I da UNEB.

    Já na educação básica, as mudanças continuam, de forma silenciosa. Não só se construiu mais escolas como há uma preocupação maior para que esse seja de qualidade – superando o recente estigma que recaiu sobre ele. Antes, havia um verdadeiro crime de lesa-pátria que envolvia o sucateamento das escolas e com o fim paulatino da educação técnica dentro dos colégios de nível médio. O modelo pedagógico anterior era mais instrumental e sem maiores preocupações com a formação humanística. E, claro, com o mínimo de assistência estudantil – exceto a merenda (passível de desperdícios e fraudes), nada mais havia, como entrega gratuita de fardas (na época do CENEVA, por exemplo, a farda era comprada). Hoje, avançamos mais. Peguemos o exemplo de Valença: antes de Wagner, a rede estadual do ensino se limitava a poucas escolas dentro da cidade – ensimo médio se limitava ao COESVA, construído sobre o fim do tradicional CENEVA. Hoje, Valença dispõem de mais escolas e algumas delas na zona rural (coisa que seria impensável a alguns anos atrás). Na parte pedagógica, temos a série de projetos como TAL, AVE, PROVE, EPA e FACE, que fomenta a produção artísticas dos alunos através de oficinais e festivais. O ensino técnico foi retomando de forma séria, com a criação dos CEEPS dentro da ideia do PRONATEC. E no campo da assistência, não só temos mais transparências nas compras da merenda escolar (que, por sua vez, prioriza os produtos da agricultura familiar) como o fardamento e os livros são de distribuição gratuita aos estudantes, criando mais condições para que o alunado permaneça na escola.

    Sim, reconheço que podemos avançar mais, caro Estudante e você deve mesmo exigir mais. Contudo, o que conquistamos em pouco menos de uma década é um salto qualitativo significativo, se comparado aos descaso dos anos anterior. Não é fanatismo de petista, mas o reconhecimento de que conseguimos melhoras que muitos não imaginavam que fosse ver em vida. Só que não se pretende ficar nisso e, com um governo democrático-popular que temos, iremos avançar mais. E para comprovar o que digo, sugeriria que você fosse procurar no site do TSE os programas originais de governo do Rui Costa e de Paulo Souto, onde você veria com clareza a diferença de projetos que eles tem – um, que é a busca de melhorias e outro, o retorno ao fracasso.

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